Cinema e aprendizado - Parte II
Quem não gosta de ver filmes? Pensando nisso, a gente preparou uma segunda lista de filmes maravilhosos que você pode assistir sem peso na consciência e preparando seu senso crítico para o vestibular e ENEM! Vem com a gente para a frente das telinhas!
Você já ter lido nosso primeiro “Cinema e aprendizado”, quadro de indicações de filmes que auxiliam a galera nos estudos, lançado aqui no blog há algum tempo. Hoje, viemos com a parte II desta série de artigos sobre obras cinematográficas que tem muito a nos dizer por meio de suas reconstituições cenográficas, de época, suas problemáticas, histórias polêmicas, e questões sociais e políticas. Os cinéfilos não-podem-perder!
Lincoln (Estados Unidos, 2012)
Vez e outra a história estadunidense é pedida nos vestibulares. Por isso, Lincoln é importante para quem vai prestar o exame em breve, já que conta, pelo olhar do premiado e talentosíssimo Steven Spielberg, a vida de Abraham Lincoln. A narração dos fatos vai do ano em que Lincoln se tornou presidente dos Estados Unidos, em 1861, estendendo-se até seu homícidio, em abril de 1865. Durante o período, ele enfrentou diversos desafios para a aprovação da 13ª Emenda, que aboliu a escravidão no país, no mesmo ano de sua morte.
Além disso, é explorada a Guerra de Secessão, civil entre o Norte e o Sul dos EUA e que resultou na morte de mais de 600 mil pessoas. O lançamento de Lincoln foi um sucesso nas bilheterias, com 148,1 milhões de dólares arrecadados, além de muitos prêmios, ganhando dois Oscars, sendo indicado doze vezes pela academia, e um Globo de Ouro, no ano seguinte de seu lançamento, em 2013.
A garota dinamarquesa (2015)
Muita gente pode pensar que as questões de gênero são atuais, mas, a “A garota dinamarquesa” quebra esse paradigma. O longa conta uma história sobre a temática que se passa há um século atrás, inspirado no livro de mesmo nome, de David Ebershoff, com criação baseada em fatos reais. A narrativa fala sobre a vida de Lili Elbe, a primeira transexual operada da história, que quase garantiu mais um Oscar para o jovem prodígio de HollyWood, Eddie Redmayne (melhor ator, representando Stephen Hawking em A teoria de tudo - 2015) por sua interpretação reveladora. E por falar nisso, a atriz Alicia Vikaner levou a estatueta pelo belo trabalho ao lado de Eddie, sendo considerada a melhor atriz coadjuvante, pelo papel de Gerda, na edição 2016 do prêmio.
O filme com direção de Tom Hooper conta, nos anos 20, de forma muito poética a trajetória de Einar Wegener, que não se se reconhece em um corpo masculino, mas, apesar disso, chega a se casar com Gerda, que vira sua companheira fiel e apoiadora em tudo. Os dois eram reconhecidos pintores, e driblam juntos a sociedade da época para tentar manter a vida o mais leve possível. Hoje, é importante a gente saber sobre o universo e os direitos dos transgêneros, que ainda vivem, muitas vezes, à margem da sociedade e seus tabus. Aos poucos, a temática toma conta e se insere a cada dia em nossas políticas e em nosso meio social, portanto, é importante ficar ligado e se inteirar. Além disso, a inclusão é um assunto urgente e que pede nossa atenção o quanto antes, para afirmar isso, não precisamos ir muito longe: vide a proposta de redação do último ano ENEM - “Desafios para Formação Educacional de Surdos.”
Inside Job - A verdade da Crise (2010)
O vencedor do Oscar® 2011 de melhor documentário, “Inside Job - A verdade da Crise”, mostra o “por trás das câmeras” da crise econômica de 2008. O diretor do longa, Charles Ferguson, compilou várias entrevistas, levando o telespectador até dados e estatísticas preocupantes da época, como os mais de 20 trilhões de prejuízos e milhões de desempregados, e que, inclusive, proporcionam a gente a se situar hoje. Além disso, pela narrativa é possível observar as configurações, desde a década de 80 do século passado, do capitalismo mundial, inclusive os nomes de alguns protagonistas do colapso financeiro.
“Ferguson mostra como o mercado foi se tornando especulativo além da conta e sujeito a riscos até então inéditos, sob a desregulamentação iniciada nos anos 1980 (...) o cassino global é conduzido com lógica própria e independe de governos. Ou conta com a conivência deles. É alarmante.” Escreveu Luiz Zanin Oricchio, em seu blog “Cinema, Cultura e Afins”. O doc é uma ótima pedida para quem precisa aprender mais sobre intervenção do Estado na Economia, modelos econômicos e políticos e atualidades. Ah, dica: tem online lá no Vimeo.
O Que É Isso, Companheiro? (Brasil, 1997)
Claro que não poderia faltar cinema brasileiro em nossa lista! Em “O que é isso, Companheiro?”, o rapto do embaixador dos Estados Unidos, Charles Burke Elbrick, no Brasil, é contado. Um fato histórico e verídico nacional, deflagrado em 1969 pelos formadores do Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8), formação de resistência ao regime militar. O grupo com formação de ex-membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e estudantes ficou conhecido principalmente pelo ato e pelas expropriações bancárias.
A obra tem um grande time do nosso cinema, com direção de Bruno Barreto, atuação de Alan Arkin, Fernanda Torres, Pedro Cardoso e Luiz Fernando Guimarães. E, ainda que haja discordância entre a crítica na época, o seu lançamento, a viagem no tempo que propõe o longa incitou um importante debate sobre e para entender um pouco mais da nossa jovem e frágil democracia.
O Nome da Rosa (Estados Unidos, 1986)
Sou muito suspeito para falar de “O nome da Rosa”. Lembro que quando assisti a película fiquei surpreendido com as sensações que a direção me causou. Isso porque a trama se desenrola em um clima de suspense, num mosteiro na Itália, em 1327, ou seja, no começo do período do Renascimento, época em que João XXII era Papa. Na dramaturgia, o local nórdico italiano contava com o acervo cristão mais completo do mundo e, por meio disso, fica evidenciado a hegemonia que a Igreja Católica teve durantes muitos anos, assim como as suas decisões tomadas como base em seu universo.
Umberto Eco é quem escreveu o livro homônimo e que serviu de estímulo para a criação do filme, que foi livremente fundamentado no obra do bestseller italiano. Sean Conner e Cristian Slater dão vida a um monge franciscano e a um noviço, que ficam submersos em mistérios acerca de assassinatos, possíveis heresias e obras do diabo. Esse tem que ir pra sua lista, não apenas pelo debate histórico, mas também político, que a produção incita.
Se curtiu nossas indicações, é só ficar de olho na próxima parte de “Cinema e Aprendizado”. Comente, curte e compartilhe com os amigos e ajude a galera a aprender também, fechou? Até a próxima!
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