A maioria das pessoas sabe que existem muitas espécies na Terra, e que novas espécies estão sendo descobertas todos os dias, mas nem todos sabem que aproximadamente a metade de todas as espécies do mundo inteiro habita um local: as florestas tropicais da Bacia Amazônica. As estatísticas são impressionantes: estima-se que 390 bilhões de árvores, que representam 16.000 espécies, crescem na Amazônia; uma de cada cinco espécies de aves do mundo reside lá; e um quinto de toda a água doce cai nas suas encostas e vales. A Bacia Amazônica é uma das maiores bacias hidrográficas da Terra, com milhares de afluentes levando ao rio Amazonas e deste para o oceano. Até agora, aproximadamente 2.200 espécies de peixes de água doce foram descritas, representando mais do que todas as espécies de peixes descritas para o Oceano Atlântico. Portanto, é razoável admitir que, quando a Bacia Amazônica é ameaçada pelas atividades humanas, a biodiversidade global é igualmente afetada. Sem dúvida, a principal força destrutiva é o desmatamento, que começou há cerca de 50 anos. À medida que as estradas avançavam sobre a floresta amazônica, mais florestas pluviais eram derrubadas e convertidas em lavouras e povoados, estimando-se que o desmatamento tenha atingido praticamente 20% da Bacia Amazônica. Outra característica interessante é que a fertilidade do solo em florestas pluviais é baixa, a terra desflorestada é muitas vezes utilizável apenas por uma década ou menos, resultando no abandono e em novos ciclos de desmatamento e fragmentação.
Sadava, D. Vida: a ciência da Biologia. Volume II. 11.ed. Porto Alegre: Artmed, 2020 (adaptado).
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