Inteligência emocional deveria ser ensinada nas escolas?
Entenda a importância do ensino de inteligência emocional nas escolas, os motivos que especialistas incentivam que faça parte do currículo escolar e conheça o papel das emoções em nossa vida.
É triste pensar no modo como a nossa sociedade nos treina desde crianças para termos uma profissão, ganharmos dinheiro e constituirmos uma família, mas se esquece de algo básico que governa todas as nossas ações: as emoções.
Não é à toa que até pouco tempo ir ao psicólogo ou psiquiatra era "coisa de doido". Parece que o sistema sempre incentivou a crença de que, se está tudo bem fisicamente, então é só o que importa.
Esse tipo de pensamento é nocivo, até porque já é sabido que a mente influencia muito a nossa saúde física, por mais que algumas pessoas possam culpar outros fatores.
É por isso que é tão importante conhecer o conceito de Inteligência Emocional criado pelo autor e psicólogo estadunidense Daniel Goleman em seu livro Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente.
O que é a Inteligência Emocional e por que ela é tão importante?
Basicamente, a inteligência emocional (ou IE) é saber analisar, reconhecer, identificar e lidar com as emoções, sejam elas positivas ou negativas. Em seu livro, Goleman analisou como as emoções estão relacionadas às ações, como se cada uma fosse responsável por uma ação em específico.
É este o exato problema dos dias de hoje: a ausência do entendimento de como as emoções são importantes para aspectos básicos na vida pessoal e profissional.
Passamos tanto tempo estudando, se especializando e se atualizando para ser bem-sucedidos em nossos objetivos, mas esquecemos de parar para analisar o que realmente estamos sentindo sobre tudo ao nosso redor.
O Google está cheio de pesquisas relacionadas ao significado de sentimentos e emoções exatamente porque nunca fomos ensinados sobre isso. Muitas vezes temos aquela agonia de sentir algo e não conseguir identificar exatamente o que é porque nos falta autoconhecimento. O quão preocupante é isso?
A verdade é que só paramos para compreender a gravidade de nossas emoções e sentimentos quando chegamos ao limite, geralmente pelo acúmulo de tarefas, estresse e frustrações.
Afinal, devemos ou não ensinar Inteligência Emocional nas escolas?
A resposta é curta: sim, com certeza!
O ideal seria que todas as escolas reservassem um tempo (cerca de uma hora semanal) para que os professores pudessem discutir de forma tranquila e didática todos os aspectos das emoções, sua importância, como elas afetam a rotina, entre outros pontos fundamentais.
Não é exagero dizer que alfabetizar os jovens emocionalmente é tão importante e necessário para uma boa qualidade de vida quanto alfabetizá-los linguisticamente.
Inclusive, diversos problemas enfrentados nas escolas poderiam ser evitados se os alunos soubessem lidar melhor com suas emoções. Por exemplo, o bullying, que pode ser derivado de problemas emocionais do agressor e ainda causar transtornos psicológicos sérios nas vítimas.
Toda a pressão social somada ao período de crescimento torna esta etapa da vida muito conturbada para os jovens. Não é à toa que muitos são ansiosos e depressivos, podendo até se tornarem autodestrutivos.
Educá-los sobre a sua IE poderia evitar muitos desses distúrbios emocionais ou pelo menos ajudá-los a lidar com eles. Esse está longe de ser um processo rápido, mas todas as suas fases são cruciais para os alunos e até para o próprio professor.
Embora ainda não exista uma matéria específica sobre inteligência emocional nas grades escolares, é possível adicioná-la ao seu conteúdo de outras maneiras. Assim você não abre mão do planejamento e ainda inspira seus alunos.
Você pode passar filmes, séries e livros que sejam divertidos para os estudantes, e ainda incentivar que debatam o assunto. Divertida Mente é um bom exemplo para isso.
Existe ainda a possibilidade de fazer atividades que ajudem no controle das emoções, como a meditação, os esportes e até mesmo a ioga (algo que tem sido muito utilizado para essa finalidade nos Estados Unidos).
Portanto, é sim importante ensinar a inteligência emocional na sala de aula. Ter alunos emocionalmente inteligentes irá beneficiar o seu trabalho, melhorar a relação escolar, promover resultados positivos para a escola e mudar o modo como os jovens veem o seu futuro e enfrentam os obstáculos.
PROVAS | SIMULADOS | LISTAS DE EXERCÍCIOS
Simplifique suas avaliações e tenha relatórios detalhados
® Estuda Tecnologias Educacionais LTDA