Analfabetismo funcional: como as escolas devem combater?
O analfabetismo funcional ainda assombra a educação brasileira. Mesmo tendo se tornado um problema enraizado no ambiente educacional, pequenas e consistentes estratégias podem aos poucos reverter este cenário. Leia neste artigo como os professores podem auxiliar no combate a esse problema.
Infelizmente o analfabetismo funcional é um dos maiores problemas do Brasil. As estatísticas com relação ao assunto raramente são positivas e geralmente assustam pela triste realidade apresentada sobre o ensino brasileiro.
Em 2018, o MEC liberou alguns dados de 2017 relativos à educação brasileira que mostram números impressionantes - de maneira negativa. Sete em cada dez estudantes do terceiro ano do ensino médio possuem um nível insuficiente tanto em Português quanto em Matemática.
Entre os alunos desse ano, apenas menos de 4% conseguem absorver um conhecimento adequado das disciplinas em questão. Aliás, o ensino médio realmente foi considerado a fase mais “problemática” da educação básica, levando o nível 2 de proficiência, o que significa que foi insuficiente.
Ainda segundo os dados, na disciplina de Português, mais de 70% dos alunos possuem o mesmo nível de insuficiência. Enquanto que em Matemática, há mais de 71% de estudantes que têm o nível insuficiente de conhecimento e aprendizado.
Assustadoramente, nas duas matérias, mais de 23% deles chegou a tirar o nível 0 - o mais baixo de todos.
Como resolver o problema do analfabetismo funcional?
O combate ao analfabetismo funcional requer mudanças que vão além da escola, mas existem algumas ações que elas podem fazer para impulsionar a leitura, a escrita e a interpretação dos estudantes.
Veja a seguir algumas das atitudes que podem ser tomadas para promover a redução do analfabetismo funcional dos seus alunos:
Estimular a leitura dentro e fora da sala de aula
É crucial fazer um plano de aula que inclua muita leitura e interpretação, não apenas as mesmas velhas perguntas diretas sobre os textos. A coordenação juntamente com o corpo docente pode pensar em projetos que incentivem a criação de clubes de leitura, oficinas de contar histórias, atividades de escrita, etc.
Além de impulsionar a leitura e a escrita, essas ações também estimulam a criatividade e fazem com que a mente dos jovens se abra mais para diversos universos literários e novas ideias.
Não apenas passe os livros para eles lerem e realizarem provas, mas proponha discussões e debates sobre o conteúdo lido. Sugira ainda que eles discutam os trabalhos com os pais ou responsáveis, fazendo com que a conversa flua fora da escola também.
Programe visitas à biblioteca
Separe algumas aulas para levar os alunos até a biblioteca da escola. Explique como o empréstimo de livros funciona e estimule a vontade dos seus alunos de pegar livros emprestados para lerem fora da escola.
Além disso, organize atividades em grupo dentro da biblioteca. Procure sempre fazer com que eles discutam os conteúdos não apenas com os professores, mas também entre si. Não precisa ser algo muito sério, o ideal é fazer com que eles sintam prazer com a leitura e interpretação.
Utilize a tecnologia
Muitos educadores acreditam que afastar a tecnologia é a melhor coisa para o aluno. No entanto, essa ideia é antiquada e preconceituosa. É verdade que a tecnologia pode ter seu lado negativo, mas ela também é benéfica às atividades escolares, é só saber como utilizá-la.
A maioria dos jovens de hoje em dia possuem smartphones, então aproveite para sugerir aplicativos que sejam divertidos e educativos ao mesmo tempo. Além disso, leve-os ao laboratório de informática para realizarem pesquisas e fazerem leitura em uma mídia diferente.
Também vale a pena estimular a formação de grupos e fóruns de discussões online, seja em redes sociais ou em algum site específico criado pela escola e professores.
Não condene interpretações
Sempre que a turma estiver discutindo um livro, não interrompa ou brigue com os alunos enquanto eles explicam o que entenderam da leitura. Espere que eles terminem e que outros falem o que acharam da interpretação dele para aí sim comentar suas ideias.
Explique os aspectos das diversas interpretações e impulsione a compreensão de cada uma. Apenas trocando ideias e não tendo medo de expô-las é que os alunos começam a pegar gosto pela leitura crítica e debate.
Está pensando que essas dicas são apenas para professores de Português? Não mesmo. É sempre possível o trabalho com a leitura em qualquer área. Se você não tem esta prática, comece com um texto pequeno. Converse com a coordenação e abra sua mente para mais ideias.
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