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Leia o texto a seguir para responder à questão.
Zika e problemas oculares na infância
O 40º Simpósio Internacional de Oftalmologia, ocorrido no dia 17/2/2017, em São Paulo, chamou a atenção para os novos achados clínicos envolvendo o zika vírus. Segundo o oftalmologista Rubens Belfort Jr., professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e que mediou a mesa sobre zika e chikungunya, normalmente, mais de 30% das crianças com a síndrome congênita do zika desenvolvem lesões oculares graves, muitas vezes irreversíveis, já que o vírus destrói completamente a retina e o nervo óptico.
A descoberta mais recente de um grupo de pesquisadores do Nordeste e que foi publicada recentemente na revista Ophthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia, ressalta que o vírus pode provocar glaucoma congênito, doença responsável por, em média, 20% dos casos de cegueira infantil.
O primeiro caso registrado ocorreu no final do ano passado, na cidade de Salvador (BA). De acordo com Bruno de Paula Freitas, oftalmologista do Hospital Geral Roberto Santos e um dos autores do estudo, o bebê deu entrada no hospital e após exames clínicos iniciais, foi notada uma má-formação na íris, além de sintomas de fotofobia (sensibilidade à luz). “No retorno, depois de alguns meses, detectamos um grande avanço da lesão, que seguia evoluindo para um estrabismo, até que chegamos ao diagnóstico de glaucoma.”
O bebê foi submetido a um procedimento cirúrgico para tratar o problema no olho direito. De acordo com o dr. Belfort, o caso discutido no simpósio serve de alerta para todos os profissionais de saúde começarem a pensar nessa possibilidade de ocorrência. “Além disso, há grande risco de a doença se manifestar meses após o nascimento e sem que o bebê tenha microcefalia.”
Nordeste
O Nordeste continua enfrentando graves dificuldades, muitas vezes negligenciadas, quanto ao acesso a tratamentos especializados para as crianças com microcefalia.
Ainda durante a aula sobre zika, dra. Liana Ventura, que dirige a Fundação Altino Ventura – instituição filantrópica conveniada ao SUS no Recife (PE) – disse que no estado de Pernambuco já há 400 casos confirmados de crianças com microcefalia, sendo que 318 estão sendo tratadas na Fundação. Entretanto, há uma fila de espera de mais de 150 crianças para fazer reabilitação. “Precisamos encarecidamente de acesso a incentivos fiscais para contratar recursos humanos e capacitá-los. Espaço físico nós temos, mas falta mão de obra.”
Ventura explica que a maioria das crianças que estão na fila apresenta problemas neurológicos, oftalmológicos e motores, mas por conta da demora no atendimento deixam de fazer a reabilitação na fase de vida indicada.
“No primeiro ano de vida, a criança desenvolve 90% da visão, por isso, se ela for estimulada precocemente e os problemas oculares como hipermetropia, astigmatismo e estrabismo forem corrigidos logo, seu prognóstico melhora em até 200%. Recebemos crianças com muita dificuldade em focar, então elas ficam com os olhos vagos, sem direção e com a cabeça abaixada. Quando a gente coloca óculos com lentes adequadas e armações flexíveis, elas rapidamente melhoram e conseguem enxergar a mãe e responder a estímulos”, reforça.
“Infelizmente, a rede pública não está preparada para atender toda essa demanda. Muitas famílias ainda estão esperando o resultado da sorologia do vírus para confirmar o diagnóstico de zika. Enquanto isso, as crianças vão deixando de fazer o tratamento no período mais indicado”, finaliza.
CONTE, Juliana. Zika e problemas oculares na infância. Drauzio Varella. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2017 (Adaptação).
Em relação ao texto, assinale a alternativa INCORRETA.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Zika e problemas oculares na infância
O 40º Simpósio Internacional de Oftalmologia, ocorrido no dia 17/2/2017, em São Paulo, chamou a atenção para os novos achados clínicos envolvendo o zika vírus. Segundo o oftalmologista Rubens Belfort Jr., professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e que mediou a mesa sobre zika e chikungunya, normalmente, mais de 30% das crianças com a síndrome congênita do zika desenvolvem lesões oculares graves, muitas vezes irreversíveis, já que o vírus destrói completamente a retina e o nervo óptico.
A descoberta mais recente de um grupo de pesquisadores do Nordeste e que foi publicada recentemente na revista Ophthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia, ressalta que o vírus pode provocar glaucoma congênito, doença responsável por, em média, 20% dos casos de cegueira infantil.
