Redação #463
A história da música no Brasil pode ser resumida em: o ritmo do Brasil segue a vivência do brasileiro. A evolução dos gêneros musicais é um processo tão lento quanto a criação de uma identidade para o país. Sendo a nação com a maior diversidade populacional do planeta, construiu sua música através da critica social, dos costumes e visões tipicamente brasileiras. Em 1940, plena Era Vargas e Segunda Guerra Mundial, o Brasil mostrava em sua música o "espírito tropical ", com Carmem Miranda, e suas marchinhas de carnaval que ficaram conhecidas por todo mundo.
Já nas décadas de 1960 e 1970, durante o Regime Militar, a música popular brasileira ganhou nomes que a transformaram em um grito pela democracia e pela participação popular. O tema mais recorrente nas músicas da época era o protesto político disfarçado de canção de amor. Grande parte das produções deste período foram censuradas e muitos artistas perseguidos, presos ou exilados. Nomes como João Bosco, Geraldo Vandré e Elis Regina marcaram a MPB com as composições: O Bêbado e a Equilibrista, Para Não Dizer Que Não Falei das Flores e Como Nossos Pais. Entretanto, tiveram difíceis momentos em suas carreiras, graças à censura implementada aos meios culturais e de informação.
O cenário político brasileiro passou por diversas reviravoltas até 1980, quando o punk rock chegava no Brasil, sendo mais uma influência norte-americana, que deu início às carreiras de Renato Russo, Cazuza e Cássia Eller, criticando as convenções sociais, em um momento que, em toda América, o conservadorismo era criticado, o movimento LGBT começava a ser colocado em pauta, trazendo uma revolução nas condutas morais das sociedades, exposta até então nas músicas Geração Coca-Cola, Ideologia, Blues da Piedade e Malandragem, onde os respectivos artistas criticavam a hipocrisia brasileira e imposição moral, principalmente à sociedade jovem, fortemente crítica e questionadora em relação aos valores da época e ao sistema de governo capitalista.
A política brasileira atual modificou o teor musical. Até 2012, o Brasil limitou-se ao Axé carnavalesco, o funk e o sertanejo com suas composições românticas. Os estilos musicais mais ouvidos passaram a ser os que mimetizam a música norte-americana ou representam o estilo de vida da classe C, concedendo bastante destaque ao erotismo, ao romance e aos ritmos carnavalescos. Após 2013, tais gêneros musicais começaram a apresentar mensagens de crítica, exposição à vida nas comunidades, além de uma forte ascensão do Rap, gênero também norte-americano, mas que vai retratar a realidade brasileira, a crítica à sociedade, valorização aos movimentos de minorias. Também surgiu a Nova MPB, com artistas voltados para o romance, a crítica social e o estilo de vida tranquilo. Toda essa diversidade musical dos últimos anos vem provando que a sociedade brasileira aprecia e ouve aquilo que sente, vivencia e acima de tudo, desde o Axé até o Jazz , aquilo que o representa.
Já nas décadas de 1960 e 1970, durante o Regime Militar, a música popular brasileira ganhou nomes que a transformaram em um grito pela democracia e pela participação popular. O tema mais recorrente nas músicas da época era o protesto político disfarçado de canção de amor. Grande parte das produções deste período foram censuradas e muitos artistas perseguidos, presos ou exilados. Nomes como João Bosco, Geraldo Vandré e Elis Regina marcaram a MPB com as composições: O Bêbado e a Equilibrista, Para Não Dizer Que Não Falei das Flores e Como Nossos Pais. Entretanto, tiveram difíceis momentos em suas carreiras, graças à censura implementada aos meios culturais e de informação.
O cenário político brasileiro passou por diversas reviravoltas até 1980, quando o punk rock chegava no Brasil, sendo mais uma influência norte-americana, que deu início às carreiras de Renato Russo, Cazuza e Cássia Eller, criticando as convenções sociais, em um momento que, em toda América, o conservadorismo era criticado, o movimento LGBT começava a ser colocado em pauta, trazendo uma revolução nas condutas morais das sociedades, exposta até então nas músicas Geração Coca-Cola, Ideologia, Blues da Piedade e Malandragem, onde os respectivos artistas criticavam a hipocrisia brasileira e imposição moral, principalmente à sociedade jovem, fortemente crítica e questionadora em relação aos valores da época e ao sistema de governo capitalista.
A política brasileira atual modificou o teor musical. Até 2012, o Brasil limitou-se ao Axé carnavalesco, o funk e o sertanejo com suas composições românticas. Os estilos musicais mais ouvidos passaram a ser os que mimetizam a música norte-americana ou representam o estilo de vida da classe C, concedendo bastante destaque ao erotismo, ao romance e aos ritmos carnavalescos. Após 2013, tais gêneros musicais começaram a apresentar mensagens de crítica, exposição à vida nas comunidades, além de uma forte ascensão do Rap, gênero também norte-americano, mas que vai retratar a realidade brasileira, a crítica à sociedade, valorização aos movimentos de minorias. Também surgiu a Nova MPB, com artistas voltados para o romance, a crítica social e o estilo de vida tranquilo. Toda essa diversidade musical dos últimos anos vem provando que a sociedade brasileira aprecia e ouve aquilo que sente, vivencia e acima de tudo, desde o Axé até o Jazz , aquilo que o representa.
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