Vinte meses após o assassinato de Osama bin Laden, o corpo da Al-Qaeda ainda se mexe. Os talibãs, de seu lado, estão mais comportados do que nunca. Ainda assim, o ex-primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, comentou: “Os abscessos de fixação do terrorismo – Afeganistão, Iraque, Líbia, Mali – tendem a se expandir e a estabelecer laços entre si, federam suas forças, conjugam ações”. Os arsenais líbios alimentaram a guerra no Mali; amanhã, o próprio Mali corre o risco de equipar com armas recuperadas e soldados perdidos os próximos fronts africanos. Para justificar o envolvimento militar do país no conflito, François Hollande anunciou que “a França sempre estará presente quando os direitos de uma população estiverem ameaçados, como é o caso do Mali, que deseja viver livre e em uma democracia”.
Fonte: HALIMI, Serge. Mali – a pior escolha. In Jornal Le Monde Diplomatique Brasil, ano 6, nº 67, fev. 2013, (com cortes).
Tomando por base as informações e o processo por elas relatado, são feitas as afirmações seguintes:
I. Apesar da justificativa de combater o terrorismo internacional e garantir a democracia à população oprimida, os interesses da França ao invadir o Mali podem ser relacionados à tentativa de impedir o acesso de grupos radicais malineses às reservas de urânio da vizinha Níger.
II. A presença francesa no Mali também pode ser explicada como uma tentativa de impedir que, futuramente, rebeldes malineses abasteçam com armas e soldados outros movimentos radicais africanos.
III. Por ser um dos principais redutos anti-islâmicos na África, o Mali, antiga colônia francesa, sofreu a invasão do país, que tenta, ao lado de outros países ocidentais, eliminar os governos talibãs no continente africano, presentes, entre outros, em Níger.
Está correto o que se afirma em