Questões de Filosofia - Filosofia moderna - Ciência Moderna e Racionalismo - René Descartes
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir, com atenção, para responder à questão.
O homem é constituído de razão e emoção, entre outras dimensões. O racionalismo se opõe à emoção como condição de conhecimento. Entre os racionalistas, destaca-se René Descartes, que concebia “a ideia de que o homem é capaz de construir o seu próprio pensamento”. Descartes buscava encontrar uma forma para conhecer e compreender o mundo que o cercava. Para esse processo, ele estabeleceu como método a dúvida, que passou a ser conhecido como “dúvida metódica” ou “método cartesiano”. Para ele, a dúvida o levava ao ato de pensar, e o pensamento (racionalização) eliminava os questionamentos e as causas das dúvidas quanto ao conhecimento e à compreensão real do mundo.
Fonte: MEDEIROS, Daniel. Razão e emoção. Curitiba: Ed. Positivo, 2009. p. 4-5.
Esse pensamento levou Descartes, consequentemente, a estabelecer como verdade irrefutável
Leia com atenção o texto abaixo.
“[...] jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal; [...] evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida”.
René Descartes. Discurso do método, I. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 37.
Defender a evidência, a clareza e a distinção ao próprio espírito (à própria razão) como primeiro critério do conhecimento verdadeiro expressam uma posição
René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático francês, é um dos inauguradores da filosofia moderna. Sua concepção integra o movimento de filósofos que promovem a emergência do racionalismo. Descartes desenvolve um método de análise que forneceria os fundamentos do pensamento que prevaleceria na modernidade, que consiste no ceticismo metódico.
Com esse método, Descartes:
A filosofia é como uma árvore, cujas raízes são a metafísica: o tronco, a física, e os ramos que saem do tronco são todas as outras ciências, que se reduzem a três principais: a medicina, a mecânica e a moral, entendendo por moral a mais elevada e a mais perfeita porque pressupõe um saber integral das outras ciências, e é o último grau da sabedoria.
DESCARTES. R Principios da Alosofis Luboa Edições TO. 1997 (adaptado)
Essa construção alegórica de Descartes, acerca da condição epistemológica da filosofia, tem como objetivo
Texto
Nos últimos tempos, reservou-se (e, com isso, popularizou-se) o termo fake news para designar os relatos pretensamente factuais que inventam ou alteram os fatos que narram e que são disseminados, em larga escala, nas mídias sociais, por pessoas interessadas nos efeitos que eles poderiam produzir.
(Wilson S. Gomes e Tatiana Dourado. “Fake news, um fenômeno de comunicação política entre jornalismo, política e democracia”. Estudos em Jornalismo e Mídia, no 2, vol. 16, 2019.)
Texto
As vacinas foram os principais alvos de fake news entre todas as publicações monitoradas pelo Ministério da Saúde em 2018. Cerca de 90% dos focos de mentiras identificados pelo órgão tinham como alvo a vacinação. Reconhecido internacionalmente, o programa de imunização brasileiro viu doenças como sarampo e poliomielite voltarem a ameaçar o país em 2018 após os índices de cobertura vacinal caírem em 2017.
(Fabiana Cambricoli. “Ministério da Saúde identifica 185 focos de fake news e reforça campanhas”. https://saude.estadao.com.br, 20.09.2018. Adaptado.)
Os textos tratam de uma prática que é contrária ao princípio da fundamentação racional sustentado por Descartes, que propôs a
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé?
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
A comparação entre o primeiro texto, publicado em 1641, e o segundo, em 2005, indica que, no cotidiano atual, as crenças religiosas
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