Redação #5918
Há muito tempo se discute sobre como o avanço tecnologia influenciaria os rumos da humanidade. Essas discussões, ocorridas em períodos distintos, suscitaram posições distintas, algumas diametralmente opostas ao avanço da tecnologia, como o Ludismo, que apareceu na época da Revolução Industrial. Naquele contexto, a grande preocupação do luditas era a de que a mão de obra humana seria substituída pela mecanização do trabalho. Foi talvez uma das primeiras revoltas contra o avanço da tecnologia, as profundas transformações sociais e econômicas explícitas e implícitas que traria, e que a colocava diretamente em conflito com os interesses de um grupo afetado. Com o passar dos anos, esse tipo de conflito entre o homem e as máquinas, foi amortecido pelas transformações no cenário econômico e científico, a saída da Era Industrial para a Era da Informação. As preocupações, então, passaram a ser outras.
Hoje , a tecnologia, em seu sentido mais amplo, se mostra imprescindível para o bem estar da humanidade, traz consigo utilidades diversas e uma miríade de facilitações. Não obstante todos os pontos positivos do avanço tecnológico, também carrega armadilhas às quais se cai quase sem se aperceber, um exemplo é o advento da internet e, mais estritamente, das redes sociais, onde grande parte da humanidade gasta seu tempo, "troca de vida", se faz parecer sem necessariamente "ser". O que vale é como se é visto e não como se é. Seria isso uma segunda vida ou, visto por lentes mais otimistas, uma segunda chance?
Paradoxalmente, as redes sociais ao passo que conectam pessoas distantes, em inúmeras ocasiões acabam por afastar pessoas que estão próximas, fazendo com se feche a percepção daquilo tudo que se passa ao redor. Essa é uma tendência cada vez mais abrangente e já vai atingindo até os mais jovens. Mas seria impreciso, tangenciando a injustiça, atribuir unicamente a culpa desse destacamento à uma rede social pois, parafraseando o famoso alquimista Paracelso: "Só a dose faz o veneno". Ora, seria necessário traçar uma linha que separe o uso saudável de uma rede social de seu uso com consequência deletérias, mas como estabelecer objetivamente um critério de demarcação? Seria não só pedante, mas também arbitrário, querer impor a outros, em especial outros adultos, os próprios padrões e definições do que seria "certo ou errado", pois grandes problemas surgem quando se tenta medir o mundo segundo as próprias medidas. O que resta talvez é, a conquista pelo exemplo, e essa batalha deverá ser travada no campo da formação dos mais jovens, quiçá com maior chance de êxito.
Destarte, é dentro de casa, onde definitivamente se começa a educar, o melhor lugar para o começo desse processo, pois é onde os pais podem fazer deles mesmos exemplos para os filhos, ao passo que corrigem a si próprios, dando mais atenção, dialogando, mostrando o mundo ao redor, tudo resultando num aprendizado mútuo. A escola, onde se começa a ganhar instrução, pode vir a ser ambiente ideal para o aprendizado do uso responsável e sadio das redes sociais, como formas de se conectar, trocar ideias, transcender o próprio microcosmos, sem que se esqueça que muito se aprende saindo das próprias cascas, na contemplação e na interação com o mundo do jeito que ele é e com as pessoas do jeito como são .
Hoje , a tecnologia, em seu sentido mais amplo, se mostra imprescindível para o bem estar da humanidade, traz consigo utilidades diversas e uma miríade de facilitações. Não obstante todos os pontos positivos do avanço tecnológico, também carrega armadilhas às quais se cai quase sem se aperceber, um exemplo é o advento da internet e, mais estritamente, das redes sociais, onde grande parte da humanidade gasta seu tempo, "troca de vida", se faz parecer sem necessariamente "ser". O que vale é como se é visto e não como se é. Seria isso uma segunda vida ou, visto por lentes mais otimistas, uma segunda chance?
Paradoxalmente, as redes sociais ao passo que conectam pessoas distantes, em inúmeras ocasiões acabam por afastar pessoas que estão próximas, fazendo com se feche a percepção daquilo tudo que se passa ao redor. Essa é uma tendência cada vez mais abrangente e já vai atingindo até os mais jovens. Mas seria impreciso, tangenciando a injustiça, atribuir unicamente a culpa desse destacamento à uma rede social pois, parafraseando o famoso alquimista Paracelso: "Só a dose faz o veneno". Ora, seria necessário traçar uma linha que separe o uso saudável de uma rede social de seu uso com consequência deletérias, mas como estabelecer objetivamente um critério de demarcação? Seria não só pedante, mas também arbitrário, querer impor a outros, em especial outros adultos, os próprios padrões e definições do que seria "certo ou errado", pois grandes problemas surgem quando se tenta medir o mundo segundo as próprias medidas. O que resta talvez é, a conquista pelo exemplo, e essa batalha deverá ser travada no campo da formação dos mais jovens, quiçá com maior chance de êxito.
Destarte, é dentro de casa, onde definitivamente se começa a educar, o melhor lugar para o começo desse processo, pois é onde os pais podem fazer deles mesmos exemplos para os filhos, ao passo que corrigem a si próprios, dando mais atenção, dialogando, mostrando o mundo ao redor, tudo resultando num aprendizado mútuo. A escola, onde se começa a ganhar instrução, pode vir a ser ambiente ideal para o aprendizado do uso responsável e sadio das redes sociais, como formas de se conectar, trocar ideias, transcender o próprio microcosmos, sem que se esqueça que muito se aprende saindo das próprias cascas, na contemplação e na interação com o mundo do jeito que ele é e com as pessoas do jeito como são .
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Rodrigo Motta
Rio de Janeiro - RJ