Redação #3274
O artigo quinto da Constituição Federal aponta que é direito inalienável de todo cidadão brasileiro o direito de ir e vir, definição prática de acessibilidade. Entretanto, tal premissa ainda não se configura como realidade nítida, uma vez que o que se vivencia nas cidades é uma verdadeira “imobilidade”, a qual acarreta graves consequências para a sociedade. Parte daí uma análise da atual conjuntura brasileira, em suas causas e decorrentes consequências, a fim de evidenciar meios de estabilizar a problemática da mobilidade urbana no Brasil.
Nesse contexto, ressaltam-se as origens do caos urbano brasileiro. Ao longo dos anos, o transporte rodoviário foi o mais privilegiado entre as vias de escoamento de pessoas/mercadorias no Brasil, sobretudo durante a era JK. Isso por causa do amplo investimento estatal dado às indústrias automobilísticas, aliado ao maior poder de consumo das famílias e ao forte apelo midiático pelas propagandas cada vez mais recorrentes, uma vez que a aquisição de veículos se tornou prenúncio de status para o indivíduo. Daí porque somente investir em mais rodovias ou na revitalização das mesmas não é a solução, posto que dessa forma haverá uma frota maior de veículos e a infraestrutura das cidades não comporta tal demanda, agravando ainda mais os problemas decorrentes dessa situação.
Destacam-se aí os problemas que se sucedem da falta de acessibilidade dos indivíduos nas cidades. A má qualidade do transporte público e o preço injusto do mesmo induzem a população a optar pelo transporte individual. Contudo, não se houve um planejamento estratégico das cidades e o aumento da frota automobilística resultou em trânsitos caóticos com vias cada vez mais inchadas. Isso além de acarretar problemas ao indivíduo como a propensão a acidentes, poluição e estresse; e à economia, uma vez que o transporte de grandes contingentes de mercadorias fica prejudicado pela demora nas rodovias, aumentando o preço final do repasse, o qual recai sobre o consumidor, ou seja, literalmente paga-se caro pelo caos da mobilidade urbana no Brasil. Outrossim, o prejuízo ao meio ambiente, posto que a emissão de óxidos provindos da combustão de combustíveis afeta diretamente no ecossistema do planeta, o que contraria a Ética da Responsabilidade de Hans Jonas, de que a manutenção do equilíbrio com a natureza deve ser mantido, a fim de que a permanência das gerações subsequentes a esta seja de fato garantida.
Evidencia-se, portanto, que se se faz transcendente a elucidação de meios que estabilizem a problemática da mobilidade urbana no Brasil. Nisso, recorre-se, pois, ao Estado, a viabilização de rotas alternativas de escoamento, como o transporte hidroviário, pela sua altíssima capacidade de carga, pelo grande litoral brasileiro e pelo baixo custo de manutenção, a fim de aliviar a pressão sobre as rodovias brasileiras, uma vez que um navio cargueiro equivale a 4.000 caminhões. Urge, também por parte do Estado, o investimento nos transporte¬¬s públicos, aumentando as frotas, melhorando a qualidade delas e mantendo a equidistância entre os pontos de embarque e desembarque, para que os passageiros que utilizam esse tipo de transporte façam a integração com ônibus, metrôs e trens, além de linhas especiais, criadas para levar os usuários até seus destinos. Para tanto, cabe à sociedade atenção quanto a execução de tais medidas, reivindicando às autoridades competentes probidade nas taxas e prestação desses serviços. Tudo para que o direito de ir e vir seja garantido e que a acessibilidade seja realidade em nosso meio.
Nesse contexto, ressaltam-se as origens do caos urbano brasileiro. Ao longo dos anos, o transporte rodoviário foi o mais privilegiado entre as vias de escoamento de pessoas/mercadorias no Brasil, sobretudo durante a era JK. Isso por causa do amplo investimento estatal dado às indústrias automobilísticas, aliado ao maior poder de consumo das famílias e ao forte apelo midiático pelas propagandas cada vez mais recorrentes, uma vez que a aquisição de veículos se tornou prenúncio de status para o indivíduo. Daí porque somente investir em mais rodovias ou na revitalização das mesmas não é a solução, posto que dessa forma haverá uma frota maior de veículos e a infraestrutura das cidades não comporta tal demanda, agravando ainda mais os problemas decorrentes dessa situação.
Destacam-se aí os problemas que se sucedem da falta de acessibilidade dos indivíduos nas cidades. A má qualidade do transporte público e o preço injusto do mesmo induzem a população a optar pelo transporte individual. Contudo, não se houve um planejamento estratégico das cidades e o aumento da frota automobilística resultou em trânsitos caóticos com vias cada vez mais inchadas. Isso além de acarretar problemas ao indivíduo como a propensão a acidentes, poluição e estresse; e à economia, uma vez que o transporte de grandes contingentes de mercadorias fica prejudicado pela demora nas rodovias, aumentando o preço final do repasse, o qual recai sobre o consumidor, ou seja, literalmente paga-se caro pelo caos da mobilidade urbana no Brasil. Outrossim, o prejuízo ao meio ambiente, posto que a emissão de óxidos provindos da combustão de combustíveis afeta diretamente no ecossistema do planeta, o que contraria a Ética da Responsabilidade de Hans Jonas, de que a manutenção do equilíbrio com a natureza deve ser mantido, a fim de que a permanência das gerações subsequentes a esta seja de fato garantida.
Evidencia-se, portanto, que se se faz transcendente a elucidação de meios que estabilizem a problemática da mobilidade urbana no Brasil. Nisso, recorre-se, pois, ao Estado, a viabilização de rotas alternativas de escoamento, como o transporte hidroviário, pela sua altíssima capacidade de carga, pelo grande litoral brasileiro e pelo baixo custo de manutenção, a fim de aliviar a pressão sobre as rodovias brasileiras, uma vez que um navio cargueiro equivale a 4.000 caminhões. Urge, também por parte do Estado, o investimento nos transporte¬¬s públicos, aumentando as frotas, melhorando a qualidade delas e mantendo a equidistância entre os pontos de embarque e desembarque, para que os passageiros que utilizam esse tipo de transporte façam a integração com ônibus, metrôs e trens, além de linhas especiais, criadas para levar os usuários até seus destinos. Para tanto, cabe à sociedade atenção quanto a execução de tais medidas, reivindicando às autoridades competentes probidade nas taxas e prestação desses serviços. Tudo para que o direito de ir e vir seja garantido e que a acessibilidade seja realidade em nosso meio.
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Aike Teixeira Machado
Aracaju - SE