Redação #17521
Em 1955, com a então eleição de Juscelino Kubitschek à presidência do Brasil, deu-se início aos trâmites para a implantação de sua maior aposta para o país, o Plano de Metas. O projeto visava alcançar o progresso econômico, alicerçado no desenvolvimento da indústria automobilística, que a partir de então ganhou destaque no setor socioeconômico. Nesse contexto de urbanização, o carro tornou-se um símbolo de poder aquisitivo e prestígio às classes dominantes, mas, com o passar dos anos, em relação à mobilidade urbana configurou-se como o principal vilão. Não obstante, a precariedade no transporte coletivo, a inexistência de políticas urbanas de acessibilidade e a falta de investimento em meios de transporte alternativos agravam a problemática.
O Brasil, país subdesenvolvido, atravessou o processo de urbanização de forma não planejada, formando grandes aglomerados populacionais sem qualquer infraestrutura de deslocamento. Sendo assim, as regiões periféricas têm sido atendidas, majoritariamente, por linhas de ônibus com tarifas abusivas e rotas mal planejadas, que denigrem a qualidade de vida dos cidadãos, e arquitetam um monopólio no setor. Outrossim, a classe média ascendente, dispõe de renda superior aos periféricos e incentivos governamentais que possibilitam a compra de automóveis, o que causa uma "falsa" sensação de maior facilidade locomotiva. Entretanto, o crescente aumento no número de veículos nas ruas evidencia o caos na mobilidade, e segundo uma pesquisa do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito) moradores das capitais federais passam 40 dias do ano somente trânsito.
Segundo o Tribunal de Contas da União - TCU - brasileiro, "país rico não é o que o pobre anda de carro... é aquele em que o rico anda de transporte público." Ou seja, a inviabilidade de locomoção através das vias rodoviárias é decorrente de um paradigma errôneo, em que ter um veículo particular é sinônimo de status social. O termo mobilidade expressa justamente a capacidade de locomoção no meio urbano, independente de requisitos singulares. Além dos transtornos automobilísticos, o desafio substancial a ser superado na mobilidade urbana no Brasil é a acessibilidade. Calçadas esburacadas, terminais de ônibus e metrôs depredados, inexistência de rampas de acesso aos cadeirantes são alguns dilemas recorrentes, que muitas vezes acabam por aprisionar indivíduos em seus lares pela inviabilidade no simples direito constitucional de ir e vir.
Em virtude do que foi mencionado, conclui-se que a sociedade brasileira enfrenta um intrínseco déficit estrutural e carece de um efetivo e imediato planejamento urbano. Sendo assim, é imprescindível que o Ministério dos Transportes em conjunto com o Ministério das Cidades viabilizem propostas alternativas à solução da problemática. Projetos de construção de ciclovias e parcerias com empresas fornecedoras de bicicletas, transporte fluvial, através de balsas, em cidades cortadas por rios, bem como, prerrogativas à construção de metrôs por meio da iniciativa privada. Logo, mediante a adoção de soluções sustentáveis, aparte do contexto rodoviário, os desafios da mobilidade urbana brasileira serão mediados.
O Brasil, país subdesenvolvido, atravessou o processo de urbanização de forma não planejada, formando grandes aglomerados populacionais sem qualquer infraestrutura de deslocamento. Sendo assim, as regiões periféricas têm sido atendidas, majoritariamente, por linhas de ônibus com tarifas abusivas e rotas mal planejadas, que denigrem a qualidade de vida dos cidadãos, e arquitetam um monopólio no setor. Outrossim, a classe média ascendente, dispõe de renda superior aos periféricos e incentivos governamentais que possibilitam a compra de automóveis, o que causa uma "falsa" sensação de maior facilidade locomotiva. Entretanto, o crescente aumento no número de veículos nas ruas evidencia o caos na mobilidade, e segundo uma pesquisa do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito) moradores das capitais federais passam 40 dias do ano somente trânsito.
Segundo o Tribunal de Contas da União - TCU - brasileiro, "país rico não é o que o pobre anda de carro... é aquele em que o rico anda de transporte público." Ou seja, a inviabilidade de locomoção através das vias rodoviárias é decorrente de um paradigma errôneo, em que ter um veículo particular é sinônimo de status social. O termo mobilidade expressa justamente a capacidade de locomoção no meio urbano, independente de requisitos singulares. Além dos transtornos automobilísticos, o desafio substancial a ser superado na mobilidade urbana no Brasil é a acessibilidade. Calçadas esburacadas, terminais de ônibus e metrôs depredados, inexistência de rampas de acesso aos cadeirantes são alguns dilemas recorrentes, que muitas vezes acabam por aprisionar indivíduos em seus lares pela inviabilidade no simples direito constitucional de ir e vir.
Em virtude do que foi mencionado, conclui-se que a sociedade brasileira enfrenta um intrínseco déficit estrutural e carece de um efetivo e imediato planejamento urbano. Sendo assim, é imprescindível que o Ministério dos Transportes em conjunto com o Ministério das Cidades viabilizem propostas alternativas à solução da problemática. Projetos de construção de ciclovias e parcerias com empresas fornecedoras de bicicletas, transporte fluvial, através de balsas, em cidades cortadas por rios, bem como, prerrogativas à construção de metrôs por meio da iniciativa privada. Logo, mediante a adoção de soluções sustentáveis, aparte do contexto rodoviário, os desafios da mobilidade urbana brasileira serão mediados.
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Nathália Guiomar Suzin
Sananduva - RS