O primeiro caso registrado ocorreu no final do ano passado, na cidade de Salvador (BA). De acordo com Bruno de Paula Freitas, oftalmologista do Hospital Geral Roberto Santos e um dos autores do estudo, o bebê deu entrada no hospital e após exames clínicos iniciais, foi notada uma má-formação na íris, além de sintomas de fotofobia (sensibilidade à luz). “No retorno, depois de alguns meses, detectamos um grande avanço da lesão, que seguia evoluindo para um estrabismo, até que chegamos ao diagnóstico de glaucoma.”
O bebê foi submetido a um procedimento cirúrgico para tratar o problema no olho direito. De acordo com o dr. Belfort, o caso discutido no simpósio serve de alerta para todos os profissionais de saúde começarem a pensar nessa possibilidade de ocorrência. “Além disso, há grande risco de a doença se manifestar meses após o nascimento e sem que o bebê tenha microcefalia.”
Nordeste
O Nordeste continua enfrentando graves dificuldades, muitas vezes negligenciadas, quanto ao acesso a tratamentos especializados para as crianças com microcefalia.
Ainda durante a aula sobre zika, dra. Liana Ventura, que dirige a Fundação Altino Ventura – instituição filantrópica conveniada ao SUS no Recife (PE) – disse que no estado de Pernambuco já há 400 casos confirmados de crianças com microcefalia, sendo que 318 estão sendo tratadas na Fundação. Entretanto, há uma fila de espera de mais de 150 crianças para fazer reabilitação. “Precisamos encarecidamente de acesso a incentivos fiscais para contratar recursos humanos e capacitá-los. Espaço físico nós temos, mas falta mão de obra.”
Ventura explica que a maioria das crianças que estão na fila apresenta problemas neurológicos, oftalmológicos e motores, mas por conta da demora no atendimento deixam de fazer a reabilitação na fase de vida indicada.
“No primeiro ano de vida, a criança desenvolve 90% da visão, por isso, se ela for estimulada precocemente e os problemas oculares como hipermetropia, astigmatismo e estrabismo forem corrigidos logo, seu prognóstico melhora em até 200%. Recebemos crianças com muita dificuldade em focar, então elas ficam com os olhos vagos, sem direção e com a cabeça abaixada. Quando a gente coloca óculos com lentes adequadas e armações flexíveis, elas rapidamente melhoram e conseguem enxergar a mãe e responder a estímulos”, reforça.
“Infelizmente, a rede pública não está preparada para atender toda essa demanda. Muitas famílias ainda estão esperando o resultado da sorologia do vírus para confirmar o diagnóstico de zika. Enquanto isso, as crianças vão deixando de fazer o tratamento no período mais indicado”, finaliza.
CONTE, Juliana. Zika e problemas oculares na infância. Drauzio Varella. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2017 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir.
“[...] a maioria das crianças que estão na fila apresenta problemas neurológicos, oftalmológicos e motores [...]”
Em relação à concordância verbal dessa frase, assinale a alternativa CORRETA.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Zika e problemas oculares na infância
O 40º Simpósio Internacional de Oftalmologia, ocorrido no dia 17/2/2017, em São Paulo, chamou a atenção para os novos achados clínicos envolvendo o zika vírus. Segundo o oftalmologista Rubens Belfort Jr., professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e que mediou a mesa sobre zika e chikungunya, normalmente, mais de 30% das crianças com a síndrome congênita do zika desenvolvem lesões oculares graves, muitas vezes irreversíveis, já que o vírus destrói completamente a retina e o nervo óptico.
A descoberta mais recente de um grupo de pesquisadores do Nordeste e que foi publicada recentemente na revista Ophthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia, ressalta que o vírus pode provocar glaucoma congênito, doença responsável por, em média, 20% dos casos de cegueira infantil.
O primeiro caso registrado ocorreu no final do ano passado, na cidade de Salvador (BA). De acordo com Bruno de Paula Freitas, oftalmologista do Hospital Geral Roberto Santos e um dos autores do estudo, o bebê deu entrada no hospital e após exames clínicos iniciais, foi notada uma má-formação na íris, além de sintomas de fotofobia (sensibilidade à luz). “No retorno, depois de alguns meses, detectamos um grande avanço da lesão, que seguia evoluindo para um estrabismo, até que chegamos ao diagnóstico de glaucoma.”
O bebê foi submetido a um procedimento cirúrgico para tratar o problema no olho direito. De acordo com o dr. Belfort, o caso discutido no simpósio serve de alerta para todos os profissionais de saúde começarem a pensar nessa possibilidade de ocorrência. “Além disso, há grande risco de a doença se manifestar meses após o nascimento e sem que o bebê tenha microcefalia.”
Nordeste
O Nordeste continua enfrentando graves dificuldades, muitas vezes negligenciadas, quanto ao acesso a tratamentos especializados para as crianças com microcefalia.
Ainda durante a aula sobre zika, dra. Liana Ventura, que dirige a Fundação Altino Ventura – instituição filantrópica conveniada ao SUS no Recife (PE) – disse que no estado de Pernambuco já há 400 casos confirmados de crianças com microcefalia, sendo que 318 estão sendo tratadas na Fundação. Entretanto, há uma fila de espera de mais de 150 crianças para fazer reabilitação. “Precisamos encarecidamente de acesso a incentivos fiscais para contratar recursos humanos e capacitá-los. Espaço físico nós temos, mas falta mão de obra.”
Ventura explica que a maioria das crianças que estão na fila apresenta problemas neurológicos, oftalmológicos e motores, mas por conta da demora no atendimento deixam de fazer a reabilitação na fase de vida indicada.
“No primeiro ano de vida, a criança desenvolve 90% da visão, por isso, se ela for estimulada precocemente e os problemas oculares como hipermetropia, astigmatismo e estrabismo forem corrigidos logo, seu prognóstico melhora em até 200%. Recebemos crianças com muita dificuldade em focar, então elas ficam com os olhos vagos, sem direção e com a cabeça abaixada. Quando a gente coloca óculos com lentes adequadas e armações flexíveis, elas rapidamente melhoram e conseguem enxergar a mãe e responder a estímulos”, reforça.
“Infelizmente, a rede pública não está preparada para atender toda essa demanda. Muitas famílias ainda estão esperando o resultado da sorologia do vírus para confirmar o diagnóstico de zika. Enquanto isso, as crianças vão deixando de fazer o tratamento no período mais indicado”, finaliza.
CONTE, Juliana. Zika e problemas oculares na infância. Drauzio Varella. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2017 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir.
“Ainda durante a aula sobre zika, dra. Liana Ventura, que dirige a Fundação Altino Ventura – instituição filantrópica conveniada ao SUS no Recife (PE) – disse que no estado de Pernambuco já há 400 casos confirmados de crianças com microcefalia”
Em relação à parte destacada, analise as afirmativas a seguir.
I. Introduz uma nova informação no texto.
II. A autora poderia ter optado por separar esse período com vírgulas.
III. Trata-se de aposto oracional.
De acordo com a norma padrão, estão corretas as afirmativas:
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Zika e problemas oculares na infância
O 40º Simpósio Internacional de Oftalmologia, ocorrido no dia 17/2/2017, em São Paulo, chamou a atenção para os novos achados clínicos envolvendo o zika vírus. Segundo o oftalmologista Rubens Belfort Jr., professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e que mediou a mesa sobre zika e chikungunya, normalmente, mais de 30% das crianças com a síndrome congênita do zika desenvolvem lesões oculares graves, muitas vezes irreversíveis, já que o vírus destrói completamente a retina e o nervo óptico.
A descoberta mais recente de um grupo de pesquisadores do Nordeste e que foi publicada recentemente na revista Ophthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia, ressalta que o vírus pode provocar glaucoma congênito, doença responsável por, em média, 20% dos casos de cegueira infantil.
O primeiro caso registrado ocorreu no final do ano passado, na cidade de Salvador (BA). De acordo com Bruno de Paula Freitas, oftalmologista do Hospital Geral Roberto Santos e um dos autores do estudo, o bebê deu entrada no hospital e após exames clínicos iniciais, foi notada uma má-formação na íris, além de sintomas de fotofobia (sensibilidade à luz). “No retorno, depois de alguns meses, detectamos um grande avanço da lesão, que seguia evoluindo para um estrabismo, até que chegamos ao diagnóstico de glaucoma.”
O bebê foi submetido a um procedimento cirúrgico para tratar o problema no olho direito. De acordo com o dr. Belfort, o caso discutido no simpósio serve de alerta para todos os profissionais de saúde começarem a pensar nessa possibilidade de ocorrência. “Além disso, há grande risco de a doença se manifestar meses após o nascimento e sem que o bebê tenha microcefalia.”
Nordeste
O Nordeste continua enfrentando graves dificuldades, muitas vezes negligenciadas, quanto ao acesso a tratamentos especializados para as crianças com microcefalia.
Ainda durante a aula sobre zika, dra. Liana Ventura, que dirige a Fundação Altino Ventura – instituição filantrópica conveniada ao SUS no Recife (PE) – disse que no estado de Pernambuco já há 400 casos confirmados de crianças com microcefalia, sendo que 318 estão sendo tratadas na Fundação. Entretanto, há uma fila de espera de mais de 150 crianças para fazer reabilitação. “Precisamos encarecidamente de acesso a incentivos fiscais para contratar recursos humanos e capacitá-los. Espaço físico nós temos, mas falta mão de obra.”
Ventura explica que a maioria das crianças que estão na fila apresenta problemas neurológicos, oftalmológicos e motores, mas por conta da demora no atendimento deixam de fazer a reabilitação na fase de vida indicada.
“No primeiro ano de vida, a criança desenvolve 90% da visão, por isso, se ela for estimulada precocemente e os problemas oculares como hipermetropia, astigmatismo e estrabismo forem corrigidos logo, seu prognóstico melhora em até 200%. Recebemos crianças com muita dificuldade em focar, então elas ficam com os olhos vagos, sem direção e com a cabeça abaixada. Quando a gente coloca óculos com lentes adequadas e armações flexíveis, elas rapidamente melhoram e conseguem enxergar a mãe e responder a estímulos”, reforça.
“Infelizmente, a rede pública não está preparada para atender toda essa demanda. Muitas famílias ainda estão esperando o resultado da sorologia do vírus para confirmar o diagnóstico de zika. Enquanto isso, as crianças vão deixando de fazer o tratamento no período mais indicado”, finaliza.
CONTE, Juliana. Zika e problemas oculares na infância. Drauzio Varella. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2017 (Adaptação).
Assinale a alternativa cuja ideia entre colchetes não está presente no respectivo trecho.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Zika e problemas oculares na infância
O 40º Simpósio Internacional de Oftalmologia, ocorrido no dia 17/2/2017, em São Paulo, chamou a atenção para os novos achados clínicos envolvendo o zika vírus. Segundo o oftalmologista Rubens Belfort Jr., professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e que mediou a mesa sobre zika e chikungunya, normalmente, mais de 30% das crianças com a síndrome congênita do zika desenvolvem lesões oculares graves, muitas vezes irreversíveis, já que o vírus destrói completamente a retina e o nervo óptico.
A descoberta mais recente de um grupo de pesquisadores do Nordeste e que foi publicada recentemente na revista Ophthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia, ressalta que o vírus pode provocar glaucoma congênito, doença responsável por, em média, 20% dos casos de cegueira infantil.
O primeiro caso registrado ocorreu no final do ano passado, na cidade de Salvador (BA). De acordo com Bruno de Paula Freitas, oftalmologista do Hospital Geral Roberto Santos e um dos autores do estudo, o bebê deu entrada no hospital e após exames clínicos iniciais, foi notada uma má-formação na íris, além de sintomas de fotofobia (sensibilidade à luz). “No retorno, depois de alguns meses, detectamos um grande avanço da lesão, que seguia evoluindo para um estrabismo, até que chegamos ao diagnóstico de glaucoma.”
O bebê foi submetido a um procedimento cirúrgico para tratar o problema no olho direito. De acordo com o dr. Belfort, o caso discutido no simpósio serve de alerta para todos os profissionais de saúde começarem a pensar nessa possibilidade de ocorrência. “Além disso, há grande risco de a doença se manifestar meses após o nascimento e sem que o bebê tenha microcefalia.”
Nordeste
O Nordeste continua enfrentando graves dificuldades, muitas vezes negligenciadas, quanto ao acesso a tratamentos especializados para as crianças com microcefalia.
Ainda durante a aula sobre zika, dra. Liana Ventura, que dirige a Fundação Altino Ventura – instituição filantrópica conveniada ao SUS no Recife (PE) – disse que no estado de Pernambuco já há 400 casos confirmados de crianças com microcefalia, sendo que 318 estão sendo tratadas na Fundação. Entretanto, há uma fila de espera de mais de 150 crianças para fazer reabilitação. “Precisamos encarecidamente de acesso a incentivos fiscais para contratar recursos humanos e capacitá-los. Espaço físico nós temos, mas falta mão de obra.”
Ventura explica que a maioria das crianças que estão na fila apresenta problemas neurológicos, oftalmológicos e motores, mas por conta da demora no atendimento deixam de fazer a reabilitação na fase de vida indicada.
“No primeiro ano de vida, a criança desenvolve 90% da visão, por isso, se ela for estimulada precocemente e os problemas oculares como hipermetropia, astigmatismo e estrabismo forem corrigidos logo, seu prognóstico melhora em até 200%. Recebemos crianças com muita dificuldade em focar, então elas ficam com os olhos vagos, sem direção e com a cabeça abaixada. Quando a gente coloca óculos com lentes adequadas e armações flexíveis, elas rapidamente melhoram e conseguem enxergar a mãe e responder a estímulos”, reforça.
