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Que é demasiada metafísica para um só tenor, não há dúvida; mas a perda da voz explica tudo, e há filósofos que são, em resumo, tenores desempregados. Eu, leitor amigo, aceito a teoria do meu velho Marcolini, não só pela verossimilhança, que é muita vez toda a verdade, mas porque a minha vida se casa bem à definição. Cantei um duo terníssimo, depois um trio, depois um quatuor ... Mas não adiantemos; vamos à primeira tarde, em que eu vim a saber que já cantava, porque a denúncia de José Dias, meu caro leitor, foi dada principalmente a mim. A mim é que ele me denunciou.
(ASSIS, M. Aceito a teoria. In: Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Otto Pierre Editores, 1980. cap.X. p.34. (Coleção Os Grandes Clássicos).)
A partir das informações do texto, assinale a alternativa correta.
Que é demasiada metafísica para um só tenor, não há dúvida; mas a perda da voz explica tudo, e há filósofos que são, em resumo, tenores desempregados. Eu, leitor amigo, aceito a teoria do meu velho Marcolini, não só pela verossimilhança, que é muita vez toda a verdade, mas porque a minha vida se casa bem à definição. Cantei um duo terníssimo, depois um trio, depois um quatuor ... Mas não adiantemos; vamos à primeira tarde, em que eu vim a saber que já cantava, porque a denúncia de José Dias, meu caro leitor, foi dada principalmente a mim. A mim é que ele me denunciou.
(ASSIS, M. Aceito a teoria. In: Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Otto Pierre Editores, 1980. cap.X. p.34. (Coleção Os Grandes Clássicos).)
Acerca dos recursos linguístico-semânticos, considere as afirmativas a seguir.
I. No trecho “Eu, leitor amigo, aceito a teoria do meu velho Marcolini, ...”, o termo sublinhado é um vocativo.
II. Em “Cantei um duo terníssimo, depois um trio, depois um quatuor ... Mas não adiantemos; ...”, a palavra em destaque tem sentido adversativo.
III. Em “vamos à primeira tarde, em que eu vim a saber que já cantava, porque a denúncia de José Dias [...] foi dada principalmente a mim.”, a conjunção destacada expressa conclusão.
IV. No trecho “A mim é que ele me denunciou.”, há uso inadequado da norma padrão da língua portuguesa.
Assinale a alternativa correta.
Que é demasiada metafísica para um só tenor, não há dúvida; mas a perda da voz explica tudo, e há filósofos que são, em resumo, tenores desempregados. Eu, leitor amigo, aceito a teoria do meu velho Marcolini, não só pela verossimilhança, que é muita vez toda a verdade, mas porque a minha vida se casa bem à definição. Cantei um duo terníssimo, depois um trio, depois um quatuor ... Mas não adiantemos; vamos à primeira tarde, em que eu vim a saber que já cantava, porque a denúncia de José Dias, meu caro leitor, foi dada principalmente a mim. A mim é que ele me denunciou.
(ASSIS, M. Aceito a teoria. In: Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Otto Pierre Editores, 1980. cap.X. p.34. (Coleção Os Grandes Clássicos).)
Sobre a classe gramatical das palavras dispostas no texto, relacione a coluna da esquerda com a da direita.
(I) perda
(II) muita
(III) porque
(IV) depois
(V) mim
(A) adjetivo
(B) advérbio
(C) conjunção
(D) pronome
(E) substantivo
Assinale a alternativa que contém a associação correta.
Que é demasiada metafísica para um só tenor, não há dúvida; mas a perda da voz explica tudo, e há filósofos que são, em resumo, tenores desempregados. Eu, leitor amigo, aceito a teoria do meu velho Marcolini, não só pela verossimilhança, que é muita vez toda a verdade, mas porque a minha vida se casa bem à definição. Cantei um duo terníssimo, depois um trio, depois um quatuor ... Mas não adiantemos; vamos à primeira tarde, em que eu vim a saber que já cantava, porque a denúncia de José Dias, meu caro leitor, foi dada principalmente a mim. A mim é que ele me denunciou.
(ASSIS, M. Aceito a teoria. In: Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Otto Pierre Editores, 1980. cap.X. p.34. (Coleção Os Grandes Clássicos).)
Quanto ao tipo de texto, assinale a alternativa correta.
