A campanha institucional em destaque, em sua frase de impacto “Não fique em silêncio”, traz a desconstrução de um discurso formal e tradicional, próprio do ambiente hospitalar, gerando um novo contexto temático, que se propõe a
[1] Um dos maiores problemas das cidades
grandes é a solidão. Quanto maior a cidade, maior
o isolamento das pessoas de todas as idades,
principalmente as idosas, cujos filhos ou parentes
[5]- partiram em busca de suas próprias vidas. Os filhos
casam, os parceiros viajam antes do tempo normal,
ocorrem divórcios e separações pelo desgaste dos
relacionamentos, e assim por diante. Percebendo ou
não, sofrendo ou não, um dia a gente se surpreende
[10]- morando só.
Todos conhecem as vantagens e desvantagens
da solidão. A liberdade, o direito de escolher o
livro, o programa de televisão, o filme, o que fazer
nas horas vagas, sem o inconveniente de outras
[15]- pessoas exercendo também o mesmo direito, num
mesmo ambiente, atrapalhando nosso desfrute.
As desvantagens são incontáveis, talvez em maior
número. Não ter com quem dividir os sentimentos é
o mais premente.
[20]- Uma colega de trabalho me relatou que o maior
sonho de sua vida seria alugar alguns filmes e
passar uns três dias em casa. Marido e filha não
permitem. Fiz a experiência, ou melhor, tentei.
Uma coisa é ver um filme no cinema, em casa não
[25]- tem graça. E quando tentei a solidão experimental,
permanecendo um fim de semana em casa, foi
também a pior experiência. Caiu de vez a tese que
tentava defender que a gente pode viver bem, sem
depender de ninguém. Na verdade, a solidão é boa
[30]- em algumas circunstâncias, ruim em outras. Num
determinado momento pode ser conveniente, mas
já me convenci de que não deve ser adotada como
estilo de vida.
TINÉ, Flávio. Solidão experimental. Disponível em: <http://blogdotine.blogspot.com.br/2014/ 12/solidao-experimental.html>. Acesso em: 25 ago. 2015. Adaptado.
A análise dos aspectos linguísticos do texto está correta em
[1] Um dos maiores problemas das cidades
grandes é a solidão. Quanto maior a cidade, maior
o isolamento das pessoas de todas as idades,
principalmente as idosas, cujos filhos ou parentes
[5]- partiram em busca de suas próprias vidas. Os filhos
casam, os parceiros viajam antes do tempo normal,
ocorrem divórcios e separações pelo desgaste dos
relacionamentos, e assim por diante. Percebendo ou
não, sofrendo ou não, um dia a gente se surpreende
[10]- morando só.
Todos conhecem as vantagens e desvantagens
da solidão. A liberdade, o direito de escolher o
livro, o programa de televisão, o filme, o que fazer
nas horas vagas, sem o inconveniente de outras
[15]- pessoas exercendo também o mesmo direito, num
mesmo ambiente, atrapalhando nosso desfrute.
As desvantagens são incontáveis, talvez em maior
número. Não ter com quem dividir os sentimentos é
o mais premente.
[20]- Uma colega de trabalho me relatou que o maior
sonho de sua vida seria alugar alguns filmes e
passar uns três dias em casa. Marido e filha não
permitem. Fiz a experiência, ou melhor, tentei.
Uma coisa é ver um filme no cinema, em casa não
[25]- tem graça. E quando tentei a solidão experimental,
permanecendo um fim de semana em casa, foi
também a pior experiência. Caiu de vez a tese que
tentava defender que a gente pode viver bem, sem
depender de ninguém. Na verdade, a solidão é boa
[30]- em algumas circunstâncias, ruim em outras. Num
determinado momento pode ser conveniente, mas
já me convenci de que não deve ser adotada como
estilo de vida.
TINÉ, Flávio. Solidão experimental. Disponível em: <http://blogdotine.blogspot.com.br/2014/ 12/solidao-experimental.html>. Acesso em: 25 ago. 2015. Adaptado.
Considerando-se os elementos que garantem a progressão textual, é correto afirmar:
[1] Oi, mãe, já terminando de almoçar?
Oh, meu filho, me dê um abraço. Ah, que bom...
Quando foi que você chegou?
Estou chegando agora, mãe.
[5] Como foi de viagem?
Eu não estava viajando, mãe.
