“Entre o Irã e a Espanha existem grandes diferenças. O fracasso do desenvolvimento econômico impediu que se formassem, no Irã, a base social de um regime liberal, moderno, ocidentalizado. Formou-se, em compensação, um imenso impulso popular, que explodiu este ano: ele atropelou os partidos políticos em via de reconstituição; acabou por jogar milhões de homens nas ruas de Teerã contra as metralhadoras e os tanques.
E não se gritava somente “para a morte o xá”, mas também “islã, Islã, Khomeyni, nós o seguiremos”. E, mesmo, Khomeyni para rei”
(FOUCAULT, Michel. “Com o que Sonham os Iranianos?”. IN: FOUCAULT. Ditos e Escritos, (v. VI). Repensar a Política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.). O substrato acima foi retirado de um artigo publicado por Michel Foucault no Le Nouvel Observateur, n. 727, 16-22 de outubro de 1978.
Podemos dizer corretamente sobre o acontecimento analisado por Foucault que se trata: