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PESQUISA. Elas também almejam mais do que uma renda mínima
Mulheres priorizam bem-estar da família
A pesquisa da antropóloga da
Universidade de Campinas, Walquíria
Leão Rêgo, aponta que as beneficiárias
do programa experimentam certo grau de
[5] liberdade e autonomia porque podem
escolher a forma de empregar o dinheiro.
Também têm ganhos de dignidade
perante os demais membros da
comunidade porque se tornam
[10] confiáveis: “O cartão do Bolsa Família é
a única coisa que me deu crédito na vida,
antes não tinha nada”, diz uma das
entrevistadas.
“O estudo deita por terra certos
[15] preconceitos, como aquele segundo o
qual não se deve dar dinheiro aos pobres,
que não saberiam como empregá-lo. As
mulheres ouvidas na pesquisa
demonstram o contrário: em geral elas
[20] gastam prioritariamente com alimentos,
em especial para as crianças. Uma delas
informa que pôde comprar, finalmente,
um inalador para um filho que sofre de
crises asmáticas”, descreve um trecho da
[25] sinopse do livro.
Para a antropóloga, o estudo também
desafia outro preconceito: o de que as
mulheres que recebem o Bolsa Família
ficam acomodadas. “As mulheres
[30] ouvidas almejam muito mais do que uma
renda mínima proveniente de um
programa governamental: todas as
entrevistadas afirmaram que gostariam
mesmo é de ter trabalho regular e
[35] carteira assinada”, constatou a
pesquisadora.
(In: http://gazetaweb.globo.com/gazetadealag oas/acervo.php?c=224442 Acessado em 11junho2013)
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