Questões
Você receberá a resposta de cada questão assim que responder, e NÃO terá estatísticas ao finalizar sua prova.
Responda essa prova como se fosse um simulado, e veja suas estatísticas no final, clique em Modo Prova
Combater fome no Brasil com insetos é ideia extrema, dizem cientistas
(1) As Nações Unidas recomendam: o consumo de insetos e as florestas onde eles vivem são
ferramentas de combate à fome. O assunto está na pauta da Conferência da FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que começa neste sábado (15/06), em Roma.
(2) Mas essa proposta esbarra em uma questão cultural e, no Brasil, a viabilidade é questionável. “O México vende gafanhotos em lata. Na China, tem churrasco de escorpião. Para nós, brasileiros, é difícil. Vai ser complicado. Vai demorar alguns anos”, comenta a bióloga Waleska Bretas, da Univale, em Minas Gerais. A mudança de padrão no Brasil ocorreria “só mesmo em caso de necessidade extrema ou costume”, avalia Bretas. “Como em algumas populações indígenas da Amazônia, que já comem larvas de coqueiros e besouros”, adiciona.
(3) Existem, no entanto, outras maneiras de usar a floresta como aliada para alimentar a população, defende Yeda Maria Malheiros, pesquisadora da Embrapa há 35 anos, no Paraná. “E estamos perto de uma revolução”, afirma. A solução que o Brasil testa é integrar as matas e as áreas cultiváveis para produzir comida sem degradar o meio ambiente.
(4) Para Yeda, a solução pode estar no programa Integração Lavoura‐Pecuária‐Floresta (ILPF), que incentiva produtores rurais a cultivar de forma sustentável na própria terra. A lei foi sancionada em abril deste ano e passa a valer a partir de novembro. O programa quer, na verdade, manter a agricultura e evitar que a mata nativa se acabe – uma forma indireta de usar as florestas no combate à fome. Na visão da Embrapa, essa é a resposta do Brasil frente à crescente demanda mundial por alimentos.
(5) Embora reconheça muitas vantagens no método, o engenheiro agrônomo Alexandre Sylvio acha difícil conciliar floresta e lavoura. “Isso seria mais viável para pequenas comunidades, aldeias. Não dá para sustentar São Paulo num sistema agroflorestal. O que é possível fazer é aumentar a produtividade sem desmatar mais. Já desmatamos o suficiente”, pondera.
(6) Outro problema na efetivação da agrofloresta seria a ausência de mão de obra rural. “Na década de 1950, tínhamos uma pessoa produzindo alimento para 20 pessoas. Hoje temos uma para 150. E na agrofloresta tudo tem que ser manual, e você produz menos. Se você produz menos, o preço dispara”, argumenta Alexandre.
(7) Historicamente, floresta e agricultura no Brasil têm problemas de convivência. No Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, parte da vegetação típica da região desapareceu. A paisagem foi modificada, mas gerou resultados econômicos para os agricultores. “O Cerrado suporta muita seca, tem frutas, bichos, só que em quantidade pequena. Como fonte de alimento, não atenderia a demanda que temos”, explica Nery Ribas, diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho.
(8) Pelas contas da União, o Brasil tem hoje 500 milhões de hectares de florestas, o que equivale a 56% do território nacional. Os biomas são diferentes, mas têm a mesma grandeza: uma variedade imensa de plantas e animais que poderiam servir de comida, principalmente para os moradores do campo. Além de toda essa diversidade, a estimativa é de que existam 30 milhões de hectares de pastagens degradadas, onde poderia haver criação de gado e cultivos de todo tipo. Aos poucos, Yeda Malheiros acredita que esses espaços vão ser mais bem aproveitados e a monocultura vai deixar de ser prioridade diante de desafios maiores: matar a fome do mundo e evitar o caos do clima.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/06/1295073-combater-fome-no-brasil-com-insetos-e-ideia-extremadizem- cientistas.shtml. Acesso em: 15/06/2013. Adaptado.
De acordo com o Texto 1, a solução mais adequada para o problema da fome, no Brasil, é
Combater fome no Brasil com insetos é ideia extrema, dizem cientistas
(1) As Nações Unidas recomendam: o consumo de insetos e as florestas onde eles vivem são
ferramentas de combate à fome. O assunto está na pauta da Conferência da FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que começa neste sábado (15/06), em Roma.
(2) Mas essa proposta esbarra em uma questão cultural e, no Brasil, a viabilidade é questionável. “O México vende gafanhotos em lata. Na China, tem churrasco de escorpião. Para nós, brasileiros, é difícil. Vai ser complicado. Vai demorar alguns anos”, comenta a bióloga Waleska Bretas, da Univale, em Minas Gerais. A mudança de padrão no Brasil ocorreria “só mesmo em caso de necessidade extrema ou costume”, avalia Bretas. “Como em algumas populações indígenas da Amazônia, que já comem larvas de coqueiros e besouros”, adiciona.
(3) Existem, no entanto, outras maneiras de usar a floresta como aliada para alimentar a população, defende Yeda Maria Malheiros, pesquisadora da Embrapa há 35 anos, no Paraná. “E estamos perto de uma revolução”, afirma. A solução que o Brasil testa é integrar as matas e as áreas cultiváveis para produzir comida sem degradar o meio ambiente.
(4) Para Yeda, a solução pode estar no programa Integração Lavoura‐Pecuária‐Floresta (ILPF), que incentiva produtores rurais a cultivar de forma sustentável na própria terra. A lei foi sancionada em abril deste ano e passa a valer a partir de novembro. O programa quer, na verdade, manter a agricultura e evitar que a mata nativa se acabe – uma forma indireta de usar as florestas no combate à fome. Na visão da Embrapa, essa é a resposta do Brasil frente à crescente demanda mundial por alimentos.
(5) Embora reconheça muitas vantagens no método, o engenheiro agrônomo Alexandre Sylvio acha difícil conciliar floresta e lavoura. “Isso seria mais viável para pequenas comunidades, aldeias. Não dá para sustentar São Paulo num sistema agroflorestal. O que é possível fazer é aumentar a produtividade sem desmatar mais. Já desmatamos o suficiente”, pondera.
(6) Outro problema na efetivação da agrofloresta seria a ausência de mão de obra rural. “Na década de 1950, tínhamos uma pessoa produzindo alimento para 20 pessoas. Hoje temos uma para 150. E na agrofloresta tudo tem que ser manual, e você produz menos. Se você produz menos, o preço dispara”, argumenta Alexandre.
(7) Historicamente, floresta e agricultura no Brasil têm problemas de convivência. No Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, parte da vegetação típica da região desapareceu. A paisagem foi modificada, mas gerou resultados econômicos para os agricultores. “O Cerrado suporta muita seca, tem frutas, bichos, só que em quantidade pequena. Como fonte de alimento, não atenderia a demanda que temos”, explica Nery Ribas, diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho.
(8) Pelas contas da União, o Brasil tem hoje 500 milhões de hectares de florestas, o que equivale a 56% do território nacional. Os biomas são diferentes, mas têm a mesma grandeza: uma variedade imensa de plantas e animais que poderiam servir de comida, principalmente para os moradores do campo. Além de toda essa diversidade, a estimativa é de que existam 30 milhões de hectares de pastagens degradadas, onde poderia haver criação de gado e cultivos de todo tipo. Aos poucos, Yeda Malheiros acredita que esses espaços vão ser mais bem aproveitados e a monocultura vai deixar de ser prioridade diante de desafios maiores: matar a fome do mundo e evitar o caos do clima.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/06/1295073-combater-fome-no-brasil-com-insetos-e-ideia-extremadizem- cientistas.shtml. Acesso em: 15/06/2013. Adaptado
A respeito de algumas das estratégias de construção do Texto 1, analise as proposições seguintes.
I. A presença de muitas opiniões distintas e, por vezes, divergentes promove certa falta de progressão nas ideias do texto.
II. A apresentação de pontos de vista diferentes permite ao leitor considerar várias perspectivas e ampliar a sua análise.
III. A credibilidade das informações apresentadas é fortalecida pela incorporação de vozes de pessoas e entidades socialmente reconhecidas.
IV. A manutenção da unidade do tema, isto é, a permanência do foco do texto, é obtida, principalmente, pelo emprego de um vocabulário predominantemente especializado.
V. A separação entre o que constitui texto do autor e o que é texto de pessoas ou organizações citadas é promovida pelo uso de elementos como aspas e certos verbos.
