A questão se refere ao texto abaixo.
PRATO DO DIA
Tião Carreiro e Pardinho
Às margens de uma estrada, uma simples pensão existia.
A comida era tipo caseira, e o frango caipira era o prato do dia.
Proprietário, homem de respeito, ali trabalhava com sua família.
Cozinheira era sua esposa, e a garçonete era uma das filhas.
Foi chegando naquela pensão um viajante já fora de hora.
Foi dizendo para a garçonete: “Me traga um frango, vou jantar agora.
Eu estou bastante atrasado; terminando, eu já vou embora.”
Ela então respondeu num sorriso: “Mamãe está de pé. Pode crer, não demora.”
Quando ela foi servir a mesa, delicada e com muito bom jeito:
“Me desculpe, mas trouxe uma franga. Talvez não esteja cozida direito.”
O viajante foi lhe respondendo: “Pra mim, franga crua talvez eu aceito.
Sendo uma igual a você, seja qualquer hora também não enjeito.”
Foi saindo de cabeça baixa pra queixar ao seu pai a mocinha.
“Minha filha, mate outra franga. Pode temperar, porém não cozinha.
Vou levar esta franga na mesa, se bem que comigo a conversa é curtinha.
É a coisa que mais eu detesto, é ver homem barbado fazendo gracinha.”
Foi chegando o velho e dizendo: “Vim trazer o pedido que fez.”
Quando o cara tentou recusar, já se viu na mira de um Schmidt inglês.
O negócio foi limpar o prato, quando o proprietário lhe disse cortez:
“Nós estamos de portas abertas para servir à moda que pede o freguês.”
Disponível em: <http://letras.mus.br/tiao-carreiro-e-pardinho/1583596>. Acesso em: 17/10/2013. Adaptado.
O objetivo comunicativo central da narrativa é: