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O governo federal anunciou que vai aumentar em 15% a oferta de vagas por cursos de medicina. Pela proposta do Ministério da Educação, do segundo semestre deste ano, até 2014 serão abertos mais 2.500 postos. Preveem-se 2.000 em universidades federais e 500 em instituições particulares. A administração Dilma Rousseff alega que a medida é necessária para atender a áreas em que há carência de profissionais. Os médicos, por meio de seu Conselho Federal (CFM), protestam. A categoria afirma que o país já conta com excesso de profissionais.
Os dois lados têm alguns argumentos e muitos interesses. É verdade que o Brasil está com um problema sério de distribuição de médicos. Eles estão concentrados nas cidades grandes do Sudeste e do Sul. Há falta crônica em algumas regiões do Nordeste e do Norte. A questão é que não basta formar mais gente para garantir que essas áreas sejam contempladas. Os jovens profissionais não se fixam onde são necessários porque, apesar dos bons salários oferecidos por várias prefeituras, as condições de trabalho são precárias. Sem medidas adicionais para resolver isso, o mais provável é que os recém-formados se apinhem nas metrópoles. O governo federal, porém, prefere a saída populista de apenas abrir mais vagas. No cômputo geral, ao contrário do que apregoa o CFM, o país precisa de mais médicos. Atualmente, o Brasil conta com 1,8 profissional para cada grupo de mil habitantes. Nações desenvolvidas têm bem mais do que isso. Nos EUA, eles são 2,4 por mil; no Reino Unido, 2,7; na Suécia, 3,3. Com o envelhecimento da população, por aqui a demanda ainda vai crescer.
Os médicos, porém, não querem a abertura de vagas por dois motivos. O primeiro, justificável, é a preocupação com a qualidade dos cursos. O segundo é o receio com o aumento da concorrência. Há várias formas de lidar com a questão da qualidade. Ampliar e aperfeiçoar os programas de residência, onde o jovem profissional de fato aprende, é a mais óbvia. Criar um exame de habilitação, nos moldes do que existe para bacharéis em Direito se tornarem advogados, é outra a considerar.
Já o problema da concorrência tende a ser mitigado se o governo conseguir fazer com que Estados e prefeituras criem as condições adequadas para que o médico se fixe onde ele é mais necessário. A carência de profissionais se mostra especialmente grave nos rincões do país, mas também ocorre nas escalas de hospitais públicos das maiores e mais ricas cidades.
Folha de S. Paulo, Opinião – Editoriais, 9/6/2012. Adaptado.
Marque a opção que sintetiza CORRETAMENTE as ideias do texto:
TEXTO I
Mais e melhores médicos
O governo federal anunciou que vai aumentar em 15% a oferta de vagas por cursos de medicina. Pela proposta do Ministério da Educação, do segundo semestre deste ano, até 2014 serão abertos mais 2.500 postos. Preveem-se 2.000 em universidades federais e 500 em instituições particulares. A administração Dilma Rousseff alega que a medida é necessária para atender a áreas em que há carência de profissionais. Os médicos, por meio de seu Conselho Federal (CFM), protestam. A categoria afirma que o país já conta com excesso de profissionais.
Os dois lados têm alguns argumentos e muitos interesses. É verdade que o Brasil está com um problema sério de distribuição de médicos. Eles estão concentrados nas cidades grandes do Sudeste e do Sul. Há falta crônica em algumas regiões do Nordeste e do Norte. A questão é que não basta formar mais gente para garantir que essas áreas sejam contempladas. Os jovens profissionais não se fixam onde são necessários porque, apesar dos bons salários oferecidos por várias prefeituras, as condições de trabalho são precárias. Sem medidas adicionais para resolver isso, o mais provável é que os recém-formados se apinhem nas metrópoles. O governo federal, porém, prefere a saída populista de apenas abrir mais vagas. No cômputo geral, ao contrário do que apregoa o CFM, o país precisa de mais médicos. Atualmente, o Brasil conta com 1,8 profissional para cada grupo de mil habitantes. Nações desenvolvidas têm bem mais do que isso. Nos EUA, eles são 2,4 por mil; no Reino Unido, 2,7; na Suécia, 3,3. Com o envelhecimento da população, por aqui a demanda ainda vai crescer.