Estão CORRETAS, apenas:
Combater fome no Brasil com insetos é ideia extrema, dizem cientistas
(1) As Nações Unidas recomendam: o consumo de insetos e as florestas onde eles vivem são
ferramentas de combate à fome. O assunto está na pauta da Conferência da FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que começa neste sábado (15/06), em Roma.
(2) Mas essa proposta esbarra em uma questão cultural e, no Brasil, a viabilidade é questionável. “O México vende gafanhotos em lata. Na China, tem churrasco de escorpião. Para nós, brasileiros, é difícil. Vai ser complicado. Vai demorar alguns anos”, comenta a bióloga Waleska Bretas, da Univale, em Minas Gerais. A mudança de padrão no Brasil ocorreria “só mesmo em caso de necessidade extrema ou costume”, avalia Bretas. “Como em algumas populações indígenas da Amazônia, que já comem larvas de coqueiros e besouros”, adiciona.
(3) Existem, no entanto, outras maneiras de usar a floresta como aliada para alimentar a população, defende Yeda Maria Malheiros, pesquisadora da Embrapa há 35 anos, no Paraná. “E estamos perto de uma revolução”, afirma. A solução que o Brasil testa é integrar as matas e as áreas cultiváveis para produzir comida sem degradar o meio ambiente.
(4) Para Yeda, a solução pode estar no programa Integração Lavoura‐Pecuária‐Floresta (ILPF), que incentiva produtores rurais a cultivar de forma sustentável na própria terra. A lei foi sancionada em abril deste ano e passa a valer a partir de novembro. O programa quer, na verdade, manter a agricultura e evitar que a mata nativa se acabe – uma forma indireta de usar as florestas no combate à fome. Na visão da Embrapa, essa é a resposta do Brasil frente à crescente demanda mundial por alimentos.
(5) Embora reconheça muitas vantagens no método, o engenheiro agrônomo Alexandre Sylvio acha difícil conciliar floresta e lavoura. “Isso seria mais viável para pequenas comunidades, aldeias. Não dá para sustentar São Paulo num sistema agroflorestal. O que é possível fazer é aumentar a produtividade sem desmatar mais. Já desmatamos o suficiente”, pondera.
(6) Outro problema na efetivação da agrofloresta seria a ausência de mão de obra rural. “Na década de 1950, tínhamos uma pessoa produzindo alimento para 20 pessoas. Hoje temos uma para 150. E na agrofloresta tudo tem que ser manual, e você produz menos. Se você produz menos, o preço dispara”, argumenta Alexandre.
(7) Historicamente, floresta e agricultura no Brasil têm problemas de convivência. No Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, parte da vegetação típica da região desapareceu. A paisagem foi modificada, mas gerou resultados econômicos para os agricultores. “O Cerrado suporta muita seca, tem frutas, bichos, só que em quantidade pequena. Como fonte de alimento, não atenderia a demanda que temos”, explica Nery Ribas, diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho.
(8) Pelas contas da União, o Brasil tem hoje 500 milhões de hectares de florestas, o que equivale a 56% do território nacional. Os biomas são diferentes, mas têm a mesma grandeza: uma variedade imensa de plantas e animais que poderiam servir de comida, principalmente para os moradores do campo. Além de toda essa diversidade, a estimativa é de que existam 30 milhões de hectares de pastagens degradadas, onde poderia haver criação de gado e cultivos de todo tipo. Aos poucos, Yeda Malheiros acredita que esses espaços vão ser mais bem aproveitados e a monocultura vai deixar de ser prioridade diante de desafios maiores: matar a fome do mundo e evitar o caos do clima.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/06/1295073-combater-fome-no-brasil-com-insetos-e-ideia-extremadizem- cientistas.shtml. Acesso em: 15/06/2013. Adaptado
“A mudança de padrão no Brasil ocorreria ‘só mesmo em caso de necessidade extrema ou costume’, avalia Bretas”. Nesse trecho, “mudança de padrão” significa
Combater fome no Brasil com insetos é ideia extrema, dizem cientistas
(1) As Nações Unidas recomendam: o consumo de insetos e as florestas onde eles vivem são
ferramentas de combate à fome. O assunto está na pauta da Conferência da FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que começa neste sábado (15/06), em Roma.
(2) Mas essa proposta esbarra em uma questão cultural e, no Brasil, a viabilidade é questionável. “O México vende gafanhotos em lata. Na China, tem churrasco de escorpião. Para nós, brasileiros, é difícil. Vai ser complicado. Vai demorar alguns anos”, comenta a bióloga Waleska Bretas, da Univale, em Minas Gerais. A mudança de padrão no Brasil ocorreria “só mesmo em caso de necessidade extrema ou costume”, avalia Bretas. “Como em algumas populações indígenas da Amazônia, que já comem larvas de coqueiros e besouros”, adiciona.
(3) Existem, no entanto, outras maneiras de usar a floresta como aliada para alimentar a população, defende Yeda Maria Malheiros, pesquisadora da Embrapa há 35 anos, no Paraná. “E estamos perto de uma revolução”, afirma. A solução que o Brasil testa é integrar as matas e as áreas cultiváveis para produzir comida sem degradar o meio ambiente.
(4) Para Yeda, a solução pode estar no programa Integração Lavoura‐Pecuária‐Floresta (ILPF), que incentiva produtores rurais a cultivar de forma sustentável na própria terra. A lei foi sancionada em abril deste ano e passa a valer a partir de novembro. O programa quer, na verdade, manter a agricultura e evitar que a mata nativa se acabe – uma forma indireta de usar as florestas no combate à fome. Na visão da Embrapa, essa é a resposta do Brasil frente à crescente demanda mundial por alimentos.
(5) Embora reconheça muitas vantagens no método, o engenheiro agrônomo Alexandre Sylvio acha difícil conciliar floresta e lavoura. “Isso seria mais viável para pequenas comunidades, aldeias. Não dá para sustentar São Paulo num sistema agroflorestal. O que é possível fazer é aumentar a produtividade sem desmatar mais. Já desmatamos o suficiente”, pondera.
(6) Outro problema na efetivação da agrofloresta seria a ausência de mão de obra rural. “Na década de 1950, tínhamos uma pessoa produzindo alimento para 20 pessoas. Hoje temos uma para 150. E na agrofloresta tudo tem que ser manual, e você produz menos. Se você produz menos, o preço dispara”, argumenta Alexandre.
(7) Historicamente, floresta e agricultura no Brasil têm problemas de convivência. No Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, parte da vegetação típica da região desapareceu. A paisagem foi modificada, mas gerou resultados econômicos para os agricultores. “O Cerrado suporta muita seca, tem frutas, bichos, só que em quantidade pequena. Como fonte de alimento, não atenderia a demanda que temos”, explica Nery Ribas, diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho.
(8) Pelas contas da União, o Brasil tem hoje 500 milhões de hectares de florestas, o que equivale a 56% do território nacional. Os biomas são diferentes, mas têm a mesma grandeza: uma variedade imensa de plantas e animais que poderiam servir de comida, principalmente para os moradores do campo. Além de toda essa diversidade, a estimativa é de que existam 30 milhões de hectares de pastagens degradadas, onde poderia haver criação de gado e cultivos de todo tipo. Aos poucos, Yeda Malheiros acredita que esses espaços vão ser mais bem aproveitados e a monocultura vai deixar de ser prioridade diante de desafios maiores: matar a fome do mundo e evitar o caos do clima.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/06/1295073-combater-fome-no-brasil-com-insetos-e-ideia-extremadizem- cientistas.shtml. Acesso em: 15/06/2013. Adaptado
“e, no Brasil, a viabilidade é questionável” (parágrafo 2). O sentido desse trecho está mantido em:
Combater fome no Brasil com insetos é ideia extrema, dizem cientistas
(1) As Nações Unidas recomendam: o consumo de insetos e as florestas onde eles vivem são
ferramentas de combate à fome. O assunto está na pauta da Conferência da FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que começa neste sábado (15/06), em Roma.
(2) Mas essa proposta esbarra em uma questão cultural e, no Brasil, a viabilidade é questionável. “O México vende gafanhotos em lata. Na China, tem churrasco de escorpião. Para nós, brasileiros, é difícil. Vai ser complicado. Vai demorar alguns anos”, comenta a bióloga Waleska Bretas, da Univale, em Minas Gerais. A mudança de padrão no Brasil ocorreria “só mesmo em caso de necessidade extrema ou costume”, avalia Bretas. “Como em algumas populações indígenas da Amazônia, que já comem larvas de coqueiros e besouros”, adiciona.
(3) Existem, no entanto, outras maneiras de usar a floresta como aliada para alimentar a população, defende Yeda Maria Malheiros, pesquisadora da Embrapa há 35 anos, no Paraná. “E estamos perto de uma revolução”, afirma. A solução que o Brasil testa é integrar as matas e as áreas cultiváveis para produzir comida sem degradar o meio ambiente.
(4) Para Yeda, a solução pode estar no programa Integração Lavoura‐Pecuária‐Floresta (ILPF), que incentiva produtores rurais a cultivar de forma sustentável na própria terra. A lei foi sancionada em abril deste ano e passa a valer a partir de novembro. O programa quer, na verdade, manter a agricultura e evitar que a mata nativa se acabe – uma forma indireta de usar as florestas no combate à fome. Na visão da Embrapa, essa é a resposta do Brasil frente à crescente demanda mundial por alimentos.
(5) Embora reconheça muitas vantagens no método, o engenheiro agrônomo Alexandre Sylvio acha difícil conciliar floresta e lavoura. “Isso seria mais viável para pequenas comunidades, aldeias. Não dá para sustentar São Paulo num sistema agroflorestal. O que é possível fazer é aumentar a produtividade sem desmatar mais. Já desmatamos o suficiente”, pondera.
(6) Outro problema na efetivação da agrofloresta seria a ausência de mão de obra rural. “Na década de 1950, tínhamos uma pessoa produzindo alimento para 20 pessoas. Hoje temos uma para 150. E na agrofloresta tudo tem que ser manual, e você produz menos. Se você produz menos, o preço dispara”, argumenta Alexandre.
(7) Historicamente, floresta e agricultura no Brasil têm problemas de convivência. No Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, parte da vegetação típica da região desapareceu. A paisagem foi modificada, mas gerou resultados econômicos para os agricultores. “O Cerrado suporta muita seca, tem frutas, bichos, só que em quantidade pequena. Como fonte de alimento, não atenderia a demanda que temos”, explica Nery Ribas, diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho.
(8) Pelas contas da União, o Brasil tem hoje 500 milhões de hectares de florestas, o que equivale a 56% do território nacional. Os biomas são diferentes, mas têm a mesma grandeza: uma variedade imensa de plantas e animais que poderiam servir de comida, principalmente para os moradores do campo. Além de toda essa diversidade, a estimativa é de que existam 30 milhões de hectares de pastagens degradadas, onde poderia haver criação de gado e cultivos de todo tipo. Aos poucos, Yeda Malheiros acredita que esses espaços vão ser mais bem aproveitados e a monocultura vai deixar de ser prioridade diante de desafios maiores: matar a fome do mundo e evitar o caos do clima.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/06/1295073-combater-fome-no-brasil-com-insetos-e-ideia-extremadizem- cientistas.shtml. Acesso em: 15/06/2013. Adaptado
A respeito de alguns dos recursos linguísticos que promovem a coesão do Texto 1, considere as afirmativas a seguir.
I. As expressões “O assunto” (parágrafo 1) e “essa proposta” (parágrafo 2) referem‐se ao trecho introdutório: “o consumo de insetos e as florestas onde eles vivem são ferramentas de combate à fome”.
II. A referência a pontos de vista divergentes é evidenciada, também, por elementos que marcam essas contraposições, como, por exemplo, “Mas” (parágrafo 2) e “no entanto” (parágrafo 3).
III. Ao utilizar o termo “Embora” (parágrafo 5), o autor pretende apresentar consenso entre as opiniões defendidas no texto.
IV. O contraste entre passado e presente, como em “Na década de 1950” e “Hoje” (parágrafo 6), também serve para reforçar as diferenças de posicionamento em relação ao tema.
V. No trecho: “Yeda Malheiros acredita que esses espaços vão ser mais bem aproveitados” (parágrafo 8), o segmento destacado retoma “56% do território nacional” (parágrafo 8).
Estão CORRETAS, apenas:
Combater fome no Brasil com insetos é ideia extrema, dizem cientistas
(1) As Nações Unidas recomendam: o consumo de insetos e as florestas onde eles vivem são
ferramentas de combate à fome. O assunto está na pauta da Conferência da FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que começa neste sábado (15/06), em Roma.
