Como a tecnologia pode afetar a saúde mental dos jovens?
O uso indiscriminado de tecnologia vem preocupando profissionais da saúde. O vício em tecnologia atrapalha o desenvolvimento e compromete a saúde mental dos jovens. Neste artigo, vamos discutir como o uso excessivo de tecnologia impacta negativamente a saúde dos adolescentes. Acompanhe!
Estudos recentes indicam que o vício em smartphones é um problema real e motivo de preocupação. Não só porque acabamos gastando muito tempo online navegando na internet como também porque este uso pode trazer malefícios para a saúde mental.
Atualmente, utilizamos o celular para fazer de tudo: trabalhar, estudar, se atualizar, pagar as contas, ver a previsão do tempo e interagir com colegas, amigos e familiares através das redes sociais e aplicativos de comunicação.
Entretanto, por vezes, este acesso atrapalha a vida real. O uso exacerbado de tecnologia pode gerar dependência, trazendo sintomas e efeitos semelhantes àqueles que usuários de álcool e drogas experienciam.
Pesquisadores da San Francisco State University, em um estudo, avaliaram o uso de telefones celulares por jovens estudantes da própria instituição e concluíram que eles apresentavam quadros de depressão e ansiedade. A sua interação social estava muito limitada às redes sociais e frequentemente se sentiam sozinhos.
Para que isso não aconteça, confira algumas dicas para instruir os mais jovens a evitar o vício em tecnologia e ter uma mente saudável.
1. Controlar o tempo online
De início, é importante estabelecer regras sobre o tempo diário de uso do smartphone. O jovem deve:
- Desabilitar as notificações de aplicativos: ouvir o telefone vibrar traz a vontade de pegá-lo e checar o que está acontecendo. Mas, na maioria das vezes, não é nada importante. Por isso, vale a pena silenciar os aplicativos e checá-los apenas em um determinado momento do dia.
- Utilizar ferramentas de controle: há aplicativos que ajudam a termos ideia de quanto tempo gastamos conectados e colocarmos limites para ter um uso saudável. Um exemplo é o Focus Lock. Ele possibilita, entre outras coisas, que o usuário bloqueie alguns aplicativos pelo tempo desejado.
- Desinstalar o que não é necessário: o jovem ainda pode deletar todos os aplicativos que são desnecessários para o seu dia-a-dia. Além de evitar o vício em tecnologia, ele ganhará mais espaço na memória de seu smartphone.
2. Questionar os seus medos
Proponha ao jovem que pergunte a si mesmo:
- Por que fico tanto tempo conectado à internet? Quais aplicativos ou sites são mais acessados por mim? Isso é realmente necessário?
- O trabalho ou estudos exigem que eu passe tanto tempo online?
- Eu tenho medo de me desconectar? Por que? Este medo está vinculado à ideia de estar desatualizado em meu campo profissional ou tem a ver com um sentimento de perda de um espaço onde sou importante?
É importante que ele seja sincero consigo e tenha a dimensão de quanto a tecnologia está impregnada no seu dia-a-dia.
3. Fazer um exame de consciência
De início, peça que o jovem faça anotações sobre o seu desempenho profissional ou escolar: ele está dando conta de todos os seus afazeres? Já deixou de cumprir obrigações por ter ficado mais tempo do que deveria no smartphone? Como estão suas notas? E a qualidade de suas provas e trabalhos?
Além disso, ele deve pensar na sua vida social: ele tem saído com amigos? Tem dado a devida atenção a sua família? Já inventou uma desculpa para não estar presente em um encontro e ficar em casa mexendo na internet?
Ele deve fazer um balanço de suas últimas atitudes e refletir: evitar o vício em tecnologia vai mudar a minha vida pessoal?
4. Dar um tempo da tecnologia
Provavelmente, esta é a medida mais difícil para evitar o vício em tecnologia. Entretanto, é a que traz mais benefícios.
Além de estabelecer horários fixos diários para checar e-mails e redes sociais, o jovem deve procurar não pegar no celular no seu tempo livre. Por exemplo, no banheiro, no transporte público, no momento imediato antes de dormir ou logo ao acordar, etc.
Quando estiver conversando com alguém, oriente-o a não ficar com o celular na mão. É desrespeitoso com seu interlocutor e que não permite que se concentre no que ele está sendo falado.
Se estiver estudando há muito tempo e ficar com vontade de fazer uma pausa, ele deve levantar, andar por um tempo, comer algo e ir ao banheiro. Mas em hipótese alguma ele deve pegar o celular, pois as chances de se desconcentrar são elevadas.
Por fim, um conselho: tente mostrar os seus alunos que a melhor forma de evitar o vício em tecnologia é dar prioridade a sua vida off-line e que ela é tão boa quanto o universo virtual ou até melhor.
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