A ressignificação dos desacatos apresentados no primeiro quadro revela um recurso estilístico denominado
Conversar se tornou difícil. Não porque
podemos ter visões e convicções diferentes – ao
contrário, as diferenças tornariam as discussões
mais proveitosas. O que faz com que conversar
[5] tenha se tornado difícil é que, em geral, nosso
interlocutor só quer saber de que lado nós estamos.
As pessoas divergem, poderiam aproveitar sua
discordância; mas a maioria só quer “descobrir”,
entender, inventar ou decidir (apressadamente)
[10] de que lado está o outro. Em outras palavras, o
intento do debate não é articular a complexidade
dos fatos e das escolhas possíveis. Trata-se
apenas de saber se você é “um dos nossos” ou
não. Obviamente, quem não for “um dos nossos” é
[15] contra a gente. Não tente dizer que você não está
de lado algum. Ou melhor, tente, e isso será a
prova esperada de que você é “contra a gente”.
CALLIGARIS, Contardo. De que lado você está? Disponível em: . Acesso em: 3 abr. 2016. Adaptado.
O articulista revela como é difícil a interlocução, na atualidade, entre indivíduos que pensam de forma diferente, porque
Direito é norma e norma é linguagem, portanto,
direito é linguagem, silogismo básico e eficaz
na exposição de que o direito e a linguagem são
interconectados. Enquanto conteúdo do mundo,
[5] o direito é e existe através da linguagem, que é a
forma de criação de realidades, de existência do
mundo, já que a linguagem é que está à frente dos
acontecimentos, que são, somente, alcançados
[10] a posteriori, quando captados, de maneira eficaz,
por um eixo linguístico comunicativo.
PICON, Leila Cássia; MINGOTTI, Maria Carmela; BUZZATO, Gustavo. O papel da linguagem na construção da integração social. Disponível em: <http://siaiap32. univali.br/seer/index.php/rdp/article/view/8368/4709>. Acesso em: 12 abr. 2016.
O texto trata da importância da linguagem no âmbito do Direito e, para garantir a coerência, organiza-se por meio de elementos linguísticos que mantêm a coesão textual.
Considerando-se os aspectos coesivos que preservam a progressão das ideias do texto, é correto afirmar:
A campanha institucional traz uma série de ações cotidianas, praticadas de forma generalizada, com o objetivo comunicativo de
Aprendizado
Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.
Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão
que a vida só consome
o que a alimenta.
GULLAR, Ferreira. Aprendizado. Barulhos (1980/1987). Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/gula.html#aprendizado>. Acesso em: 10 abr. 2016.
O eu poético que se faz presente nos versos convida o seu interlocutor a
O advogado perdeu uma cliente, mas ganhou a
felicidade de unir um casal em crise. O jurista de
São Sebastião do Paraíso (MG) virou uma espécie
de “conselheiro amoroso” após contar a história
[5] em seu perfil no Facebook. O advogado explicou
que foi procurado por uma mulher que queria dar
entrada no divórcio. Ele afirma ter estranhado o
fato de ter sido procurado por ela, pois é comum
que mulheres recorram a advogadas nesse tipo
[10] de situação. Enquanto conversavam, ele notou
que o divórcio talvez não fosse a melhor solução
para aquele casamento. “Ela contou que ele tinha
deixado de ser a pessoa que era antes do casamento,
que não a surpreendia mais e que havia mudado,
[15] mas que ainda gostava dele”. Diante disso, ele
fez uma proposta. No papel em que anotou os
documentos necessários para o processo legal de
separação, o advogado escreveu também quatro
perguntas que a mulher deveria se fazer antes
[20] de prosseguir. “Expliquei as perguntas e disse
para ela pedir para o marido responder também”.
Considerando-se o contexto comunicativo em que o advogado escreveu os documentos para o processo legal de separação, em um papel, é correto afirmar: