UFSM 2015
50 Questões
Os médicos recomendam: leia para seu filho todos os dias
Um estudo da Academia Americana de Pediatria mostra que até os bebês são beneficiados pela leitura
Graças a uma recomendação
da Academia Americana de
Pediatria (AAP), pediatras
americanos passaram a orientar
famílias sobre a importância da leitura.
A indicação médica é que os pais
leiam para seus filhos todos os dias,
principalmente para crianças pequenas,
com menos de três anos.
A decisão foi tomada com base
num estudo que afirma que a
exposição à leitura desde cedo ajuda
no desenvolvimento cerebral e melhora
o desempenho escolar no futuro,
além de estreitar os laços familiares.
Numa reportagem da Folha de
S.Paulo, pediatras brasileiros afirmam
que também vão aderir à recomendação.
Se isso se confirmar, a experiência
pode ser transformadora para a
leitura do país. Não só por formar
leitores desde a infância, mas também
(e talvez principalmente) por incentivar
os pais a retomar o contato
com os livros.
Ao mirar na educação das
crianças, sem dúvida uma boa causa
por si só, os pediatras podem ajudar a
resolver um problema crônico dos
adultos. Segundo a pesquisa Retratos
da Leitura no Brasil, desde 2012, mais
da metade da população brasileira é
de não-leitores: pessoas que não
leram nenhum livro nos últimos três
meses. Apenas 16% desses nãoleitores
são estudantes. O verdadeiro
desastre está entre as pessoas que já
pararam de estudar: 84% dos nãoleitores
estão nessa categoria. A
média de livros lidos também diminui
à medida que a idade adulta chega.
Crianças de 5 a 10 anos leem 5,4
livros por ano. Dos 11 aos 13, a média
aumenta ainda mais e chega aos 6,9.
O número desaba a partir dos 18
anos, com o fim do Ensino Médio, e
continua a cair com a idade. Na faixa
dos 40 aos 49 anos, por exemplo, a
média é de dois livros lidos por ano ‒
menos de um terço da média entre os
pré-adolescentes.
Os números indicam que as
escolas até conseguem criar algum
interesse pela leitura entre as crianças.
Quando surgem novas responsabilidades,
como trabalhar e criar
filhos, os livros são deixados de lado.
Ao transformar a leitura diária
com os filhos em prescrição médica,
os pediatras darão aos pais um novo
incentivo para redescobrir o prazer da
leitura. Como se não bastassem todos
os benefícios ao desenvolvimento
intelectual dos bebês, a recomendação
pode criar algo ainda mais
duradouro: famílias que têm o hábito
de ler. Uma criança que cresce entre
os livros e vê seus pais lendo tem tudo
para se tornar um pai que também lê
para seus filhos ‒ com ou sem recomendação
médica.
VENTICINQUE, D. Época . 17. jul. 2014. Disponível em: <http://epoca.globo.com>. Acesso em: 24 ago. 2015. (Adaptado).
Com relação a aspectos de conteúdo e recursos linguísticos empregados no texto, assinale a alternativa que apresenta uma análise INCORRETA.
Os médicos recomendam: leia para seu filho todos os dias
Um estudo da Academia Americana de Pediatria mostra que até os bebês são beneficiados pela leitura
Graças a uma recomendação
da Academia Americana de
Pediatria (AAP), pediatras
americanos passaram a orientar
famílias sobre a importância da leitura.
A indicação médica é que os pais
leiam para seus filhos todos os dias,
principalmente para crianças pequenas,
com menos de três anos.
A decisão foi tomada com base
num estudo que afirma que a
exposição à leitura desde cedo ajuda
no desenvolvimento cerebral e melhora
o desempenho escolar no futuro,
além de estreitar os laços familiares.
Numa reportagem da Folha de
S.Paulo, pediatras brasileiros afirmam
que também vão aderir à recomendação.
Se isso se confirmar, a experiência
pode ser transformadora para a
leitura do país. Não só por formar
leitores desde a infância, mas também
(e talvez principalmente) por incentivar
os pais a retomar o contato
com os livros.
