Redação #76655
Título: Direito à saúde ?
29/01/2020
Os pobres pretos GLBT+ ( gays, lésbicas,bissexuais, transsexuais, transgêneros, queers etc ) não desfrutam do direito à saúde, assegurado pela Constituição Federal do Brasil ( CF/88 ). Em seu artigo 196, a CF/88 diz que a saúde é direito de todos e dever do Estado, porém ele não é garantido como determina a Carta Magna. Esse grupo marginalizado, que nos momentos de doença, procuram postos e hospitais públicos não tem o mesmo tratamento profissional e social quando comparados com brancos pobres. A única semelhança é o serviço precário e desumano do Sistema Único de Saúde ( SUS ) onde o doente morre na fila de espera ou aguardando vaga para a internação e futuro procedimento cirúrgico, necessário para continuar com vida; o restante tudo é pior.
A cada escolha de vida e opção sexual diferente da maioria da população, levam-nos a uma gritante e criminosa segregação. Como se não bastasse a separação social pela escassez de bens materiais na rede pública de saúde, principalmente nos lugares pobres, além de enfrentar os problemas da falta de profissionais da saúde, leitos, postos e hospitais públicos, os segregados deparam-se com discriminações que prejudicam ainda mais seu quadro de saúde. Nas consultas, quando conseguem vaga, não são tratados como pacientes que procuram ajuda médica, mas sofrem discriminações, zombarias e julgamentos de maus profissionais que por falta de educação dos pais, de opção e competência, acabam trabalhando nas periferias das cidades onde residem os mais necessitados de ajuda do poder público.
Não é raro um doente, diagnosticado com o vírus da AIDS, ouvir, dos trabalhadores de um posto de saúde qualquer, opiniões preconceituosas e difamadoras que julgam-no como culpado por adquirir a doença, simplesmente pelo fato dele se enquadrar naquelas opções sexuais, como, por exemplo, ser gay ou travesti. Esse é apenas um dos inúmeros preconceitos e prejulgamento e mais um ônus por ser preto, pobre e escolher transar com pessoas do mesmo sexo. Mas esse mesmo doente passaria a ser um pobre coitado e teria um tratamento razoavelmente melhor, dentro das condições miseráveis do SUS, se aquela enfermidade fosse contraída por transfusão de sangue.
Diante disso tudo, a verdade é que a saúde pública fornecida no Brasil agride a CF/88 e para os menos favorecidos financeiramente, com diferentes escolhas sexuais, ela piora exponencialmente, agravando a situação clínica do necessitado ao se deparar com os descasos mencionados. Para melhorar um pouco essa grave situação é preciso que o poder público garanta de fato a saúde do artigo 196 da CF/88. Para que isso aconteça basta construir mais hospitais e postos públicos nas periferias; abrir mais vagas, mediante concurso público, para médicos, enfermeiros e outros integrantes da área, com bons salários e cobrá-los um tratamento digno, humano e de qualidade, exonerando e punindo criminalmente aqueles que maltratam seus pacientes e denigrem a imagem da profissão.
A cada escolha de vida e opção sexual diferente da maioria da população, levam-nos a uma gritante e criminosa segregação. Como se não bastasse a separação social pela escassez de bens materiais na rede pública de saúde, principalmente nos lugares pobres, além de enfrentar os problemas da falta de profissionais da saúde, leitos, postos e hospitais públicos, os segregados deparam-se com discriminações que prejudicam ainda mais seu quadro de saúde. Nas consultas, quando conseguem vaga, não são tratados como pacientes que procuram ajuda médica, mas sofrem discriminações, zombarias e julgamentos de maus profissionais que por falta de educação dos pais, de opção e competência, acabam trabalhando nas periferias das cidades onde residem os mais necessitados de ajuda do poder público.
Não é raro um doente, diagnosticado com o vírus da AIDS, ouvir, dos trabalhadores de um posto de saúde qualquer, opiniões preconceituosas e difamadoras que julgam-no como culpado por adquirir a doença, simplesmente pelo fato dele se enquadrar naquelas opções sexuais, como, por exemplo, ser gay ou travesti. Esse é apenas um dos inúmeros preconceitos e prejulgamento e mais um ônus por ser preto, pobre e escolher transar com pessoas do mesmo sexo. Mas esse mesmo doente passaria a ser um pobre coitado e teria um tratamento razoavelmente melhor, dentro das condições miseráveis do SUS, se aquela enfermidade fosse contraída por transfusão de sangue.
Diante disso tudo, a verdade é que a saúde pública fornecida no Brasil agride a CF/88 e para os menos favorecidos financeiramente, com diferentes escolhas sexuais, ela piora exponencialmente, agravando a situação clínica do necessitado ao se deparar com os descasos mencionados. Para melhorar um pouco essa grave situação é preciso que o poder público garanta de fato a saúde do artigo 196 da CF/88. Para que isso aconteça basta construir mais hospitais e postos públicos nas periferias; abrir mais vagas, mediante concurso público, para médicos, enfermeiros e outros integrantes da área, com bons salários e cobrá-los um tratamento digno, humano e de qualidade, exonerando e punindo criminalmente aqueles que maltratam seus pacientes e denigrem a imagem da profissão.
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David Bergamasco
São Caetano do Sul - SP