Os médicos, porém, não querem a abertura de vagas por dois motivos. O primeiro, justificável, é a preocupação com a qualidade dos cursos. O segundo é o receio com o aumento da concorrência. Há várias formas de lidar com a questão da qualidade. Ampliar e aperfeiçoar os programas de residência, onde o jovem profissional de fato aprende, é a mais óbvia. Criar um exame de habilitação, nos moldes do que existe para bacharéis em Direito se tornarem advogados, é outra a considerar.
Já o problema da concorrência tende a ser mitigado se o governo conseguir fazer com que Estados e prefeituras criem as condições adequadas para que o médico se fixe onde ele é mais necessário. A carência de profissionais se mostra especialmente grave nos rincões do país, mas também ocorre nas escalas de hospitais públicos das maiores e mais ricas cidades.
Folha de S. Paulo, Opinião – Editoriais, 9/6/2012. Adaptado.
No trecho “O governo federal, porém, prefere a saída populista de apenas abrir mais vagas.”, do segundo parágrafo, há uma ideia de CONTRASTE que se relaciona diretamente ao fato de que
TEXTO I
Mais e melhores médicos
O governo federal anunciou que vai aumentar em 15% a oferta de vagas por cursos de medicina. Pela proposta do Ministério da Educação, do segundo semestre deste ano, até 2014 serão abertos mais 2.500 postos. Preveem-se 2.000 em universidades federais e 500 em instituições particulares. A administração Dilma Rousseff alega que a medida é necessária para atender a áreas em que há carência de profissionais. Os médicos, por meio de seu Conselho Federal (CFM), protestam. A categoria afirma que o país já conta com excesso de profissionais.
Os dois lados têm alguns argumentos e muitos interesses. É verdade que o Brasil está com um problema sério de distribuição de médicos. Eles estão concentrados nas cidades grandes do Sudeste e do Sul. Há falta crônica em algumas regiões do Nordeste e do Norte. A questão é que não basta formar mais gente para garantir que essas áreas sejam contempladas. Os jovens profissionais não se fixam onde são necessários porque, apesar dos bons salários oferecidos por várias prefeituras, as condições de trabalho são precárias. Sem medidas adicionais para resolver isso, o mais provável é que os recém-formados se apinhem nas metrópoles. O governo federal, porém, prefere a saída populista de apenas abrir mais vagas. No cômputo geral, ao contrário do que apregoa o CFM, o país precisa de mais médicos. Atualmente, o Brasil conta com 1,8 profissional para cada grupo de mil habitantes. Nações desenvolvidas têm bem mais do que isso. Nos EUA, eles são 2,4 por mil; no Reino Unido, 2,7; na Suécia, 3,3. Com o envelhecimento da população, por aqui a demanda ainda vai crescer.
Os médicos, porém, não querem a abertura de vagas por dois motivos. O primeiro, justificável, é a preocupação com a qualidade dos cursos. O segundo é o receio com o aumento da concorrência. Há várias formas de lidar com a questão da qualidade. Ampliar e aperfeiçoar os programas de residência, onde o jovem profissional de fato aprende, é a mais óbvia. Criar um exame de habilitação, nos moldes do que existe para bacharéis em Direito se tornarem advogados, é outra a considerar.
Já o problema da concorrência tende a ser mitigado se o governo conseguir fazer com que Estados e prefeituras criem as condições adequadas para que o médico se fixe onde ele é mais necessário. A carência de profissionais se mostra especialmente grave nos rincões do país, mas também ocorre nas escalas de hospitais públicos das maiores e mais ricas cidades.
Folha de S. Paulo, Opinião – Editoriais, 9/6/2012. Adaptado.
Analise as seguintes afirmações:
I. No trecho “Pela proposta do Ministério da Educação, do segundo semestre deste ano, até 2014 serão abertos mais 2.500 postos”, a preposição em destaque expressa ideia de conformidade.
