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Jovem que passou em 1° lugar na USP diz que a “meritocracia é uma falácia”
Jovem negra e pobre que passou em 1º lugar no curso mais concorrido da Fuvest discorda de comentários que se referem a ela como exemplo de meritocracia. A mensagem que publicou nas redes sociais após ser aprovada é simbólica: “A casa grande surta quando a senzala vira médica.”.
Bruna Sena, 17 anos, negra, pobre, estudante de escola pública e filha de caixa de supermercado foi aprovada em 1° lugar no curso de Medicina da USP de Ribeirão Preto, o mais concorrido da Fuvest.
Bruna diz que a bolsa que conseguiu em um cursinho pré-vestibular tocado por estudantes da própria USP foi fundamental para ingressar na universidade.
De maneira tímida, consta nas reportagens desses veículos que Bruna é engajada na defesa de causas sociais como o feminismo, o movimento negro e a liberdade de gênero, e que ela “se orgulha do cabelo crespo e de sua origem”.
Bruna diz que tem sua mãe como principal inspiração e critica a falácia da meritocracia. “A meritocracia é uma falácia. Eu consegui porque tive ajuda. Não dá para igualar as pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades. Eu me esforcei muito, sim, mas não consegui só por causa disso, eu tive apoio. E é isso que a gente tem que dar para quem não tem oportunidade. A gente perde muitos gênios por aí, inclusive nas favelas, porque não podem estudar”.
Disponível em: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2017/02/jovem-negra-e-pobre-que-passou-em-1o-lugar-no-cursomais-cobicado-do-brasil.html. Acesso em: mar. 2017.
O sentido da frase dita por Bruna sobre a meritocracia ser uma falácia é que
Jovem que passou em 1° lugar na USP diz que a “meritocracia é uma falácia”
Jovem negra e pobre que passou em 1º lugar no curso mais concorrido da Fuvest discorda de comentários que se referem a ela como exemplo de meritocracia. A mensagem que publicou nas redes sociais após ser aprovada é simbólica: “A casa grande surta quando a senzala vira médica.”.
Bruna Sena, 17 anos, negra, pobre, estudante de escola pública e filha de caixa de supermercado foi aprovada em 1° lugar no curso de Medicina da USP de Ribeirão Preto, o mais concorrido da Fuvest.
Bruna diz que a bolsa que conseguiu em um cursinho pré-vestibular tocado por estudantes da própria USP foi fundamental para ingressar na universidade.
De maneira tímida, consta nas reportagens desses veículos que Bruna é engajada na defesa de causas sociais como o feminismo, o movimento negro e a liberdade de gênero, e que ela “se orgulha do cabelo crespo e de sua origem”.
Bruna diz que tem sua mãe como principal inspiração e critica a falácia da meritocracia. “A meritocracia é uma falácia. Eu consegui porque tive ajuda. Não dá para igualar as pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades. Eu me esforcei muito, sim, mas não consegui só por causa disso, eu tive apoio. E é isso que a gente tem que dar para quem não tem oportunidade. A gente perde muitos gênios por aí, inclusive nas favelas, porque não podem estudar”.
Disponível em: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2017/02/jovem-negra-e-pobre-que-passou-em-1o-lugar-no-cursomais-cobicado-do-brasil.html. Acesso em: mar. 2017.
Meritocracia. 1. [Sociologia] Forma de liderança que se baseia no mérito, nas capacidades e nas realizações alcançadas, em detrimento da posição social. Considerando os princípios expostos, o texto nos permite uma reflexão sobre
O termo “mulato” nasceu racista, mas sem ele é difícil entender o Brasil
A palavra “mulato(a)” está na berlinda. Rebola no centro da polêmica às vésperas daquele que promete ficar na história como o Carnaval PC (“politicamente correto”, e não “Partido Comunista” ou “computador pessoal”).
No pente fino que alguns ativistas passam em marchinhas consagradas, à cata de vestígios de preconceito, a palavra tem sido tratada como piolho. Anda com fama de racista. Será?
Começo por varrer da avenida e jogar no lixo o argumento autoritário de que, não sendo mulato (há controvérsia), devo ficar calado no meu canto. É inaceitável. [...] Filha de uma época escravocrata (século 16), é inegável que a palavra “mulato” nasceu racista. Seu parentesco com “mula” é um fato. O elo entre o animal e a pessoa mestiça de branco e negro se deu pela ideia de hibridismo. O latim mulus já designava o produto – estéril – do “cruzamento do cavalo com a jumenta, ou da égua com o jumento” (Houaiss). [...] Entre essa constatação etimológica e a revolta de setores do movimento negro contra “mulato”, há uma distância. [...] Em mais de quatro séculos, o vocábulo “mulato” se encharcou tanto de história que hoje seria impossível descartá-lo sem uma grave perda cultural. [...] O Brasil é racista, mas de um racismo meândrico, muito diferente do americano, no qual negro é negro, branco é branco e a mulata não é a tal. E vem de lá o modelo – ululantemente racista – segundo o qual basta ter “uma gota” de sangue negro para ser negro. Não mulato, não mestiço, nada de nuance. Negro.
A importação desse trator conceitual é avanço? Retrocesso? Meio a meio? Ninguém disse que seria simples. De todo modo, acho recomendável ir devagar nessa hora, nem que seja em respeito ao sábio mandamento carnavalesco de João Bosco e Aldir Blanc: “Não põe corda no meu bloco!”
Baixando o volume da gritaria, talvez a gente consiga distinguir na cantoria vinda do bloco que desfila na rua ao lado o potencial libertário dos versos mulatos de Martinho da Vila: “José do Patrocínio/ Aleijadinho/ Machado de Assis que também era mulatinho/ Salve a mulatada brasileira!”.
Sérgio Rodrigues Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2017/02/1857083-o-termo-mulato-nasceu-racistamas-sem-ele-e-dificil-entender-o-brasil.shtml. Acesso em: mar. 2017. Adaptado.
No trecho: “O Brasil é racista, mas de um racismo meândrico, muito diferente do americano...”, podemos substituir a palavra destacada, sem alterar o sentido da frase, em:
Na era do uso massivo das redes sociais e de aplicativos de comunicação que facilitam espalhar informações a centenas de usuários com apenas um dedo na tela ou clique no mouse, nada tem se espalhado mais rápido do que as notícias falsas.
O tema foi inclusive alvo de um alerta em carta escrita pelo físico britânico Tim Berners-Lee, que idealizou e inventou a World Wide Web há 28 anos. Para ele, o hábito de se informar pela internet e o uso de algoritmos acabam favorecendo a desinformação. “O resultado é que esses sites nos mostram conteúdo que acreditam que nós vamos querer clicar – o que significa que desinformação ou “notícias falsas” (as chamadas fake news), que têm títulos surpreendentes, chocantes, criados para apelar aos nossos preconceitos, podem se espalhar como fogo.” [...] Uma parte do trabalho de checagem da veracidade das notícias que pode atrair a atenção e facilitar a vida dos alunos diz respeito à identificação do alto grau de adjetivação em títulos e textos. Os manuais de jornalismo têm diretrizes para não adjetivar absolutamente nada. Se existe uma quantidade de exageros como “o maior escândalo de corrupção da face da Terra”, é um sinal claro que o compromisso com a exatidão das informações não é exatamente uma prioridade.
Vinicius de Oliveira Disponível em: www.porvir.org/como-sala-de-aula-pode-enfrentar-onda-de-noticias-falsas/. Acesso em: mar. 2017. Adaptado.
A fim de alcançar seus objetivos comunicativos, o autor escreveu esse texto para
Texto 1
Quando falamos que queremos salvar o planeta, usamos a palavra “biodiversidade” para designar um conceito que, sem dúvida, é enorme. Biodiversidade: a vida, o mundo, a variação da vida no planeta inteiro. É uma grande ideia com uma longa história.
A biodiversidade existente na Terra consiste em vários milhões de espécies biológicas distintas, o produto de quatro bilhões de anos de evolução. Mas a própria palavra “biodiversidade” é, na verdade, bem nova, e foi cunhada como uma contração de “diversidade biológica”, em 1985.
Um simpósio realizado em 1986 e o livro lançado em seguida, BioDiversity (Wilson 1986), pavimentaram o caminho para a popularização da palavra e do conceito. Com o aumento do interesse de políticos, cientistas e conservacionistas pela situação do planeta e pela surpreendente complexidade da vida, desenvolvemos um grande apego por essa nova palavra. E por que falamos tanto sobre a biodiversidade? Simples. Em tempos relativamente recentes, o mundo começou a perder espécies e hábitats a uma velocidade crescente e alarmante.
Disponível em: http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/biodiversidade/. Acesso em: mar. 2017. Adaptado.
Texto 2
A biodiversidade pode ser definida como a variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, a terrestre, a marinha e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte. Essa variabilidade aparece apenas como resultado da natureza em si, sem sofrer intervenção humana. Refere-se, portanto, à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos.
A espécie humana depende da biodiversidade para sua sobrevivência. Durante as últimas décadas, uma grande erosão da biodiversidade vem sendo observada. A maioria dos biólogos acredita que uma extinção em massa está a caminho. Apesar de divididos a respeito dos números, muitos cientistas acreditam que a taxa de perda de espécies é maior agora do que em qualquer outra época da história da Terra. Quase todos dizem que as perdas são decorrentes das atividades humanas, em particular a destruição dos hábitats de plantas e animais.
Alguns justificam a situação não tanto pelo sobreuso das espécies ou pela degradação do ecossistema quanto pela conversão deles em ecossistemas muito padronizados, por exemplo, a monocultura seguida de desmatamento.
Alguns argumentam que não há dados suficientes para apoiar a visão de extinção em massa, e dizem que extrapolações abusivas são responsáveis pela destruição global de florestas tropicais, recifes de corais, mangues e hábitats ricos. No entanto, esses não encontram base científica sólida para suas alegações, diante da acumulação de evidências sobre o intenso declínio na riqueza biológica do planeta e sobre a destruição ou degradação de inúmeros ecossistemas. Apesar disso, há influentes grupos de pressão econômica e política que alimentam uma ruidosa controvérsia artificial no intuito deliberado de confundir a opinião pública. A domesticação de animais e plantas em larga escala é um fator histórico de degradação da biodiversidade, gerando a seleção artificial de espécies, por meio da qual alguns seres vivos são selecionados e protegidos pelo homem, em detrimento de outros.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade. Acesso em: mar. 2017. Adaptado.
De acordo com o texto, considere as afirmações e assinale a opção correta.
São exemplos da degradação da biodiversidade em nosso planeta:
1. a destruição dos hábitats de plantas e animais.
2. a domesticação de animais e plantas em larga escala.
3. a destruição global de florestas tropicais, recifes de corais, mangues e outros hábitats ricos.
4. a conversão dos ecossistemas variados em ecossistemas padronizados.
Os inocentes do Leblon
não viram o navio entrar.
Trouxe bailarinas?
Trouxe emigrantes?
Trouxe um grama de rádio?
Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram.
Mas a areia é quente, e há um óleo suave
que eles passam nas costas, e esquecem.
Carlos Drummond de Andrade, Inocentes do Leblon.
O poema, presente na coletânea Sentimento do mundo,