Junho de 2013 já fez história. É provável que, daqui a algumas décadas, brasileiros que tomaram as ruas do País no final do outono deste ano se reúnam num café, num boteco ou mais possivelmente na timeline de uma rede social para recordarem, cheios de orgulho, “daquele junho de 2013”. Quando se formaram multidões que, de um modo contraditório, pareciam gigantescas afirmações de individualidades. Com seus rostos únicos, bandeiras variadas, gritos independentes e gestos singulares. A completa expressão do novo. Daquilo que ninguém ousou prever e do futuro que ninguém assegurou adivinhar. Esses brasileiros se sentirão como a geração de 1968, que ainda cultiva as lembranças das heroicas passeatas contra a ditadura, como os manifestantes de 1984, que se emocionam com as imagens dos comícios das Diretas-já, e como os caras-pintadas de 1992, que decretaram o fim de um governo corrupto. Não se pode subestimar o que já aconteceu nem convém ignorar o que ainda possa vir. Nas duas últimas semanas, com suas diferentes tribos e interesses assumidamente difusos, jovens emergiram das redes sociais, conseguiram levar mais de um milhão de pessoas às ruas, deixaram a classe política atordoada e fizeram com que prefeitos de 13 capitais e 65 cidades anunciassem a redução das tarifas do transporte público. A voz das ruas, que parecia anestesiada, se impôs. A opinião pública revelou sua força. Mesmo sem uma grande causa aglutinadora, fez reverberar por todos os cantos do País uma insatisfação latente que o poder institucionalizado desconhecia. Pelo menos 480 cidades participaram dos protestos. Os manifestantes transformaram as principais avenidas brasileiras em verdadeiros bulevares da liberdade de expressão. A nação acordou e, com o recuo dos governantes, descobriu que, sim, é possível provocar mudanças.
(Adaptado de: PARDELLAS, S. Especial A Voz das Ruas. IstoÉ. São Paulo: Ed. Três. 26 jun. 2013. ano 37, n.2275. p.50.)
Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. A opinião pública soltou a voz nas ruas e mostrou uma convicção: construir um novo Brasil.
II. As redes sociais facilitaram a organização das manifestações ocorridas nas últimas semanas.
III. O aumento das tarifas de transporte público foi o mote para os primeiros atos de manifestação.
IV. O movimento obteve resultado negativo porque a multidão tinha interesses individuais e singulares.
Assinale a alternativa correta.
Junho de 2013 já fez história. É provável que, daqui a algumas décadas, brasileiros que tomaram as ruas do País no final do outono deste ano se reúnam num café, num boteco ou mais possivelmente na timeline de uma rede social para recordarem, cheios de orgulho, “daquele junho de 2013”. Quando se formaram multidões que, de um modo contraditório, pareciam gigantescas afirmações de individualidades. Com seus rostos únicos, bandeiras variadas, gritos independentes e gestos singulares. A completa expressão do novo. Daquilo que ninguém ousou prever e do futuro que ninguém assegurou adivinhar. Esses brasileiros se sentirão como a geração de 1968, que ainda cultiva as lembranças das heroicas passeatas contra a ditadura, como os manifestantes de 1984, que se emocionam com as imagens dos comícios das Diretas-já, e como os caras-pintadas de 1992, que decretaram o fim de um governo corrupto. Não se pode subestimar o que já aconteceu nem convém ignorar o que ainda possa vir. Nas duas últimas semanas, com suas diferentes tribos e interesses assumidamente difusos, jovens emergiram das redes sociais, conseguiram levar mais de um milhão de pessoas às ruas, deixaram a classe política atordoada e fizeram com que prefeitos de 13 capitais e 65 cidades anunciassem a redução das tarifas do transporte público. A voz das ruas, que parecia anestesiada, se impôs. A opinião pública revelou sua força. Mesmo sem uma grande causa aglutinadora, fez reverberar por todos os cantos do País uma insatisfação latente que o poder institucionalizado desconhecia. Pelo menos 480 cidades participaram dos protestos. Os manifestantes transformaram as principais avenidas brasileiras em verdadeiros bulevares da liberdade de expressão. A nação acordou e, com o recuo dos governantes, descobriu que, sim, é possível provocar mudanças.
(Adaptado de: PARDELLAS, S. Especial A Voz das Ruas. IstoÉ. São Paulo: Ed. Três. 26 jun. 2013. ano 37, n.2275. p.50.)
Acerca da estrutura e formação das palavras, considere as afirmativas a seguir.
I. O termo “timeline” é um neologismo.
II. O termo “Diretas-já” é formado de adjetivo e advérbio.
III. A palavra “caras-pintadas” é formada de substantivo e adjetivo.
IV. A palavra “bulevares” é de origem francesa.
Assinale a alternativa correta.