II. A palavra alguns, na primeira oração do segundo parágrafo, poderia ser corretamente substituída por poucos, sem alteração de sentido.
III. No trecho “A administração Dilma Rousseff alega que a medida é necessária para atender a áreas em que há carência de profissionais.”, a expressão em que poderia ser corretamente substituída pela conjunção onde.
IV. O emprego do adjetivo justificável, no terceiro parágrafo, sugere que o enunciador do texto considera legítima a preocupação dos médicos com a qualidade dos cursos, legitimidade que provavelmente não se aplica ao receio com o aumento da concorrência.
São CORRETAS apenas
Nascido no subúrbio nos melhores dias
Com votos da família de vida feliz
Andar e pilotar um pássaro de aço
Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço
Com as fardas mais bonitas desse meu país
O pai de anel no dedo e dedo na viola
Sorria e parecia mesmo ser feliz
Eh, vida boa
Quanto tempo faz
Que felicidade!
E que vontade de tocar viola de verdade
E de fazer canções como as que fez meu pai
Num dia de tristeza me faltou o velho
E falta lhe confesso que ainda hoje faz
E me abracei na bola e pensei ser um dia
Um craque da pelota ao me tornar rapaz
Um dia chutei mal e machuquei o dedo
E sem ter mais o velho pra tirar o medo
Foi mais uma vontade que ficou pra trás
E assim crescendo eu fui me criando sozinho
Aprendendo na rua, na escola e no lar
Um dia eu me tornei o bambambã da esquina
Em toda brincadeira, em briga, em namorar
Até que um dia eu tive que largar o estudo
E trabalhar na rua sustentando tudo
Assim sem perceber eu era adulto já
Eh, vida voa
Vai, no tempo, vai
Ai, mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai
Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso
E o meu medo maior é o espelho se quebrar
(www.letras.mus.br/joao-nogueira/97617/. Acesso: 13/7/2012.)
Sobre o texto foram feitas estas afirmações:
I. O título “Espelho” se deve ao fato de o eu-poético se achar fisicamente parecido com o seu pai.
II. A metalinguagem é exemplificada nos versos “Pois me beijaram a boca e me tornei poeta Mas tão habituado com o adverso / Eu temo se um dia me machuca o verso”.
III. A infância do eu-poético é marcada pela vontade de se tornar piloto; a adolescência, pela morte do pai, e a vida adulta, pela poesia.
IV. Apesar dos desafios enfrentados pelo eu-poético, o texto deixa marcas evidentes de que ele viveu momentos felizes.
Estão de acordo com o texto apenas
TEXTO III
Espelho
Nascido no subúrbio nos melhores dias
Com votos da família de vida feliz
Andar e pilotar um pássaro de aço
Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço
Com as fardas mais bonitas desse meu país
O pai de anel no dedo e dedo na viola
Sorria e parecia mesmo ser feliz
Eh, vida boa
Quanto tempo faz
Que felicidade!
E que vontade de tocar viola de verdade
E de fazer canções como as que fez meu pai
Num dia de tristeza me faltou o velho
E falta lhe confesso que ainda hoje faz
E me abracei na bola e pensei ser um dia
Um craque da pelota ao me tornar rapaz
Um dia chutei mal e machuquei o dedo
E sem ter mais o velho pra tirar o medo
Foi mais uma vontade que ficou pra trás
E assim crescendo eu fui me criando sozinho
Aprendendo na rua, na escola e no lar
Um dia eu me tornei o bambambã da esquina
Em toda brincadeira, em briga, em namorar
Até que um dia eu tive que largar o estudo
E trabalhar na rua sustentando tudo
Assim sem perceber eu era adulto já
Eh, vida voa
Vai, no tempo, vai
Ai, mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai
Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso
E o meu medo maior é o espelho se quebrar
(www.letras.mus.br/joao-nogueira/97617/. Acesso: 13/7/2012.)
A elipse é um recurso linguístico que consiste na
Há um exemplo claro de zeugma no verso