Questões
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Além de escrever Dom Quixote das crianças, Monteiro Lobato também leva o “cavaleiro errante” para o Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Lá na varanda Dom Quixote conversava com Dona Benta sobre as aventuras, e muito admirado ficou de saber que sua história andava a correr mundo; escrita por um tal de Cervantes. Nem quis acreditar; foi preciso que Narizinho lhe trouxesse a edição de luxo ilustrada por Gustavo Doré.
O fidalgo folheou o livro muito atento às gravuras, que achou ótimas, porém falsas
– Isso não passa duma mistificação! - protestou ele. – Esta cena aqui, por exemplo. Está errada. Eu não espetei este frade, como o desenhista pintou - espetei aquele lá.
– Isto é inevitável - disse Dona Benta. – Os historiadores costumam arranjar os fatos do modo mais cômodo para eles; por isto a História não passa de histórias.
(Adaptado de Monteiro Lobato, O Picapau Amarelo. São Paulo: Brasiliense, 2004, p. 18.)
Na cena narrada,
Na tira acima, o autor retoma um célebre lema retirado do Manifesto Comunista (1848), de Karl Marx e Friedrich Engels: “Operários do mundo, uni-vos!”.
Considerando os sentidos produzidos pela tirinha, é correto afirmar que nela se lê
Em depoimento, Paulo Freire fala da necessidade de uma tarefa educativa: “trabalhar no sentido de ajudar os homens e as mulheres brasileiras a exercer o direito de poder estar de pé no chão, cavando o chão, fazendo com que o chão produza melhor é um direito e um dever nosso. A educação é uma das chaves para abrir essas portas. Eu nunca me esqueço de uma frase linda que eu ouvi de um educador, camponês de um grupo de Sem Terra: pela força do nosso trabalho, pela nossa luta, cortamos o arame farpado do latifúndio e entramos nele, mas quando nele chegamos, vimos que havia outros arames farpados, como o arame da nossa ignorância. Então eu percebi que quanto mais inocentes, tanto melhor somos para os donos do mundo. (…) Eu acho que essa é uma tarefa que não é só política, mas também pedagógica. Não há Reforma Agrária sem isso.”
(Adaptado de Roseli Salete Galdart, Pedagogia do Movimento Sem Terra: escola é mais que escola. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p. 172.)
No excerto adaptado que você leu, há menção a outros arames farpados, como “o arame da nossa ignorância”. Trata-se de uma figura de linguagem para
Do ponto de vista da norma culta, é correto afirmar que “coisarˮ é
No dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que apontar no título do filme Que horas ela volta? um erro de português “revela visão curta sobre como a língua funciona”. E justifica:
“O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em registro coloquial. Que ano você nasceu? Que série você estuda? e frases do gênero são familiares a todos os brasileiros, mesmo com alto grau de escolaridade. Será preciso reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm liberdade para transgressões muito maiores? Pretender que uma obra de ficção tenha o mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório de firma revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento não só da língua, mas da arte também.”
(Adaptado do blog Melhor Dizendo. Post completo disponível em http://www.melhordizendo.com/a-que-horas-ela-volta-em-que-ano-estamos-mesmo/. Acessado em 08/06/2016.)
Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele que corrobora os comentários do post.