Você precisa tomar cuidado com essas viagens,
as estradas estão muito perigosas.
Mas eu já disse, mãe, não estava viajando. Eu
[10] não viajo quase nunca. Faz anos que não viajo para
lugar nenhum.
Agora, deixe a moça tirar o prato, os talheres,
logo vem um pratinho para a senhora comer a
sobremesa.
[15] E o queijo?
Aqui também, não ia me esquecer de que a
senhora gosta de comer doce com queijo.
Sempre gostei, desde menina. Quer saber uma
coisa engraçada, meu filho?
[20] Quero, mãe.
Hoje eu só me lembro bem de coisas daquele
tempo velho. De outras, eu esqueço. Depois dos
doces, um cafezinho, não é?
Claro. Aliás, trouxe também café, já o entreguei
[25] a D. Delza.
Café é bom, meu pai dizia. Café e outra coisa...
O que era mesmo?
Eu sei que outra coisa era, quer que eu diga?
Não.
[30] Então não digo.
Já sei: azeite doce.
Isso mesmo. Sim, são coisas boas.
Você também gosta?
Aprendi a gostar com a senhora.
[35] Quando meu pai morreu, eu era muito pequena.
Eu sei. Tinha seis anos.
Você tinha seis anos?
Não: a senhora.
Você se lembra?
[40] Lembro a senhora dizendo isso.
Minha mãe também morreu.
Eu sei.
Quem lhe contou?
Mãe, minha avó morreu há mais de vinte anos.
[45] Sua avó?
Minha avó, sim, sua mãe.
É verdade. Sua avó. Mas você está enganado, meu
filho, ela morreu agora.
Agora?
[50] Nestes dias.
Mãe...
ESPINHEIRA FILHO, Rui. Visita. O Sonho dos Anjos (contos reunidos e inéditos). Salvador-Ba: Caramurê Publicações. 2014. p. 57-59. Adaptado.
Mesmo sem a presença do sujeito narrador, a coerência e a linearidade narrativa se desenvolvem por meio
[1] Oi, mãe, já terminando de almoçar?
Oh, meu filho, me dê um abraço. Ah, que bom...
Quando foi que você chegou?
Estou chegando agora, mãe.
[5] Como foi de viagem?
Eu não estava viajando, mãe.
Você precisa tomar cuidado com essas viagens,
as estradas estão muito perigosas.
Mas eu já disse, mãe, não estava viajando. Eu
[10] não viajo quase nunca. Faz anos que não viajo para
lugar nenhum.
Agora, deixe a moça tirar o prato, os talheres,
logo vem um pratinho para a senhora comer a
sobremesa.
[15] E o queijo?
Aqui também, não ia me esquecer de que a
senhora gosta de comer doce com queijo.
Sempre gostei, desde menina. Quer saber uma
coisa engraçada, meu filho?
[20] Quero, mãe.
Hoje eu só me lembro bem de coisas daquele
tempo velho. De outras, eu esqueço. Depois dos
doces, um cafezinho, não é?
Claro. Aliás, trouxe também café, já o entreguei
[25] a D. Delza.
Café é bom, meu pai dizia. Café e outra coisa...
O que era mesmo?
Eu sei que outra coisa era, quer que eu diga?
Não.
[30] Então não digo.
Já sei: azeite doce.
Isso mesmo. Sim, são coisas boas.
Você também gosta?
Aprendi a gostar com a senhora.
[35] Quando meu pai morreu, eu era muito pequena.
Eu sei. Tinha seis anos.
Você tinha seis anos?
Não: a senhora.
Você se lembra?
[40] Lembro a senhora dizendo isso.
Minha mãe também morreu.
Eu sei.
Quem lhe contou?
Mãe, minha avó morreu há mais de vinte anos.
[45] Sua avó?
Minha avó, sim, sua mãe.
É verdade. Sua avó. Mas você está enganado, meu
filho, ela morreu agora.
Agora?
[50] Nestes dias.
Mãe...
ESPINHEIRA FILHO, Rui. Visita. O Sonho dos Anjos (contos reunidos e inéditos). Salvador-Ba: Caramurê Publicações. 2014. p. 57-59. Adaptado.
Considerando-se a análise das formas verbais presentes no texto, é correto afirmar:
A análise dos aspectos verbais e não verbais da capa da revista em destaque permite inferir que o enunciador