IFAL 2015/1
40 Questões
Cultura brasileira: olhando para frente
por Juca Ferreira
O Brasil se consolida neste início do século
[5] XXI como uma das maiores democracias e uma das
maiores economias do mundo, e como a única
potência emergente no Ocidente. A emergência do
Brasil tem muitas implicações e, a depender da
nossa lucidez na condução política dessa evolução,
[10] pode significar muito para nosso futuro, para a
América do Sul, para a África, para toda a América
Latina e para todos os que falam português e
espanhol.
A importância do país no mundo só tem feito
[15] crescer. Isso nos impõe o desafio de refletir e cuidar
das muitas dimensões do desenvolvimento – não só
dentro dos padrões tradicionais da geopolítica e da
economia como se costuma pensar. O debate amplo
e complexo sobre a centralidade da dimensão
[20] simbólica no processo de desenvolvimento tem uma
importância decisiva neste momento da vida
brasileira.
A cultura é uma dimensão importante da
nação e deve ser considerada pelo Estado em sua
[25] amplitude e não como uma simples agenda setorial.
Ela tem capilaridade e está integrada com
praticamente todas as grandes agendas do
desenvolvimento do país: com o projeto de
desenvolvimento econômico, com a sustentabilidade,
[30] com a consolidação da democracia no país, com a
agenda social, com a educação de qualidade etc.
[...]
Mas não é só a repercussão da cultura no
desenvolvimento que a faz importante e algo central
[35] para o Brasil. A dimensão cultural é essencial para a
qualificação das relações sociais e para reforçar a
coesão social. E, também amplia as possibilidades
de realização da condição humana de cada um dos
brasileiros e viabiliza a construção de subjetividades
[40] complexas.
O empoderamento dos diversos
agrupamentos humanos que compõem a sociedade
brasileira também depende do acesso pleno à
cultura. Ou seja, são muitas as suas interfaces e
[45] repercussões na sociedade. As jornadas de junho de
2013 e seu desenrolar até a Copa do Mundo
reforçam a necessidade de considerarmos os muitos
aspectos culturais para a qualificação das nossas
relações sociais e para a consolidação e
[50] adensamento da democracia brasileira.
A cultura também é a base de um país
criativo no enfrentamento dos desafios
contemporâneos; para desenvolver e manejar as
novas tecnologias, para qualificar a convivência e
[55] aprofundar a integração de todos os brasileiros em
meio à diversidade cultural. A cultura é uma
dimensão incontornável da nação, um componente
central de qualquer estratégia sustentável de
construção do país. E, por ser tão importante, deve
[60] ser tratada como um direito de todos os brasileiros.
Os objetivos mais estratégicos da sociedade
brasileira dependem, para sua realização, do
reconhecimento da importância da cultura e das
artes.
(Disponível em:http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=3078. Acesso em 14/10/2014.)
No excerto: “E, também amplia as possibilidades de realização da condição humana de cada um dos brasileiros e viabiliza a construção de subjetividades complexas.” (linhas 37-40), há um problema de pontuação, que poderia ser corrigido adotando-se qualquer uma das construções abaixo, exceto a contida em:
Cultura brasileira: olhando para frente
por Juca Ferreira
O Brasil se consolida neste início do século
[5] XXI como uma das maiores democracias e uma das
maiores economias do mundo, e como a única
potência emergente no Ocidente. A emergência do
Brasil tem muitas implicações e, a depender da
nossa lucidez na condução política dessa evolução,
[10] pode significar muito para nosso futuro, para a
América do Sul, para a África, para toda a América
Latina e para todos os que falam português e
espanhol.
A importância do país no mundo só tem feito
[15] crescer. Isso nos impõe o desafio de refletir e cuidar
das muitas dimensões do desenvolvimento – não só
dentro dos padrões tradicionais da geopolítica e da
economia como se costuma pensar. O debate amplo
e complexo sobre a centralidade da dimensão
[20] simbólica no processo de desenvolvimento tem uma
importância decisiva neste momento da vida
brasileira.
A cultura é uma dimensão importante da
nação e deve ser considerada pelo Estado em sua
[25] amplitude e não como uma simples agenda setorial.
Ela tem capilaridade e está integrada com
praticamente todas as grandes agendas do
desenvolvimento do país: com o projeto de
desenvolvimento econômico, com a sustentabilidade,
[30] com a consolidação da democracia no país, com a
agenda social, com a educação de qualidade etc.
[...]
Mas não é só a repercussão da cultura no
desenvolvimento que a faz importante e algo central
[35] para o Brasil. A dimensão cultural é essencial para a
qualificação das relações sociais e para reforçar a
coesão social. E, também amplia as possibilidades
de realização da condição humana de cada um dos
brasileiros e viabiliza a construção de subjetividades
[40] complexas.
O empoderamento dos diversos
agrupamentos humanos que compõem a sociedade
brasileira também depende do acesso pleno à
cultura. Ou seja, são muitas as suas interfaces e
[45] repercussões na sociedade. As jornadas de junho de
2013 e seu desenrolar até a Copa do Mundo
reforçam a necessidade de considerarmos os muitos
aspectos culturais para a qualificação das nossas
relações sociais e para a consolidação e
[50] adensamento da democracia brasileira.
A cultura também é a base de um país
criativo no enfrentamento dos desafios
contemporâneos; para desenvolver e manejar as
novas tecnologias, para qualificar a convivência e
[55] aprofundar a integração de todos os brasileiros em
meio à diversidade cultural. A cultura é uma
dimensão incontornável da nação, um componente
central de qualquer estratégia sustentável de
construção do país. E, por ser tão importante, deve
[60] ser tratada como um direito de todos os brasileiros.
Os objetivos mais estratégicos da sociedade
brasileira dependem, para sua realização, do
reconhecimento da importância da cultura e das
artes.
(Disponível em:http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=3078. Acesso em 14/10/2014.)
Sobre as propriedades estilísticas do texto “Cultura brasileira: olhando para frente”, a única alternativa correta é:
Cultura brasileira: olhando para frente
por Juca Ferreira
O Brasil se consolida neste início do século
[5] XXI como uma das maiores democracias e uma das
maiores economias do mundo, e como a única
potência emergente no Ocidente. A emergência do
Brasil tem muitas implicações e, a depender da
nossa lucidez na condução política dessa evolução,
[10] pode significar muito para nosso futuro, para a
América do Sul, para a África, para toda a América
Latina e para todos os que falam português e
espanhol.
A importância do país no mundo só tem feito
[15] crescer. Isso nos impõe o desafio de refletir e cuidar
das muitas dimensões do desenvolvimento – não só
dentro dos padrões tradicionais da geopolítica e da
economia como se costuma pensar. O debate amplo
e complexo sobre a centralidade da dimensão
[20] simbólica no processo de desenvolvimento tem uma
importância decisiva neste momento da vida
brasileira.
A cultura é uma dimensão importante da
nação e deve ser considerada pelo Estado em sua
[25] amplitude e não como uma simples agenda setorial.
Ela tem capilaridade e está integrada com
praticamente todas as grandes agendas do
desenvolvimento do país: com o projeto de
desenvolvimento econômico, com a sustentabilidade,
[30] com a consolidação da democracia no país, com a
agenda social, com a educação de qualidade etc.
[...]
Mas não é só a repercussão da cultura no
desenvolvimento que a faz importante e algo central
[35] para o Brasil. A dimensão cultural é essencial para a
qualificação das relações sociais e para reforçar a
coesão social. E, também amplia as possibilidades
de realização da condição humana de cada um dos
brasileiros e viabiliza a construção de subjetividades
[40] complexas.
O empoderamento dos diversos
agrupamentos humanos que compõem a sociedade
brasileira também depende do acesso pleno à
cultura. Ou seja, são muitas as suas interfaces e
[45] repercussões na sociedade. As jornadas de junho de
2013 e seu desenrolar até a Copa do Mundo
reforçam a necessidade de considerarmos os muitos
aspectos culturais para a qualificação das nossas
relações sociais e para a consolidação e
[50] adensamento da democracia brasileira.
A cultura também é a base de um país
criativo no enfrentamento dos desafios
contemporâneos; para desenvolver e manejar as
novas tecnologias, para qualificar a convivência e
[55] aprofundar a integração de todos os brasileiros em
meio à diversidade cultural. A cultura é uma
dimensão incontornável da nação, um componente
central de qualquer estratégia sustentável de
construção do país. E, por ser tão importante, deve
[60] ser tratada como um direito de todos os brasileiros.
