Redação #78441
Desde o início dos tempos, a mulher vive em tremenda desvantagem em relação ao homem, e no esporte não seria diferente. O futebol masculino tem uma visibilidade enorme em escalas internacionais, tendo diversos campeonatos com audiências altíssimas, estádios lotados, e jogadores exaltados ao máximo pela torcida. A presença das mulheres nesse meio sempre foi baixa, mas vem crescendo cada vez mais nos últimos anos, ganhando espaço em um ambiente altamente masculino. Mas, independente desse aumento, o preconceito ainda é vívido, recebem menores salários, poucos patrocínios e pouca visibilidade, mesmo com um talento nato. Como é o exemplo da jogadora Marta, que em dezembro de 2015, se tornou a maior artilheira da seleção brasileira, ultrapassando o Pelé. Mas por que toda essa diferença na aceitação? De acordo com a socióloga Nathália Ziê, essa recusa está interligada ao contexto sócio histórico, onde as mulheres foram destinadas ao espaço privado. A mulher sempre foi associada estritamente ao seu lar, e desde então vem lutando por espaço na sociedade, como seu direito de votar, direito de trabalhar e se expressar como quiser. Apesar da diferença colossal que ainda perdura, gradativamente as mulheres vêm alcançando resultados nesse meio. Em 1941, época em que Getulio Vargas comandava o Brasil, existia uma lei que proibia as mulheres de praticar ?desportos incompatíveis com a condições de sua natureza?, e essa lei só foi abolida em 1979. Mesmo diante de tamanha desigualdade, em 2019, o futebol feminino começou a ganhar mais visibilidade, com todos os clubes de série A sendo obrigados pela CBF a terem uma equipe feminina adulta e uma de base, que disputem ao menos um campeonato oficial. Vêm sendo um caminho árduo, mas a mulher, lutando severamente sem descanso, está cada vez mais próxima da igualdade entre gêneros.
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Milena Vieira
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