Ao mirar na educação das
crianças, sem dúvida uma boa causa
por si só, os pediatras podem ajudar a
resolver um problema crônico dos
adultos. Segundo a pesquisa Retratos
da Leitura no Brasil, desde 2012, mais
da metade da população brasileira é
de não-leitores: pessoas que não
leram nenhum livro nos últimos três
meses. Apenas 16% desses nãoleitores
são estudantes. O verdadeiro
desastre está entre as pessoas que já
pararam de estudar: 84% dos nãoleitores
estão nessa categoria. A
média de livros lidos também diminui
à medida que a idade adulta chega.
Crianças de 5 a 10 anos leem 5,4
livros por ano. Dos 11 aos 13, a média
aumenta ainda mais e chega aos 6,9.
O número desaba a partir dos 18
anos, com o fim do Ensino Médio, e
continua a cair com a idade. Na faixa
dos 40 aos 49 anos, por exemplo, a
média é de dois livros lidos por ano ‒
menos de um terço da média entre os
pré-adolescentes.
Os números indicam que as
escolas até conseguem criar algum
interesse pela leitura entre as crianças.
Quando surgem novas responsabilidades,
como trabalhar e criar
filhos, os livros são deixados de lado.
Ao transformar a leitura diária
com os filhos em prescrição médica,
os pediatras darão aos pais um novo
incentivo para redescobrir o prazer da
leitura. Como se não bastassem todos
os benefícios ao desenvolvimento
intelectual dos bebês, a recomendação
pode criar algo ainda mais
duradouro: famílias que têm o hábito
de ler. Uma criança que cresce entre
os livros e vê seus pais lendo tem tudo
para se tornar um pai que também lê
para seus filhos ‒ com ou sem recomendação
médica.
VENTICINQUE, D. Época . 17. jul. 2014. Disponível em: <http://epoca.globo.com>. Acesso em: 24 ago. 2015. (Adaptado).
Com relação aos recursos de pontuação empregados no texto, considere as afirmativas a seguir.
I→O ponto, na linha 21, poderia ser substituído por travessão, mantendo-se o valor expressivo da pontuação na construção argumentativa.
II → Os parênteses, na linha 23, podem ser substituídos por vírgulas, embora isso altere o caráter hipotético da proposição, indicado por “talvez” (ℓ.23).
III → Os dois-pontos, na linha 33, poderiam ser substituídos pela expressão “ou seja”, intercalada com vírgulas.
IV → A vírgula antes de “e”, na linha 46, serve para sinalizar a articulação de orações com sujeitos diferentes.
Está(ão) correta(s)
Antônio é um menino de 10 anos que foi estimulado por seus pais a ler desde pequeno. Seu gênero literário preferido é ficção científica. Influenciado pelos relatos de viagens interestelares, ele passou a acreditar que existe vida fora da terra. Para que sua crença na vida fora da terra torne-se conhecimento, quais condições devem ser satisfeitas?
I → Que ele encontre outras pessoas que acreditem na vida extraterrestre.
II → Que ele disponha de boas evidências da existência de vida fora da terra.
III → Que a crença de que extraterrestres existem seja verdadeira.
IV→Que ele tenha certeza subjetiva acerca da existência de extraterrestres.
Está(ão) correta(s)
No intuito de despertar o interesse pela leitura, foram lançados no mercado livros com diferentes aromas. Dentre eles se encontra o intitulado “Livro com cheiro a morango”. O aroma agradável de morango deve-se à presença de uma substância química sintetizada em laboratório por meio da seguinte reação:
CH3COOH + HOCH2CH(CH3)2 → CH3COOCH2CH(CH3)2
“aroma de morango”
Considere as afirmativas a seguir.
I → O éster responsável pelo aroma de morango é o etanoato de isobutila.
II → Os reagentes pertencem às funções ácido carboxílico e aldeído.
III → Das três substâncias presentes na reação, a que apresenta maior basicidade é CH3COOH.
IV→O éster formado possui umcarbono assimétrico.
Está(ão) correta(s)
O “Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, é uma das obras literárias mais famosas no mundo. Em um dos trechos dessa obra, o Pequeno Príncipe relata que, no asteroide B612, de onde ele vem, pode-se apreciar o pôr do sol quantas vezes desejar, bastando para isso deslocar sua cadeira.
Suponha que o B612 seja uma esfera, que o Pequeno Príncipe desloque sua cadeira através de um equador 15,7 centímetros a cada pôr do sol e que após 40 pores do sol ele tenha dado uma volta completa.
Qual é o volume, aproximadamente, em m3, do asteroide B612?
Observe as tabelas.
A leitura das tabelas revela que, no Brasil,