Os impactos da reprovação escolar e como prevenir isso na sua escola.
Confira algumas sugestões de como reduzir a taxa de reprovação e consequentemente minimizar seus efeitos negativos.
A Reprovação é um método pedagógico que garante ao aluno a possibilidade de cursar novamente um ano letivo. Porém, atualmente esse é um tema que leva autores, estudiosos e especialistas a profundos debates.
A pesquisadora e doutora em educação Diana Mandelert afirma que a reprovação escolar repercute no cotidiano das famílias mesmo antes de acontecer de fato. E esse é um evento que deixa uma marca muito profunda e difícil de apagar, tanto para o aluno quanto para a família.
Nós sabemos que a reprovação é uma medida muitas vezes necessária. Mas, tendo a consciência do seu forte impacto, o que podemos fazer para estimular o desenvolvimento desse aluno durante o período letivo e evitar a repetência?
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É dever da escola entender o aluno.
Sabemos que o sistema de avaliação por meritocracia acaba prejudicando alunos que, muitas vezes, possuem desafios de aprendizagem que vão além da sala de aula. É importante perceber se há um sistema de equivalência de oportunidades, que através de estratégias inclusivas ajudem a desenvolver atividades e modos de avaliação que respeitem as diferenças sociais e de aprendizado de cada aluno.
É sempre importante lembrar que a reprovação escolar é um dos principais fatores para a evasão, por isso é necessário que a escola analise a questão dentro das circunstâncias sociais e ambientais de cada caso e só assim se sinta apta a encontrar as melhores soluções.
Aperfeiçoar os próprios métodos de ensino, visando a acompanhar o aluno durante o seu aprendizado também é uma função crucial para a escola que pretende reduzir suas taxas de reprovação. Os próximos passos são uma boa forma de colocar essa intenção em prática.
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Utilize indicadores para prever e evitar a reprovação e crie um método de reavaliação periódico.
Atualmente existem inúmeros sistemas de diários on-lines. Tenha um bom sistema na sua escola e estimule o preenchimento das informações com regularidade. Com as notas lançadas no diário on-line, será possível visualizar o cálculo da média de cada aluno e prever aqueles que são candidatos à reprovação.
Na medida em que os lançamentos das notas são feitos, o software já calcula a média e a probabilidade de melhoria nos próximos bimestres, essa possibilidade permite que a escola atue proativamente, através de aulas de reforço, avaliações e métodos diferenciados para esses alunos, evitando a reprovação no final do ano.
Lembre-se de reavaliar o sistema de provas, avaliações e re-estabelecer novos indicadores periodicamente. Essa será sempre a melhor opção para diagnosticar os maiores causadores do baixo rendimento e atuar diretamente neles.
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Envolva os familiares durante todo o ano.
É fundamental explicar com clareza o projeto pedagógico e os métodos de avaliação aos responsáveis logo na primeira reunião do ano. Assim, escola e família estarão alinhadas sobre as expectativas e padrões que serão monitoradas ao decorrer do ano.
Ao notar o baixo desempenho do aluno e estimar uma possível reprovação é sempre importante sinalizar a família o quanto antes. E caso não haja melhora, é possível envolver os pais para investigar a situação e construir a melhor estratégia para o aluno.
Nesta reunião presencial, é importante buscar saber se o estudante está enfrentando problemas e dificuldades em sua vida pessoal, se possui algum diagnóstico que pode atrapalhar a concentração ou a evolução dos estudos e também aproveitar para definir o que pode ser feito dentro de casa para corrigir as notas baixas e elevar os resultados.
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Crie um sistema de ensino além das aulas tradicionais.
O sistema de monitoria pode ser uma ferramenta incrível na hora de evitar reprovações e incluir todos os alunos com os mais diversos perfis de aprendizagem numa mesma atividade. Existem, em suma três formas de aplicar a monitoria:
Aluno-aluno
A ideia é selecionar os alunos que têm melhor desempenho em determinada disciplina, para apoiar os alunos com maior dificuldade. Geralmente os alunos com maior facilidade, finalizam as atividades em um curto espaço de tempo, com isso além do benefício do apoio prestado, a sala inteira manterá o foco nas atividades propostas, sem correr o risco de dispersão dos que ainda não concluíram os trabalhos.
Professor-aluno
Se a sua estrutura e a disponibilidade do professor estiverem de acordo, combine um horário alternativo às aulas para que haja uma explicação focada nos conteúdos de maior dificuldade do aluno. Essa aula pode receber um nome especial e pode ter um convite aberto aos demais alunos.
Professor-aluno-aluno
O professor pode orientar alguns alunos para que eles prestem mentoria a seus colegas, assim, pode haver o acompanhamento do professor, sem que seja em tempo integral, resultando em uma gestão escolar mais participativa.
Além do sistema de monitoria, a escola também pode definir no planejamento pedagógico um sistema de plantão de dúvidas. A ideia é oferecer horários nos espaços da instituição para que os alunos tenham contato mais próximo com os professores para a resolução de exercícios ou uma nova explicação sobre qualquer assunto. Aulas de reforço também são interessantes e podem fazer uma grande diferença no resultado final.
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Capacite os professores e reveja suas estratégias de avaliação.
A avaliação do desempenho dos professores também é uma importante ferramenta na busca pela redução das reprovações na escola. Assim é possível estabelecer métodos para melhorar os formatos da apresentação de conteúdo em sala de aula e garantir o máximo proveito da capacidade do professor e de suas aulas. É importante que os professores estejam atualizados, alinhados com o espírito do tempo e que tenham fácil acesso a materiais, tecnologias e tudo o que é necessário para se trabalhar com tranquilidade e apoio.
Repensar o planejamento político-pedagógico e propor novas formas de avaliação também é possível. Não é preciso banir de vez as provas e avaliações, mas talvez propor a aplicação de mais provas ao longo do semestre ou a ampliar as opções para a composição das médias, como criar trabalhos em grupos e individuais podem fazer toda a diferença no sua taxa de repetência ao final do ano.
Os esforços para reduzir os índices de reprovação nas várias séries do ensino fundamental e médio devem ser de toda a comunidade escolar. Pais, professores e coordenadores precisam unir as forças para ajudar o aluno a voltar para o ritmo de aprendizado correspondente ao ano letivo em que se encontra. O processo pode ser demorado e muitas vezes até exaustivo, mas é importante ter em mente que com o tempo é possível moldar o planejamento letivo e continuar a oferecer um ensino de qualidade aos estudantes.
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