Redação #98055
Título: Vítimas de um poder
03/04/2020
É fato que maus comportamentos e agressividade no ambiente escolar sempre existiram, mas estão sendo intensificados nos últimos anos com o advento das redes sócias, de jogos virtuais agressivos, da nova hierarquização familiar, entre outros motivos. Uma vez que tais impactos atingem indivíduos com personalidades em formação, é extremamente necessário debates acerca deste assunto, visando a prevenção de suas possíveis consequências.
Já faz um tempo que o bullying faz parte da sociedade, quando a mesma passou a distinguir brincadeiras de agressões psicológicas, sendo estas piores que as físicas pois deixam marcas silenciosas. Neste cenário a rede social tornou-se o novo palco de zoações, que podem ser feitas de forma anônima e atingir enorme repercussão em pouco tempo. Essas eventuais chacotas, junto com a negligência familiar e escolar em observar e conversar com seus alunos, acabam por criar um indivíduo com sentimentos vingativos para com seus agressores e com a instituição que não o fez se sentir acolhido, dando margem para possíveis crimes. Um exemplo disso foi o massacre de Suzano, em Março de 2019, em quem dois ex alunos efetuaram disparos contra funcionários e alunos. Um dos assassinos havia abandonado o colégio por conta do bullying sofrido por suas espinhas.
Acontecimentos como esse deixam claro que o apoio psicológico em escolas e faculdades deveria ser considerado tão importante quanto aulas de Matemática, por exemplo. Porém como cita o antropólogo Darcy Ribeiro, a crise na educação nosso país não é uma crise, mas sim um projeto, em que as Escolas como aparelhos ideológicos do Estado acabam por ser moldadas para dar sustentação a projetos de poder, muitas vezes sem de fato trazer benefícios para a educação. Em meio a isso auxílios psicológicos não são vistos como uma boa opção, haja vista que além de persistir uma cultura de que a vítima está exagerando, ou de que só doentes passam com psicólogos, ainda há a possibilidade da eficácia no projeto tornar esses adolescentes mais críticos, menos alienados e com suas próprias ideologias, características essas que ameaçam o poder.
Em vista dos argumentos apresentados e do crescente cenário de maus comportamentos no ambiente escolar, medidas são necessárias para prevenir e mitigar seus efeitos, como além do apoio psicológico, um maior conjunto das escolas com as famílias para criar um cenário com observações e diálogos, através de um canal de comunicação anônima por exemplo, lembrando que não é só a vítima que precisa de acolhimento, mas seus agressores também.
Já faz um tempo que o bullying faz parte da sociedade, quando a mesma passou a distinguir brincadeiras de agressões psicológicas, sendo estas piores que as físicas pois deixam marcas silenciosas. Neste cenário a rede social tornou-se o novo palco de zoações, que podem ser feitas de forma anônima e atingir enorme repercussão em pouco tempo. Essas eventuais chacotas, junto com a negligência familiar e escolar em observar e conversar com seus alunos, acabam por criar um indivíduo com sentimentos vingativos para com seus agressores e com a instituição que não o fez se sentir acolhido, dando margem para possíveis crimes. Um exemplo disso foi o massacre de Suzano, em Março de 2019, em quem dois ex alunos efetuaram disparos contra funcionários e alunos. Um dos assassinos havia abandonado o colégio por conta do bullying sofrido por suas espinhas.
Acontecimentos como esse deixam claro que o apoio psicológico em escolas e faculdades deveria ser considerado tão importante quanto aulas de Matemática, por exemplo. Porém como cita o antropólogo Darcy Ribeiro, a crise na educação nosso país não é uma crise, mas sim um projeto, em que as Escolas como aparelhos ideológicos do Estado acabam por ser moldadas para dar sustentação a projetos de poder, muitas vezes sem de fato trazer benefícios para a educação. Em meio a isso auxílios psicológicos não são vistos como uma boa opção, haja vista que além de persistir uma cultura de que a vítima está exagerando, ou de que só doentes passam com psicólogos, ainda há a possibilidade da eficácia no projeto tornar esses adolescentes mais críticos, menos alienados e com suas próprias ideologias, características essas que ameaçam o poder.
Em vista dos argumentos apresentados e do crescente cenário de maus comportamentos no ambiente escolar, medidas são necessárias para prevenir e mitigar seus efeitos, como além do apoio psicológico, um maior conjunto das escolas com as famílias para criar um cenário com observações e diálogos, através de um canal de comunicação anônima por exemplo, lembrando que não é só a vítima que precisa de acolhimento, mas seus agressores também.
Carregando as redações...
Aguarde um momento...
GIOVANNA PADILHAS
São Caetano do Sul - SP