O Começo da Terceira Intifada
Revolta palestina na Cisjordânia se generaliza e pode tomar as proporções daquelas de 1987 e 2000
A vitória simbólica representada pelo hasteamento da bandeira palestina em frente à sede da ONU pouco ajuda o fragilizado governo de Mahmoud Abbas, cujas receitas estão sujeitas à retenção arbitrária de Israel e está sendo pressionado pelo Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional a cortar até as despesas de saúde.
Exasperado pela continuidade da ocupação israelense em toda a Cisjordânia apesar das promessas de devolução gradual de territórios dos anos 1990 e pela ausência de negociações, está pronto a jogar a toalha. Declarou em 30 de setembro que os acordos de Oslo de 1993 foram anulados na prática e Israel precisa assumir sua responsabilidade como potência ocupante e os gastos sociais com a população dominada.
A desesperança e a falta de canais pacíficos de protesto e negociação desembocam em uma nova revolta palestina ou Intifada (“sacudida” em árabe). Foi a Primeira Intifada (1987- 1993), deflagrada pelo atropelamento proposital de quatro palestinos por um caminhão militar israelense, que os acordos de Oslo tentaram pacificar.
Em 2000, a Segunda Intifada foi deflagrada pela visita ostensiva do então líder da oposição conservadora Ariel Sharon à mesquita Al-Aqsa no Morro do Templo, interpretada pelos palestinos como um passo para sua demolição e substituição por um Terceiro Templo judeu, como exige o movimento hoje liderado pelo rabino Yisrael Ariel.
A revolta durou até 2005 e deu ocasião à ascensão de Sharon ao governo em 2001, à operação repressiva “Escudo Defensivo” de 2002, que deixou 500 mortos na Cisjordânia e à morte suspeita de Yasser Arafat em 2004. Foi encerrada em 2005 com a cúpula de Sharm el-Sheikh, na qual Sharon concordou em reduzir a atividade militar e retomar negociações com o recém-eleito presidente Abbas.
Disponivel em: . Acesso em: 21 out. 2015. (Adaptado)
São motivos para o início da Terceira Intifada:
I. O esforço do governo israelense para fortalecer a paz na região.
II. A segregação cada vez maior dos palestinos em espaços reduzidos.
III. O hasteamento da bandeira palestina em frente à sede da ONU.
IV. As tentativas de cassar os direitos políticos dos árabes israelenses.
Assinale a alternativa correta.