Os objetivos mais estratégicos da sociedade
brasileira dependem, para sua realização, do
reconhecimento da importância da cultura e das
artes.
(Disponível em:http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=3078. Acesso em 14/10/2014.)
“[...] por ser tão importante, [a cultura] deve ser tratada como um direito de todos os brasileiros.” (linhas 59-60) Entre as orações do período acima, dá-se uma relação semântica que só não poderia ser expressa da mesma maneira na alternativa:
Cultura brasileira: olhando para frente
por Juca Ferreira
O Brasil se consolida neste início do século
[5] XXI como uma das maiores democracias e uma das
maiores economias do mundo, e como a única
potência emergente no Ocidente. A emergência do
Brasil tem muitas implicações e, a depender da
nossa lucidez na condução política dessa evolução,
[10] pode significar muito para nosso futuro, para a
América do Sul, para a África, para toda a América
Latina e para todos os que falam português e
espanhol.
A importância do país no mundo só tem feito
[15] crescer. Isso nos impõe o desafio de refletir e cuidar
das muitas dimensões do desenvolvimento – não só
dentro dos padrões tradicionais da geopolítica e da
economia como se costuma pensar. O debate amplo
e complexo sobre a centralidade da dimensão
[20] simbólica no processo de desenvolvimento tem uma
importância decisiva neste momento da vida
brasileira.
A cultura é uma dimensão importante da
nação e deve ser considerada pelo Estado em sua
[25] amplitude e não como uma simples agenda setorial.
Ela tem capilaridade e está integrada com
praticamente todas as grandes agendas do
desenvolvimento do país: com o projeto de
desenvolvimento econômico, com a sustentabilidade,
[30] com a consolidação da democracia no país, com a
agenda social, com a educação de qualidade etc.
[...]
Mas não é só a repercussão da cultura no
desenvolvimento que a faz importante e algo central
[35] para o Brasil. A dimensão cultural é essencial para a
qualificação das relações sociais e para reforçar a
coesão social. E, também amplia as possibilidades
de realização da condição humana de cada um dos
brasileiros e viabiliza a construção de subjetividades
[40] complexas.
O empoderamento dos diversos
agrupamentos humanos que compõem a sociedade
brasileira também depende do acesso pleno à
cultura. Ou seja, são muitas as suas interfaces e
[45] repercussões na sociedade. As jornadas de junho de
2013 e seu desenrolar até a Copa do Mundo
reforçam a necessidade de considerarmos os muitos
aspectos culturais para a qualificação das nossas
relações sociais e para a consolidação e
[50] adensamento da democracia brasileira.
A cultura também é a base de um país
criativo no enfrentamento dos desafios
contemporâneos; para desenvolver e manejar as
novas tecnologias, para qualificar a convivência e
[55] aprofundar a integração de todos os brasileiros em
meio à diversidade cultural. A cultura é uma
dimensão incontornável da nação, um componente
central de qualquer estratégia sustentável de
construção do país. E, por ser tão importante, deve
[60] ser tratada como um direito de todos os brasileiros.
Os objetivos mais estratégicos da sociedade
brasileira dependem, para sua realização, do
reconhecimento da importância da cultura e das
artes.
(Disponível em:http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=3078. Acesso em 14/10/2014.)
Em qual das alternativas abaixo não há relação de subordinação entre as orações?
Texto 1
Motivo
Dispo-me
como quem quer se dar. Desvelando-se,
expondo as faces, as dobras,
os caminhos.
Entregando o peito, a nuca,
o calcanhar. Como quem necessita
ser frágil no braço do outro. Desmaiado
num colo precioso. Dispo-me
para ser amado.
Mantendo um véu.
(Resende, Nilton. O orvalho e os dias. Maceió: Edufal, 2007)
Texto 2
O QUE MIAMI INSPIRA EM VOCÊ?
PREPARE SUAS MALAS E APROVEITE.
VENHA ATÉ NOSSO STAND DE VENDAS E CONHEÇA
O PANAMERICA. QUEREMOS LEVAR VOCÊ PARA A
NOSSA MAIOR INSPIRAÇÃO: MIAMI. CONCORRA A 2
PASSAGENS POR FIM DE SEMANA.