“Infelizmente, a rede pública não está preparada para atender toda essa demanda. Muitas famílias ainda estão esperando o resultado da sorologia do vírus para confirmar o diagnóstico de zika. Enquanto isso, as crianças vão deixando de fazer o tratamento no período mais indicado”, finaliza.
CONTE, Juliana. Zika e problemas oculares na infância. Drauzio Varella. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2017 (Adaptação).
O texto lido é, predominantemente, uma notícia.
Assinale o trecho que traz uma característica típica de um outro gênero textual e que não é usual em notícias.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Zika e problemas oculares na infância
O 40º Simpósio Internacional de Oftalmologia, ocorrido no dia 17/2/2017, em São Paulo, chamou a atenção para os novos achados clínicos envolvendo o zika vírus. Segundo o oftalmologista Rubens Belfort Jr., professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e que mediou a mesa sobre zika e chikungunya, normalmente, mais de 30% das crianças com a síndrome congênita do zika desenvolvem lesões oculares graves, muitas vezes irreversíveis, já que o vírus destrói completamente a retina e o nervo óptico.
A descoberta mais recente de um grupo de pesquisadores do Nordeste e que foi publicada recentemente na revista Ophthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia, ressalta que o vírus pode provocar glaucoma congênito, doença responsável por, em média, 20% dos casos de cegueira infantil.
O primeiro caso registrado ocorreu no final do ano passado, na cidade de Salvador (BA). De acordo com Bruno de Paula Freitas, oftalmologista do Hospital Geral Roberto Santos e um dos autores do estudo, o bebê deu entrada no hospital e após exames clínicos iniciais, foi notada uma má-formação na íris, além de sintomas de fotofobia (sensibilidade à luz). “No retorno, depois de alguns meses, detectamos um grande avanço da lesão, que seguia evoluindo para um estrabismo, até que chegamos ao diagnóstico de glaucoma.”
O bebê foi submetido a um procedimento cirúrgico para tratar o problema no olho direito. De acordo com o dr. Belfort, o caso discutido no simpósio serve de alerta para todos os profissionais de saúde começarem a pensar nessa possibilidade de ocorrência. “Além disso, há grande risco de a doença se manifestar meses após o nascimento e sem que o bebê tenha microcefalia.”
Nordeste
O Nordeste continua enfrentando graves dificuldades, muitas vezes negligenciadas, quanto ao acesso a tratamentos especializados para as crianças com microcefalia.
Ainda durante a aula sobre zika, dra. Liana Ventura, que dirige a Fundação Altino Ventura – instituição filantrópica conveniada ao SUS no Recife (PE) – disse que no estado de Pernambuco já há 400 casos confirmados de crianças com microcefalia, sendo que 318 estão sendo tratadas na Fundação. Entretanto, há uma fila de espera de mais de 150 crianças para fazer reabilitação. “Precisamos encarecidamente de acesso a incentivos fiscais para contratar recursos humanos e capacitá-los. Espaço físico nós temos, mas falta mão de obra.”
Ventura explica que a maioria das crianças que estão na fila apresenta problemas neurológicos, oftalmológicos e motores, mas por conta da demora no atendimento deixam de fazer a reabilitação na fase de vida indicada.
“No primeiro ano de vida, a criança desenvolve 90% da visão, por isso, se ela for estimulada precocemente e os problemas oculares como hipermetropia, astigmatismo e estrabismo forem corrigidos logo, seu prognóstico melhora em até 200%. Recebemos crianças com muita dificuldade em focar, então elas ficam com os olhos vagos, sem direção e com a cabeça abaixada. Quando a gente coloca óculos com lentes adequadas e armações flexíveis, elas rapidamente melhoram e conseguem enxergar a mãe e responder a estímulos”, reforça.
“Infelizmente, a rede pública não está preparada para atender toda essa demanda. Muitas famílias ainda estão esperando o resultado da sorologia do vírus para confirmar o diagnóstico de zika. Enquanto isso, as crianças vão deixando de fazer o tratamento no período mais indicado”, finaliza.
CONTE, Juliana. Zika e problemas oculares na infância. Drauzio Varella. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2017 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir.
“[...] já há 400 casos confirmados de crianças com microcefalia, sendo que 318 estão sendo tratadas na Fundação. Entretanto, há uma fila de espera de mais de 150 crianças para fazer reabilitação.”
O conectivo destacado confere ao trecho um sentido: