Questões de Sociologia - Movimentos Sociais - Aspectos Gerais
Para Nancy Fraser, cientista social norte-americana, as reivindicações dos movimentos sociais por justiça social, a partir do final do século XX, passaram a dividir-se em dois tipos: as reivindicações redistributivas e as de reconhecimento. O primeiro tipo de reivindicações pretende buscar uma distribuição mais justa de recursos materiais e riquezas dentro de uma sociedade. As reivindicações do tipo reconhecimento traçam metas, no geral, que visam, dentre outros fins, a uma sociedade onde se acolha amistosamente as diferenças sociais e culturais.
Considerando esses tipos de reivindicações dos movimentos sociais, avalie as proposições a seguir:
I. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), no Brasil, fazem parte do tipo de reivindicações redistributivas.
II. O Occupy Wall Street, de 2011, produziu uma reivindicação do tipo reconhecimento nesse distrito financeiro dos EUA, pois lutava contra a disparidade socioeconômica.
III. As organizações dos movimentos negro, feminista e LGBTQIAP + produzem reivindicações redistributivas uma vez que lutam contra discriminações e por igualdade de direitos.
IV. As reivindicações das pessoas com deficiência são do tipo reconhecimento considerando-se que buscam pela inclusão social e por tratamento justo em ambientes como empresas e escolas.
É correto o que se afirma somente em
Uma classe torna-se hegemônica em sua sociedade quando, segundo o sociólogo italiano Antonio Gramsci, ela possui além dos poderes coercitivo e policial, o consenso que é desenvolvido por meio de um sistema de ideias construídas por intelectuais a serviço do poder. Desta forma, cria-se uma cultura dominante, consensual na sociedade, em que a forma de ver o mundo daquele que possui o controle sobre o poder é a única forma possível.
Dito isso, assinale dentre as alternativas a seguir, a única que afirma corretamente a respeito de ideologia, suas implicações e significados:
Nas reportagens publicadas sobre a inauguração do Museu de Arte de São Paulo, em 1947, quando ele ainda ocupava um edifício na rua Sete de Abril, Lina Bo Bardi não foi mencionada nenhuma vez. A arquiteta era responsável pelo projeto do museu que mudaria para sempre a posição de São Paulo no circuito mundial das artes. Mas não houve nenhum registro disso. O louvor se concentrou em seu marido e parceiro profissional, o respeitado crítico de arte Pietro Maria Bardi. Passados 75 anos, a mulher então ignorada recebeu um Leão de Ouro póstumo, a maior homenagem da Bienal de Arquitetura de Veneza, e tem agora sua história contada em duas biografias de peso, que procuram destrinchar uma carreira marcada pela ousadia e pela contradição.
PORTO, W. Lina Bo Bardi tem sua arquitetura contraditória destrinchada em biografias. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).
As transformações pelas quais passaram as sociedades ocidentais e que possibilitaram o reconhecimento recente do trabalho da arquiteta mencionada no texto foram resultado das mobilizações sociais pela
Os chamados “anos 1960” são, em geral, lembrados como um período de grandes mudanças culturais e de comportamento, e de manifestações estudantis e políticas nas quais os jovens ocuparam o papel de protagonistas em busca de liberdades nas mais variadas frentes: (...). De fato, a revolta estudantil dos anos 1967-68 se deu em vários países, de naturezas distintas: iniciando nos Estados Unidos, espalhou-se por países ocidentais, depois aos comunistas, como a Polônia, chegando ao Oriente Médio e à América Latina, para terminar no México, às vésperas das Olimpíadas.
Disponível em: https://fflch.usp.br/sites/fflch.usp.br/files/2017-11/Contracultura.pdf. Acesso em set. 2022
⇒ Com base no texto, cite e explique de forma suscinta um movimento social intrínseco à Contracultura da década de 1960 e 1970, cujo legado se faz sentir nos dias atuais.
A imagem faz referência a um movimento social contemporâneo que luta, fundamentalmente, por:
Considere o trecho a seguir:
Os problemas de diversidade e pluralismo colocados em pauta pelas sociedades multiculturais, a partir da década de 1980, obrigaram-nos a uma nova reflexão sobre o reconhecimento universalista proposto pela Modernidade. Os movimentos sociais organizados por homossexuais, negros, mulheres, entre outros grupos, passaram a reivindicar a efetiva realização da igualdade de oportunidades e o fim dos princípios discriminatórios. Deu-se, então, o estabelecimento de políticas públicas que ficaram conhecidas como políticas de ação afirmativa.
(O’DONNEL, Julia et al. Tempos modernos, tempos de sociologia. Rio de Janeiro: Editora do Brasil, 2018.)
Com base na argumentação das autoras, pode-se afirmar que:
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