(Folha de S. Paulo, Caderno B, 11/10/2014)
Texto 3
Estilista Oscar de la Renta morre nos EUA aos 82 anos
O estilista Oscar de la Renta morreu nesta segunda-feira, 20, aos 82 anos, em sua casa no Estado americano de Connecticut. A notícia foi confirmada por sua mulher, Annette de la Renta, ao jornal New York Times. De la Renta lutava contra um câncer desde 2006.
(Disponível em: http://cultura.estadao.com.br/noticias/moda,estilista-oscarde-la-renta-morre-nos-eua-aos-82-anos,1579920. Acesso em 21/10/2014)
Texto 4
O certo é ‘10 mega’ ou ‘10 megas’?
A resposta resumida é: “mega” ou “megas”, escolha o seu plural e seja feliz. Nenhum dos dois está inteiramente errado e nenhum dos dois está inteiramente certo – bemvindo à língua real, aquela que as pessoas falam no mundo que fica do lado de fora dos dicionários e gramáticas, ou seja, no mundo propriamente dito.
(Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/sobrepalavras/consultorio/o-certo-e-10-mega-ou-10-megas/. Acesso em 19/10/2014)
Considere as afirmações abaixo:
I – São características do Texto 1 a objetividade, a força expressiva do arranjo da mensagem e a polissemia das palavras.
II – No Texto 2, o efeito de distanciamento em relação ao receptor e a tentativa de convencimento por parte do emissor são traços que caracterizam a função conativa da linguagem.
III – O Texto 3 revela uma preocupação do autor em manter o tom ostensivamente referencial da mensagem, de que resultam a clareza e a objetividade do enunciado.
IV – No Texto 4, há uma discussão sobre o próprio código linguístico, decorrente do uso da função fática da linguagem.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) contida(s) em:
Texto 1
Motivo
Dispo-me
como quem quer se dar. Desvelando-se,
expondo as faces, as dobras,
os caminhos.
Entregando o peito, a nuca,
o calcanhar. Como quem necessita
ser frágil no braço do outro. Desmaiado
num colo precioso. Dispo-me
para ser amado.
Mantendo um véu.
(Resende, Nilton. O orvalho e os dias. Maceió: Edufal, 2007)
Texto 2
O QUE MIAMI INSPIRA EM VOCÊ?
PREPARE SUAS MALAS E APROVEITE.
VENHA ATÉ NOSSO STAND DE VENDAS E CONHEÇA
O PANAMERICA. QUEREMOS LEVAR VOCÊ PARA A
NOSSA MAIOR INSPIRAÇÃO: MIAMI. CONCORRA A 2
PASSAGENS POR FIM DE SEMANA.
(Folha de S. Paulo, Caderno B, 11/10/2014)
Texto 3
Estilista Oscar de la Renta morre nos EUA aos 82 anos
O estilista Oscar de la Renta morreu nesta segunda-feira, 20, aos 82 anos, em sua casa no Estado americano de Connecticut. A notícia foi confirmada por sua mulher, Annette de la Renta, ao jornal New York Times. De la Renta lutava contra um câncer desde 2006.
(Disponível em: http://cultura.estadao.com.br/noticias/moda,estilista-oscarde-la-renta-morre-nos-eua-aos-82-anos,1579920. Acesso em 21/10/2014)
Texto 4
O certo é ‘10 mega’ ou ‘10 megas’?
A resposta resumida é: “mega” ou “megas”, escolha o seu plural e seja feliz. Nenhum dos dois está inteiramente errado e nenhum dos dois está inteiramente certo – bemvindo à língua real, aquela que as pessoas falam no mundo que fica do lado de fora dos dicionários e gramáticas, ou seja, no mundo propriamente dito.
(Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/sobrepalavras/consultorio/o-certo-e-10-mega-ou-10-megas/. Acesso em 19/10/2014)
No Texto 4, o autor flexibiliza o uso da concordância da palavra “mega” precedida de número plural. Em qual dos casos abaixo também se pode optar pela concordância no singular ou no plural, segundo as regras da norma padrão de concordância nominal?