Redação #41089
Título: Vidas, diamantes e refrigerantes
16/05/2019
"A juventude é uma banda em uma propaganda de refrigerantes." Os Engenheiros do Hawaii verbalizaram, nas últimas décadas do século XX, situações tão comuns aos jovens contemporâneos. Em um cenário no qual a instabilidade é regra para a (des)ordem social vigente, a mazela de adolescentes, suscetíveis a bruscas mudanças físicas e comportamentais, é confinada às desconsiderações feitas pela sociedade e, simultaneamente, à importância do público juvenil para o sistema capitalista. Assim, tal ambiguidade justifica a incidência de atos extremos, como o suicídio.
Pioneiro no estudo do suicídio a partir de métodos científicos, Émile Durkheim defende a ideia de que tal fato social é oriundo das discrepâncias entre sociedade e indivíduo. Dessa maneira, tem-se observado, inclusive em contextos nacionais, o aumento dos índices de depressão entre jovens, justamente, pelo sucateamento social. Em modelos produtivos, cuja velocidade de produção e cujo lucro são fatores cruciais de desenvolvimento, o bem estar psicológico é desprezado, em todos os setores. As pessoas, portanto, tornam-se meramente "bandas em propagandas de refrigerantes."
Além das desavenças socioeducativas, o estreitamento das relações sociais, consequência do mundo globalizado, causa o isolamento dos adolescentes. Na atualidade imagética, as redes sociais padronizam estilos de vidas impossíveis de serem seguidos por todos, resultando, logicamente, em frustrações. Consequentemente, na fragilidade biológica da juventude, a conciliação entre sociabilidade, mercado de trabalho, educação e família torna-se, muitas vezes, aspecto mais pesado do que seria com trabalhos psicoeducativos. Em conclusão, como Durkheim teoriza, as ações dos indivíduos são resultados da sociedade que os cerca.
Nesse patamar, considerando as falhas da sociedade e do Estado perante uma faixa etária tão contribuinte para o consumo, são necessárias medidas das duas partes para a atenuação do problema. Cabe ao Estado, a partir do Ministério da Educação e Cultura, a promoção de disciplinas de educação psicológica nas escolas, com a atuação de psicólogos e professores capacitados e disponíveis, a fim de garantir o bem estar infantil em âmbitos da formação humana. Ademais, o sistema midiático, a partir da televisão e da internet, deve promover a informação da sociedade sobre o suicídio, acerca dos Centros de Valorização da Vida e sobre a gravidade da depressão para toda a sociedade. Assim, a população deixa de "trocar vidas por diamantes", como musicaliza Humberto Gessinger.
Pioneiro no estudo do suicídio a partir de métodos científicos, Émile Durkheim defende a ideia de que tal fato social é oriundo das discrepâncias entre sociedade e indivíduo. Dessa maneira, tem-se observado, inclusive em contextos nacionais, o aumento dos índices de depressão entre jovens, justamente, pelo sucateamento social. Em modelos produtivos, cuja velocidade de produção e cujo lucro são fatores cruciais de desenvolvimento, o bem estar psicológico é desprezado, em todos os setores. As pessoas, portanto, tornam-se meramente "bandas em propagandas de refrigerantes."
Além das desavenças socioeducativas, o estreitamento das relações sociais, consequência do mundo globalizado, causa o isolamento dos adolescentes. Na atualidade imagética, as redes sociais padronizam estilos de vidas impossíveis de serem seguidos por todos, resultando, logicamente, em frustrações. Consequentemente, na fragilidade biológica da juventude, a conciliação entre sociabilidade, mercado de trabalho, educação e família torna-se, muitas vezes, aspecto mais pesado do que seria com trabalhos psicoeducativos. Em conclusão, como Durkheim teoriza, as ações dos indivíduos são resultados da sociedade que os cerca.
Nesse patamar, considerando as falhas da sociedade e do Estado perante uma faixa etária tão contribuinte para o consumo, são necessárias medidas das duas partes para a atenuação do problema. Cabe ao Estado, a partir do Ministério da Educação e Cultura, a promoção de disciplinas de educação psicológica nas escolas, com a atuação de psicólogos e professores capacitados e disponíveis, a fim de garantir o bem estar infantil em âmbitos da formação humana. Ademais, o sistema midiático, a partir da televisão e da internet, deve promover a informação da sociedade sobre o suicídio, acerca dos Centros de Valorização da Vida e sobre a gravidade da depressão para toda a sociedade. Assim, a população deixa de "trocar vidas por diamantes", como musicaliza Humberto Gessinger.
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Alessandra Ribeiro da Silva
Franca - SP