Redação #112858
Solidariedade. Altruísmo. Essas palavras refletem, por meio dos versos "Quem me dera ao menos uma vez acreditar que o mais simples fosse visto como o mais importante", presentes na música de Legião Urbana, o desejo por um mundo mais humano. Entretanto, a aspiração expressa no contexto musical parece longe de se tornar realidade, uma vez que a mazela da invisibilidade social das pessoas em situação de rua tem sido cada vez mais perceptível. Com efeito, urge analisara postura do Estado e do corpo social frente a esse cenário opressor.
Indubitavelmente, a desigualdade social é potencializada quando o comportamento da arena pública é sinônimo de negligência. A esse respeito, o filósofo Aristóteles dissertou que é por meio da justiça que a sociedade alcançará o equilíbrio. Todavia, ações insuficientes do Poder Público contrariam não somente esse importante ideal, mas também o ordenamento jurídico que versa sobre a igualdade de direitos, quando muitos são os indivíduos que, em situação de vulnerabilidade, não raro, são acometidos pela falta de dignidade humana - assistência e oportunidades. Desse modo, adotadas políticas públicas eficientes por parte do Poder Público, o equilíbrio social, seria, finalmente alcançado.
Outrossim, a posição insensível do corpo social corrobora a invisibilidade social das pessoas em situação de rua. A esse respeito, a filósofa Hanna Arendt disserta acerca do conceito de Banalidade do Mal, segundo a qual confirma que a natureza humana é indiferente ao sofrimento de outrem. Nesse contexto, tal postura insolidária denunciada por Arendt reflete o comportamento de substancial parcela do corpo social frente aos chamados moradores de rua, a qual, movida pelo espírito do egoísmo e da competitividade, naturaliza a ojeriza ao outro, sub-julgando-o a condições sub-humanas . Urge, pois, desconstruir essa postura danosa do corpo social, por meio do fortalecimento de laços de solidariedade e de empatia no tratamento às pessoas de rua.
Infere-se, portanto, que a desconstrução da invisibilidade social das pessoas em situação de rua exige a atuação mais sólida do Poder Público e do corpo social. Desse modo, é imperiosa uma ação dos Governos municipais, que devem, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Social dos municípios e de instituições de caridade, investir na construção e ampliação do número de Centros de assistência social aos moradores de rua, com o fito de acolhê-los, fornecer alimentos, assistência médica e inclusive abrigo. Visando ao mesmo objetivo, o Município deve propor medidas de ressocialização - capacitação e sua reinserção no mercado de trabalho - aos que além de estarem em situação de rua são também acometidos pelo uso de drogas. Assim, coadunado à ação coletiva da sociedade, por meio da doação de donativos, o conceito de Banalidade do Mal haveria de ser desconstruído e o desejo expresso nos versos da música de Legião Urbana, de fato, alcançado.
Indubitavelmente, a desigualdade social é potencializada quando o comportamento da arena pública é sinônimo de negligência. A esse respeito, o filósofo Aristóteles dissertou que é por meio da justiça que a sociedade alcançará o equilíbrio. Todavia, ações insuficientes do Poder Público contrariam não somente esse importante ideal, mas também o ordenamento jurídico que versa sobre a igualdade de direitos, quando muitos são os indivíduos que, em situação de vulnerabilidade, não raro, são acometidos pela falta de dignidade humana - assistência e oportunidades. Desse modo, adotadas políticas públicas eficientes por parte do Poder Público, o equilíbrio social, seria, finalmente alcançado.
Outrossim, a posição insensível do corpo social corrobora a invisibilidade social das pessoas em situação de rua. A esse respeito, a filósofa Hanna Arendt disserta acerca do conceito de Banalidade do Mal, segundo a qual confirma que a natureza humana é indiferente ao sofrimento de outrem. Nesse contexto, tal postura insolidária denunciada por Arendt reflete o comportamento de substancial parcela do corpo social frente aos chamados moradores de rua, a qual, movida pelo espírito do egoísmo e da competitividade, naturaliza a ojeriza ao outro, sub-julgando-o a condições sub-humanas . Urge, pois, desconstruir essa postura danosa do corpo social, por meio do fortalecimento de laços de solidariedade e de empatia no tratamento às pessoas de rua.
Infere-se, portanto, que a desconstrução da invisibilidade social das pessoas em situação de rua exige a atuação mais sólida do Poder Público e do corpo social. Desse modo, é imperiosa uma ação dos Governos municipais, que devem, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Social dos municípios e de instituições de caridade, investir na construção e ampliação do número de Centros de assistência social aos moradores de rua, com o fito de acolhê-los, fornecer alimentos, assistência médica e inclusive abrigo. Visando ao mesmo objetivo, o Município deve propor medidas de ressocialização - capacitação e sua reinserção no mercado de trabalho - aos que além de estarem em situação de rua são também acometidos pelo uso de drogas. Assim, coadunado à ação coletiva da sociedade, por meio da doação de donativos, o conceito de Banalidade do Mal haveria de ser desconstruído e o desejo expresso nos versos da música de Legião Urbana, de fato, alcançado.
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David F.
Juazeiro do Norte - CE