(2) Mas essa proposta esbarra em uma questão cultural e, no Brasil, a viabilidade é questionável. “O México vende gafanhotos em lata. Na China, tem churrasco de escorpião. Para nós, brasileiros, é difícil. Vai ser complicado. Vai demorar alguns anos”, comenta a bióloga Waleska Bretas, da Univale, em Minas Gerais. A mudança de padrão no Brasil ocorreria “só mesmo em caso de necessidade extrema ou costume”, avalia Bretas. “Como em algumas populações indígenas da Amazônia, que já comem larvas de coqueiros e besouros”, adiciona.
(3) Existem, no entanto, outras maneiras de usar a floresta como aliada para alimentar a população, defende Yeda Maria Malheiros, pesquisadora da Embrapa há 35 anos, no Paraná. “E estamos perto de uma revolução”, afirma. A solução que o Brasil testa é integrar as matas e as áreas cultiváveis para produzir comida sem degradar o meio ambiente.
(4) Para Yeda, a solução pode estar no programa Integração Lavoura‐Pecuária‐Floresta (ILPF), que incentiva produtores rurais a cultivar de forma sustentável na própria terra. A lei foi sancionada em abril deste ano e passa a valer a partir de novembro. O programa quer, na verdade, manter a agricultura e evitar que a mata nativa se acabe – uma forma indireta de usar as florestas no combate à fome. Na visão da Embrapa, essa é a resposta do Brasil frente à crescente demanda mundial por alimentos.
(5) Embora reconheça muitas vantagens no método, o engenheiro agrônomo Alexandre Sylvio acha difícil conciliar floresta e lavoura. “Isso seria mais viável para pequenas comunidades, aldeias. Não dá para sustentar São Paulo num sistema agroflorestal. O que é possível fazer é aumentar a produtividade sem desmatar mais. Já desmatamos o suficiente”, pondera.
(6) Outro problema na efetivação da agrofloresta seria a ausência de mão de obra rural. “Na década de 1950, tínhamos uma pessoa produzindo alimento para 20 pessoas. Hoje temos uma para 150. E na agrofloresta tudo tem que ser manual, e você produz menos. Se você produz menos, o preço dispara”, argumenta Alexandre.
(7) Historicamente, floresta e agricultura no Brasil têm problemas de convivência. No Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, parte da vegetação típica da região desapareceu. A paisagem foi modificada, mas gerou resultados econômicos para os agricultores. “O Cerrado suporta muita seca, tem frutas, bichos, só que em quantidade pequena. Como fonte de alimento, não atenderia a demanda que temos”, explica Nery Ribas, diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho.
(8) Pelas contas da União, o Brasil tem hoje 500 milhões de hectares de florestas, o que equivale a 56% do território nacional. Os biomas são diferentes, mas têm a mesma grandeza: uma variedade imensa de plantas e animais que poderiam servir de comida, principalmente para os moradores do campo. Além de toda essa diversidade, a estimativa é de que existam 30 milhões de hectares de pastagens degradadas, onde poderia haver criação de gado e cultivos de todo tipo. Aos poucos, Yeda Malheiros acredita que esses espaços vão ser mais bem aproveitados e a monocultura vai deixar de ser prioridade diante de desafios maiores: matar a fome do mundo e evitar o caos do clima.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/06/1295073-combater-fome-no-brasil-com-insetos-e-ideia-extremadizem- cientistas.shtml. Acesso em: 15/06/2013. Adaptado
Considerando alguns aspectos gramaticais do Texto 1, analise as proposições a seguir.
I. Verificam‐se marcas de informalidade comuns na linguagem oral, como no trecho: “Na China, tem churrasco de escorpião” (parágrafo 2).
II. No trecho: “Historicamente, floresta e agricultura no Brasil têm problemas de convivência” (parágrafo 7), a pluralização da forma verbal decorre da concordância entre essa forma verbal e o termo “problemas”.
III. No trecho: “O Cerrado suporta muita seca, tem frutas, bichos, só que em quantidade pequena” (parágrafo 7), a expressão em destaque, de valor aditivo, equivale a “mais”.
IV. No trecho: “a estimativa é de que existam 30 milhões de hectares de pastagens degradadas” (parágrafo 8), a forma verbal destacada pode ser substituída por “haja”, substituição que está de acordo com a norma padrão.
Estão CORRETAS, apenas: