Questões de Sociologia - Temática - Outras Ciências Sociais
Texto 1
Vivemos no limiar de uma transição, em que a automação ocupará cada vez mais espaços na sociedade. Neste novo cenário, há um componente atuando com desenvoltura entre nós. Suas ações e decisões, invisíveis e muitas vezes autônomas, estão cada vez mais presentes no dia a dia da vida contemporânea. Seu comportamento, no entanto, é opaco e pouco compreendido. Trata-se dos algoritmos. São eles que, muitas vezes, decidem se você é contratado ou demitido, se você vai ter acesso a um benefício social, se seu visto de imigração vai ser concedido ou negado, quais notícias você vai ver nas redes sociais, qual o melhor trajeto do trabalho para casa ou qual o parceiro mais apropriado para um relacionamento.
(Adaptado de: MENDONÇA, R.F.; FIGUEIRAS, F.; ALMEIDA, V. Algoritmos controlam sociedade e tomam decisões de vida ou morte. Folha de S. Paulo, 7 abr. 2021.)
Texto 2
(Quadrinhos com o personagem laranja e amarelo, que representa um algoritmo, da série criada por André Dahmer. Disponível em: https://diplomatique.org.br/novas-tirinhas- -de-andre-dahmer-transformam-algoritmo-em-personagem-intrometido/. Acesso em 28/07/2023.)
A partir do texto 1, é possível afirmar que o texto 2 explora o fato de que os algoritmos
TEXTO
O açúcar no alvo
Doze milhões de toneladas. Esse foi o total de açúcar consumido pelos brasileiros entre 2013 e 2014. Pra ter ideia do tamanho da gulodice, basta dizer que daria para encher, até a arquibancada superior, 32 estádios do Morumbi, em São Paulo. Em um ranking elaborado pela Sucden, multinacional do ramo açucareiro, nosso país ocupa, hoje, o quarto lugar entre os maiores fãs da sacarose, o nome técnico do açúcar.
O abuso, como a ciência não cansa de mostrar, eleva o risco de obesidade e doenças crônicas como diabetes, hipertensão e câncer. Apenas Índia (26 milhões), União Européia (18 milhões) e China (16 milhões) são mais sedentos por doçura que o Brasil.
Não é proibido consumir açúcar. Pelo contrário. A OMS recomenda a ingestão diária. Afinal, ele é uma fonte de energia. O problema está no excesso. De fato, a OMS libera um consumo diário, por pessoa, de 25 gramas, o equivalente a seis colheres de chá. E indica não ultrapassar 50 gramas, ou 12 colheres. Acontece que o brasileiro extrapola.
Isso ajuda a explicar por que a incidência de diabetes saltou, só na última década, 54% entre os homens e 28,5% entre as mulheres.
Por essas e outras razões, governo e indústria decidiram, em novembro do ano passado, firmar um pacto: reduzir a dose de açúcar na fórmula de bebidas e alimentos industralizados. O objetivo é tirar do mercado, de forma gradual e até 2022, 144 mil toneladas do ingrediente em algumas categorias.
Comparando aos 12 milhões de toneladas consumidas em dois anos, parece pouco. A questão é que é difícil de mensurar o impacto desses números. Como a quantidade total de açúcar empregada pela indústria não foi divulgada, não dá para calcular exatamente o percentual que vai sumir dos alimentos – e avaliar quão significativo será o efeito da medida.
O ideal é dar preferência a alimentos naturais ou minimamente processados. Cabe a cada um ser mais vigilante – não só em relação aos produtos do mercado mas, enfim, à formação do próprio paladar.
Conforme a visão da OMS (Organização Mundial da Saúde), as categorias definitivas que ensejam a saúde compreendem o ambiente social, o ambiente físico, as condições econômicas de vida e os comportamentos individuais das pessoas – inclusivamente seus hábitos alimentares. Em geral, o contexto em que um indivíduo vive é decisivo para a sua saúde e qualidade de vida. Afinal, “a saúde não implica apenas a ausência de doença.”
Revista Saúde é vital, n. 239, fevereiro de 2019. Adaptado.
O Texto aceita a ingerência de outros setores sociais alheios à área específica da saúde, como certos órgãos de pesquisa. Essa aceitação é decorrente:
A cultura ocidental acentuadamente antropocêntrica foi marcada por processos convergentes de desenvolvimento técnico–científico e acumulação de riquezas, propiciados pela expansão colonial, que resultaram na revolução industrial, no fortalecimento da ideia de progresso e no processo de ocidentalização do mundo.
FERREIRA, L. C. Dilemas do século XX: ideias para uma sociologia da questão ecológica. In: SILVA, J. P. (Org.) Por uma Sociologia do século XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).
Esse processo de acumulação de riquezas no Ocidente, por longos séculos, se fez à custa da degradação do meio natural. Do ponto de vista da cultura e do imaginário ocidental moderno, isso se deveu à
Quando desempenho minha tarefa de irmão, de marido ou de cidadão, quando executo os compromissos que assumi, eu cumpro deveres que estão definidos fora de mim e de meus atos, no direito e nos costumes. Ainda que eles estejam de acordo com os meus sentimentos próprios e que eu sinta interiormente a realidade deles, tal realidade não deixa de ser objetiva, pois não fui eu que os fiz, mas os recebi pela educação. Eis aí, portanto, maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam essa notável propriedade de existirem fora das consciências individuais.
(Adaptado de: DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2014.)
Émile Durkheim é um dos fundadores da Sociologia e analisa a relação entre indivíduo e sociedade.
A partir do texto, podemos afirmar que os modos de agir, de pensar e de sentir, em uma sociedade, são definidos
O tema da unidade é também tratado pelas Ciências Sociais em teorias sobre identidades. Essas teorias buscam explicar como os indivíduos incorporam e reproduzem a cultura nos níveis micro e macrossociológico, a partir da relação entre indivíduo e sociedade. Uma das abordagens foi elaborada por Stuart Hall, a partir da distinção entre os sujeitos iluminista, sociológico e pós-moderno.
Com base nos conhecimentos sobre a produção de Stuart Hall acerca da identidade, assinale a alternativa correta.
A expressão “Educação Ambiental” passou a ser usada como termo genérico para algo que se aproximaria de tudo o que pudesse ser acolhido sob o guarda-chuva das “boas práticas ambientais” ou ainda dos “bons comportamentos ambientais”. Mas, mesmo assim, restaria saber: que critérios definiriam as tais boas práticas? Do ponto de vista de quem são boas? [...]) Com base em que concepção de meio ambiente certas práticas sociais estariam sendo classificadas como ambientalmente adequadas ou inadequadas?
(Isabel C. de M. Carvalho. Educação ambiental, 2012.)
A expressão “Educação Ambiental” envolve outros aspectos importantes, tais como:
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