Redação #8674
Título: ASSÉDIO SEXUAL: PROBLEMA CULTURAL
07/06/2018
"Vou-me embora pra Passárgada". Bandeira, nessa poesia, retrata um local melhor que a realidade que presenciava naquela época. Talvez, hordineiramente, o autor ainda desejasse ir ao mesmo lugar ao se deparar com a perpetuação da cultura machista que objetifica a mulher, desconsiderando seus direitos e privando-a de sua liberdade.
Os males oriundos da hierarquia sexual não são novidade, mas são fruto de uma mentalidade conservadora que sempre considerou a mulher como inferior e indigna de direitos. Tanto por razões políticas quanto por justificativas religiosas, o homem sempre privou a mulher de ter acesso à educação, espaço no mercado de trabalho e voz na política. Essa situação se perpetua até hoje pois, segundo Bourdieu, "a sociedade incorpora padrões estabelecidos e os reproduz em outras gerações".
No âmbito sexual a realidade não é diferente. A noção de superioridade masculina leva o homem a enxergar a mulher simplesmente como objeto para sua satisfação pessoal, sem levar em conta a sua vontade. Isso explica não só os alarmantes números de assédio sexual como também de violência doméstica e feminicídio.
Ao observarmos a problemática percebemos que medidas precisam ser tomadas. Cabe ao Ministério da Educação, às escolas e aos professores, através de aulas temáticas e campanhas, conscientizar sobre a liberdade da mulher e sua importância na sociedade, a fim de desconstruir a concepção de superioridade masculina ainda na infância. Dessa forma, Bandeira não desejaria mais ir para a Passárgada.
Os males oriundos da hierarquia sexual não são novidade, mas são fruto de uma mentalidade conservadora que sempre considerou a mulher como inferior e indigna de direitos. Tanto por razões políticas quanto por justificativas religiosas, o homem sempre privou a mulher de ter acesso à educação, espaço no mercado de trabalho e voz na política. Essa situação se perpetua até hoje pois, segundo Bourdieu, "a sociedade incorpora padrões estabelecidos e os reproduz em outras gerações".
No âmbito sexual a realidade não é diferente. A noção de superioridade masculina leva o homem a enxergar a mulher simplesmente como objeto para sua satisfação pessoal, sem levar em conta a sua vontade. Isso explica não só os alarmantes números de assédio sexual como também de violência doméstica e feminicídio.
Ao observarmos a problemática percebemos que medidas precisam ser tomadas. Cabe ao Ministério da Educação, às escolas e aos professores, através de aulas temáticas e campanhas, conscientizar sobre a liberdade da mulher e sua importância na sociedade, a fim de desconstruir a concepção de superioridade masculina ainda na infância. Dessa forma, Bandeira não desejaria mais ir para a Passárgada.
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MARCELO JOSÉ DE A. L. NETO
Olinda - PE