Redação #106901
Tempo correção: 10 dias úteis
Previsão: 08/05/2020
Previsão: 08/05/2020
Tema: aumento da expectativa de vida no Brasil: um desafio a enfrentar
A constituição federal, promulgada em 1988, garante, aos brasileiros, direito à vida, à liberdade, à igualdade, à propriedade e à segurança. Entretanto, diante da conjuntura atual, são inúmeros os desafios enfrentados pela população no que tange o aumento da expectativa de vida, associado inutilidade a figura do idoso, bem como ao descarte do mercado de trabalho. Nesse contexto, convém analisarmos como envelhecer em um país de leis, apenas teóricas, inviabiliza a dinâmica social.
Em primeiro lugar, o papel figurativo do velho, no Brasil, repercute negativamente na perspectiva de vida do senil. Isso é evidente na literatura brasileira, com a personagem Dona Benta, na obra de Monteiro Lobato, escritor modernista, que dedica sua velhice a cuidar e cozinhar para os netos, enquanto os adultos jovens são os provedores do sustento. Não obstante, a vida imita a arte. Atualmente, ao completar 60 anos o idoso está apto a "descansar", a gozar de férias permanentemente, a cuidar dos filhos dos filhos e a viver a "melhor fase", porém sem companhia, já que toda a família está empenhada em produzir dinheiro, com horas de trabalho fora de casa. Assim, há violação substancial da carta magna, o que é inadmissível já que todos são iguais perante a lei.
Em segundo lugar, a dinamicidade do mercado de trabalho exclui de modo demasiado o idoso. Com o advento da tecnologia, inúmeras profissões estão sendo extintas e, consequentemente, surge uma série de desempregos estruturais. Parte desses desempregados têm idade avançada e não possui tempo hábil para reaprender um novo ofício. Segundo o IBGE, em 2060, 25% da população terá mais de 60 anos. Sendo assim, é esperado um desequilíbrio substancial na economia do país, tanto pelo crescimento de idosos na população quanto pela exclusão indiscriminada de mão de obra.
Urge, portanto, a ressignificação de paradigmas sociais inerentes a essa parcela da população. Para isso, cabe à família, primeira conjuntura social ao qual o indivíduo está inserida, descaracterizar a imagem figurativa do idoso, por meio da inclusão do senil como peça fundamental na educação e formação de todos os membros no contexto familiar. Espera-se, com isso, igualdade de direitos e respeito a quem tanto tecontribuiu para a construção da sociedade brasileira. Ademais, a comunidade deve cobrar do poder executivo a aplicabilidade das leis teóricas, a fim de melhorar a qualidade de vida no país durante a velhice.
A constituição federal, promulgada em 1988, garante, aos brasileiros, direito à vida, à liberdade, à igualdade, à propriedade e à segurança. Entretanto, diante da conjuntura atual, são inúmeros os desafios enfrentados pela população no que tange o aumento da expectativa de vida, associado inutilidade a figura do idoso, bem como ao descarte do mercado de trabalho. Nesse contexto, convém analisarmos como envelhecer em um país de leis, apenas teóricas, inviabiliza a dinâmica social.
Em primeiro lugar, o papel figurativo do velho, no Brasil, repercute negativamente na perspectiva de vida do senil. Isso é evidente na literatura brasileira, com a personagem Dona Benta, na obra de Monteiro Lobato, escritor modernista, que dedica sua velhice a cuidar e cozinhar para os netos, enquanto os adultos jovens são os provedores do sustento. Não obstante, a vida imita a arte. Atualmente, ao completar 60 anos o idoso está apto a "descansar", a gozar de férias permanentemente, a cuidar dos filhos dos filhos e a viver a "melhor fase", porém sem companhia, já que toda a família está empenhada em produzir dinheiro, com horas de trabalho fora de casa. Assim, há violação substancial da carta magna, o que é inadmissível já que todos são iguais perante a lei.
Em segundo lugar, a dinamicidade do mercado de trabalho exclui de modo demasiado o idoso. Com o advento da tecnologia, inúmeras profissões estão sendo extintas e, consequentemente, surge uma série de desempregos estruturais. Parte desses desempregados têm idade avançada e não possui tempo hábil para reaprender um novo ofício. Segundo o IBGE, em 2060, 25% da população terá mais de 60 anos. Sendo assim, é esperado um desequilíbrio substancial na economia do país, tanto pelo crescimento de idosos na população quanto pela exclusão indiscriminada de mão de obra.
Urge, portanto, a ressignificação de paradigmas sociais inerentes a essa parcela da população. Para isso, cabe à família, primeira conjuntura social ao qual o indivíduo está inserida, descaracterizar a imagem figurativa do idoso, por meio da inclusão do senil como peça fundamental na educação e formação de todos os membros no contexto familiar. Espera-se, com isso, igualdade de direitos e respeito a quem tanto tecontribuiu para a construção da sociedade brasileira. Ademais, a comunidade deve cobrar do poder executivo a aplicabilidade das leis teóricas, a fim de melhorar a qualidade de vida no país durante a velhice.
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Lilian Leandro de Oliveira Santos
Aracaju - SE