Questões de História - Temática - História da Ciência
A epidemia de sífilis golpeou Nápoles, pela primeira vez, em 1494. Os ingleses a chamaram de “enfermidade francesa”, os franceses disseram que era um “mal napolitano” e os napolitanos achavam que vinha da América. O vírus, por definição, é o outro. Sexualmente transmissível, a sífilis materializou nos corpos, dos séculos XVI ao XIX, as formas de repressão e exclusão social da modernidade.
(Adaptado de Paul B. Preciado, Aprendendo do vírus, em Sopa de Wuhan. APOS, 2020, p. 184-187.)
Considerando as referências acima sobre a epidemia de sífilis na época moderna, é possível afirmar:
As descobertas arqueológicas colaboram no entendimento do processo de ocupação do Brasil e de toda a América por meio dos vestígios da cultura material, encontrados no vasto continente americano, como, por exemplo, o que mostram as imagens a seguir.
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O fóssil de Luzia: o mais antigo ser humano encontrado no Brasil (Lagoa Santa – Minas Gerais)
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Registro rupestre. Representação dos chamados “veadinhos azuis”, tesouro de um dos sítios arqueológicos da Serra da Capivara, no Piauí.
Sobre o processo de ocupação do Brasil, assinale a alternativa correta.
Mas e se a história estiver errada? E se o Iluminismo puder ser associado a lugares e pensadores que costumamos ignorar? Tais perguntas me assombram desde que topei com o trabalho de um filósofo etíope do século XVII: Zera Yacob (1599-1692), também grafado Zära Yaqob. (...)
Ele acreditava na primazia da razão e afirmava que todos os seres humanos, homens e mulheres, são criados iguais. Yacob argumentou contra a escravidão, criticou todas as religiões e doutrinas reconhecidas (...).
Em suma: muitos dos ideais mais elevados do Iluminismo foram concebidos e resumidos por um homem que trabalhou sozinho em uma caverna etíope de 1630 a 1632. (...)
Ele aponta, por exemplo, que o criador, em sua sabedoria, fez o sangue fluir mensalmente do útero das mulheres, para que elas possam gestar filhos. (...).
Desse modo, inclui em seu argumento filosófico a perspectiva da solidariedade, da mulher e do afeto. E ele próprio viveu segundo esses ideais.
(...) Depois de sair da caverna, pediu em casamento uma moça pobre chamada Hirut, que tinha a função de criada de uma família rica. (...) Consumada a união, ele declarou que ela não deveria mais ser serva, mas seu par, porque “marido e mulher estão em pé de igualdade no casamento”. (...)
Yacob enxergava a mulher sob ótica completamente diferente: como par intelectual do filósofo.
Disponível em: https://www.geledes.org.br. Acesso em: set. 2022. Adaptado.
O desenvolvimento das pesquisas historiográficas contribui para que o conhecimento sobre a história, seja ele dinâmico e inacabado.
Dessa forma, pode-se afirmar que
A charge, a seguir, ironiza o médico Oswaldo Cruz e seu exército de mata-mosquitos, codinome dado aos funcionários da saúde, em confronto com os manifestantes populares na época da Revolta da Vacina.
Jornal O Malho, 29/10/1904
A Revolta da Vacina ocorreu no Rio de Janeiro em 1904. Seu estopim foi a campanha de vacinação em massa da população, efetivada pelo governo federal, após a lei que estipulou a vacina obrigatória contra a varíola.
Essa insurreição urbana tem causas mais profundas, entre as quais podem ser destacadas
“Alguém que circulasse pelas ruas do Rio de Janeiro no último quartel do século passado não precisaria ser um arguto observador para perceber que um dos mais graves problemas assolavam a cidade na ocasião era o da insalubridade. Centro nervoso do país, o Rio de Janeiro desfrutava à época da condição privilegiada de capital comercial, financeira, política, administrativa e cultural do Brasil. Esta condição, entretanto, se assegurava, por um lado, o direito da cidade proclamar-se vitrina das virtudes nacionais, impunha-lhe, por outro, o epíteto de um dos maiores focos de epidemias do mundo. Na primeira metade dos anos 1890, num cômputo com outros dezenove centros urbanos, o Rio de Janeiro ocupava a incômoda posição de sétima cidade mais insalubre.”
(PECHMAN, Sérgio e FRITSCH, Lilian. A Reforma Urbana e o seu avesso: Algumas considerações a propósito da modernização do Distrito Federal na virada do Século. Revista Brasileira de História, S. Paulo, v. 5, n° 8q9, p. 140, set.1984/abr. 1985).
Considerando o texto acima e os seus conhecimentos sobre as doenças e as reformas urbanas, o controle social e as disputas de poder no Brasil e na Europa do final do século XIX, assinale a alternativa correta:
Observe a imagem:
“ […] A uma hora de Nova York, no vilarejo de Cold Spring Harbour, há um laboratório de investigação genética que foi fundado em 1890, pouco depois de Charles Darwin publicar a teoria de evolução e seleção natural. O guia do local explica que, "entre o final do século XIX e o começo do século XX, havia uma tendência de reprodução seletiva. Se um humano era considerado indigno de transmitir sua hereditariedade a gerações futuras, era esterilizado contra sua vontade". "Muita gente associa a palavra 'eugenia' aos nazistas e ao Holocausto. Mas isso está errado. Na verdade, Hitler aprendeu com o que os EUA haviam feito", afirma Daniel Kevles, historiador da ciência da Universidade de Yale, aposentado recentemente […] (Tudo começou com Francis Galton) . Ele acreditava que, se conseguíssemos encontrar a maneira de quantificar essa hereditariedade, poderíamos controlá-la e produzir humanos melhores, como fazemos com o gado e com as plantas. A esse novo programa de reprodução seletiva que permitiria tomar as rédeas da nossa evolução, se deu o nome de eugenia. "Não era irracional que biólogos como Galton pensassem que, se as ciências físicas estavam mudando o mundo tão dramaticamente - as ferrovias, a luz elétrica, o telefone -, as ciências da vida poderiam fazer o mesmo."
JACKSON, Steven, STANTON, Peter Lang. Eugenia: como movimento para criar seres humanos 'melhores' nos EUA influenciou Hitler. BBC - 23 abril 2017. Fonte: . Acesso em: 19 de agosto de 2017. Adaptado.
As políticas de governo projetadas entre final do século XIX e meados do século XX, na Europa e nos Estados Unidos, tiveram como base inspiradora os avanços e as respostas racionais da ciência moderna.
Baseado no texto acima, um resultado do uso da ciência para fins políticos, a partir o século XIX, foi:
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