Redação #6362
Título: Beethovens desconhecidos
09/01/2018
A música, uma das principais formas de expressão do ser humano, teve, em sua trajetória, eras diversas. Em sua fase Clássica, concedeu ao mundo erudito o privilégio de ouvir composições de um dos maiores artistas de todos os tempos: Ludwig Van Beethoven. O músico, mesmo com surdez, usou de sua formação educacional na área da música para superar os obstáculos sociais. Analogamente, a formação educacional dos surdos no Brasil deve superar desafios para promover a integração social dos mesmos, garantir sua isonomia e um ensino inclusivo de qualidade.
A educação para surdos no Brasil foi, até as últimas décadas do século XX, de caráter 'normalizador'. O objetivo do ensino para pessoas com deficiência, incluindo a auditiva, era de somente inserí-los na sociedade como indivíduos 'normais', sem levar em consideração suas aptidões, dificuldades e necessidades especiais. Após a Declaração de Salamanca, que possibilitou indubitáveis avanços na questão da educação inclusiva, a formação educacional, na teoria, passou de segregadora para integradora. Contudo, na prática, os surdos ainda não gozam de total inclusão, haja vista que as políticas educacionais que a promoveriam, como o ensino da Língua Brasileira de Sinais, estão restritas a uma porcentagem minoritáriade escolas. Esse fato se deve aos baixos índices de formação de professores bilíngues, limitando o acesso a um sistema de ensino isonomico e à integração social dos deficientes auditivos.
Ademais, um grave problema social dificulta a formação educacional dos surdos: o preconceito. Para Max Weber, as ações sociais são baseadas nas tradições, o que leva à perpetuação de pensamentos e atitudes retrógrados e preconceituosos. As palavras do sociólogo condizem coma realidade hodierna, na qual ainda perdura o infeliz estereótipo do deficiente auditivo como inválido. Embora o próprio Beethoven seja prova cabal da inverdade dessa ideia, ela permanece implícita no descaso da prória sociedade. A passividade em relação ao ensino de surdos, visto como desnecessário por muitas pessoas, é uma consequência da visão capacitista e excludente da população, que não compreende a importância da formação educacional dos surdos. A aceitação social é necessária para uma formação educacional inclusiva, uma vez que não há isonomia sem tolerância e respeito.
Tendo em consideração os desafios para a formação educacional dos surdos, ações inclusivas são necessárias. Uma delas é a formação gratuita de professores em Libras, que deve ser fornecida pelo Governo Federal, em parceria com o MEC, com cursos gratuitos nas universidades. Quanto à questão do preconceito, ONGs devem promover campanhas a respeito da importância da educação das pessoas surdas. Para isso, devem divulgá-las nas midias sociais, a fim de conseguir o engajamento da população e desmistificar a visão do surdo como inválido. Assim, muitos outros Beethovens conquistarão isonomia e integração por meio de sua formação educacional.
A educação para surdos no Brasil foi, até as últimas décadas do século XX, de caráter 'normalizador'. O objetivo do ensino para pessoas com deficiência, incluindo a auditiva, era de somente inserí-los na sociedade como indivíduos 'normais', sem levar em consideração suas aptidões, dificuldades e necessidades especiais. Após a Declaração de Salamanca, que possibilitou indubitáveis avanços na questão da educação inclusiva, a formação educacional, na teoria, passou de segregadora para integradora. Contudo, na prática, os surdos ainda não gozam de total inclusão, haja vista que as políticas educacionais que a promoveriam, como o ensino da Língua Brasileira de Sinais, estão restritas a uma porcentagem minoritáriade escolas. Esse fato se deve aos baixos índices de formação de professores bilíngues, limitando o acesso a um sistema de ensino isonomico e à integração social dos deficientes auditivos.
Ademais, um grave problema social dificulta a formação educacional dos surdos: o preconceito. Para Max Weber, as ações sociais são baseadas nas tradições, o que leva à perpetuação de pensamentos e atitudes retrógrados e preconceituosos. As palavras do sociólogo condizem coma realidade hodierna, na qual ainda perdura o infeliz estereótipo do deficiente auditivo como inválido. Embora o próprio Beethoven seja prova cabal da inverdade dessa ideia, ela permanece implícita no descaso da prória sociedade. A passividade em relação ao ensino de surdos, visto como desnecessário por muitas pessoas, é uma consequência da visão capacitista e excludente da população, que não compreende a importância da formação educacional dos surdos. A aceitação social é necessária para uma formação educacional inclusiva, uma vez que não há isonomia sem tolerância e respeito.
Tendo em consideração os desafios para a formação educacional dos surdos, ações inclusivas são necessárias. Uma delas é a formação gratuita de professores em Libras, que deve ser fornecida pelo Governo Federal, em parceria com o MEC, com cursos gratuitos nas universidades. Quanto à questão do preconceito, ONGs devem promover campanhas a respeito da importância da educação das pessoas surdas. Para isso, devem divulgá-las nas midias sociais, a fim de conseguir o engajamento da população e desmistificar a visão do surdo como inválido. Assim, muitos outros Beethovens conquistarão isonomia e integração por meio de sua formação educacional.
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Carol Lima
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