Redação #4662
Na Grécia antiga, durante o período Homérico, os Genos foram exemplos de comunidades ideais, pois havia entre os povos uma consciência coletiva geradora de uma perfeita unidade social. Nessas sociedades, antes de suas decadências, os crimes eram praticamente escassos e não havia a necessidade de privar a liberdade de algum membro. Entretanto, evidencia-se hoje o contrário dessa realidade, uma vez que o número de crimes aumenta a cada ano causando a problemática da superlotação dos presídios, o que prejudica a construção de uma cidadania melhor, seja devido a uma mentalidade atrasada da população, seja devido aos atrasos jurídicos.
É convincente destacar que a população brasileira ainda acredita que a prisão e a opressão são as melhores soluções para se fazer justiça. Conforme Voltaire, "a civilização não suprime a barbárie, aperfeiçoa-a". Seguindo essa linha de pensamento, é evidente que o autor está certo, haja vista que os noticiários de TV mostram diariamente o clamor da população por justiça opressiva - com prisão e até pena de morte - e não discutem a ressocialização dos presos através da adoção de medidas que os reintegrem à sociedade - como o artesanato, a educação escolar, o trabalho e a religião buscam fazer dentro dos presídios. Logo, enquanto houver essa mentalidade entre a população o sistema carcerário continuará cada vez mais lotados.
Cabe apontar também a lentidão nos processos judiciais como um dos fomentadores da problemática. De acordo com Peter Sondergaard, "a informação é a gasolina do século XXI, e a análise desses dados é o motor de combustão". De maneira análoga, é transparente que o sistema judiciário brasileiro não analisa as informações prestadas pelas mídias, considerando-se que elas apontam que 40 % de mais de 600 mil presos no país ainda não foram julgados e ainda assim pouco justiça faz para melhorar esse fato. Essa situação de despreocupação do judiciário é tão grave que só aumenta as tensões dentro dos presídios, fazendo surgir rebeliões de repercussão internacional, como a de Manaus e Roraima. Portanto, será difícil resolver o problema da superlotação dos presídios se a justiça continuar lenta.
Infere-se, destarte, que a continuidade da mentalidade retrógrada da população e também a lentidão judicial são contribuintes para a precariedade do sistema prisional do Brasil. A fim de atenuar esses impasses, a escola deve enriquecer as aulas de sociologia aumentando sua carga horária, já que é essa matéria que ensinará aos alunos desde cedo práticas corretas de civilidade, ao contrário de conceitos arcaicos de ódio. É dever do Estado buscar acelerar os julgamentos, investindo no aumento do número de defensores públicos, visto que a quantidade atual é insuficiente para a imensa quantidade de detentos. A mídia deve continuar e intensificar ainda mais as suas pesquisas que demonstram a situação dos presídios, tendo em conta que é através dela que os detentos conseguem exigir seus direitos humanos. Somente assim, o Brasil conseguirá chegar aos perfeitos moldes da civilização Genos.
É convincente destacar que a população brasileira ainda acredita que a prisão e a opressão são as melhores soluções para se fazer justiça. Conforme Voltaire, "a civilização não suprime a barbárie, aperfeiçoa-a". Seguindo essa linha de pensamento, é evidente que o autor está certo, haja vista que os noticiários de TV mostram diariamente o clamor da população por justiça opressiva - com prisão e até pena de morte - e não discutem a ressocialização dos presos através da adoção de medidas que os reintegrem à sociedade - como o artesanato, a educação escolar, o trabalho e a religião buscam fazer dentro dos presídios. Logo, enquanto houver essa mentalidade entre a população o sistema carcerário continuará cada vez mais lotados.
Cabe apontar também a lentidão nos processos judiciais como um dos fomentadores da problemática. De acordo com Peter Sondergaard, "a informação é a gasolina do século XXI, e a análise desses dados é o motor de combustão". De maneira análoga, é transparente que o sistema judiciário brasileiro não analisa as informações prestadas pelas mídias, considerando-se que elas apontam que 40 % de mais de 600 mil presos no país ainda não foram julgados e ainda assim pouco justiça faz para melhorar esse fato. Essa situação de despreocupação do judiciário é tão grave que só aumenta as tensões dentro dos presídios, fazendo surgir rebeliões de repercussão internacional, como a de Manaus e Roraima. Portanto, será difícil resolver o problema da superlotação dos presídios se a justiça continuar lenta.
Infere-se, destarte, que a continuidade da mentalidade retrógrada da população e também a lentidão judicial são contribuintes para a precariedade do sistema prisional do Brasil. A fim de atenuar esses impasses, a escola deve enriquecer as aulas de sociologia aumentando sua carga horária, já que é essa matéria que ensinará aos alunos desde cedo práticas corretas de civilidade, ao contrário de conceitos arcaicos de ódio. É dever do Estado buscar acelerar os julgamentos, investindo no aumento do número de defensores públicos, visto que a quantidade atual é insuficiente para a imensa quantidade de detentos. A mídia deve continuar e intensificar ainda mais as suas pesquisas que demonstram a situação dos presídios, tendo em conta que é através dela que os detentos conseguem exigir seus direitos humanos. Somente assim, o Brasil conseguirá chegar aos perfeitos moldes da civilização Genos.
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Thiago Silva
Ouro Preto do Oeste - RO