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Acesse GrátisQuestões de História - Temática
Questão 2 8345040
FUVEST 2023“O voto feminino no Brasil completou 90 anos. Desde que a professora Celina Guimarães se alistou para votar em Mossoró, em 1927, e Alzira Soriano, primeira mulher eleita para um cargo público no país, assumiu a Prefeitura de Lajes, em 1929, ambos municípios do Rio Grande do Norte, muita coisa mudou. Em que pesem os avanços legais, o cenário nacional segue desfavorável, e a participação das mulheres na política ainda é irrisória considerando-se o perfil demográfico brasileiro. Mulheres somam 52% dos votantes, mas representam apenas 15% dos parlamentares do Congresso. A maioria da população feminina é negra, ao contrário da parlamentar, que é majoritariamente não negra. Indígena, apenas uma. Verdade que o percentual de participação feminina na Câmara e no Senado cresceu na comparação com legislaturas anteriores. Ainda assim, é pouco. Na prática, a política no Brasil é feita por homens brancos. Dados da União Interparlamentar, que reúne países ligados à ONU, colocam o Brasil na posição 145º do ranking Mulheres nos Parlamentos Nacionais. Numa nação onde em 2021 quatro mulheres foram vítimas de feminicídio por dia, e os casos de estupro voltaram a crescer, já passou da hora de usar a via democrática para tentar mudar esse cenário. É necessário que as mulheres assumam o protagonismo nesse pleito, reivindiquem cabeças de chapas majoritárias e exijam transparência na distribuição dos recursos do fundo partidário. Claro que não há garantias de transformação, mas pode ser uma bela oportunidade de ao menos dar uma sacolejada no jogo e incluir em pauta a discussão de alguns problemas reais do Brasil”.
ROSA, Ana Cristina. “Com mulheres na cabeça”. Folha de S. Paulo. 27.02.2022. Adaptado.
É correto afirmar que o cenário nacional ao qual se refere a autora do texto
Questão 16 8457880
Albert Einstein 2023Como a maior parte das comunidades tradicionais africanas eram sociedades ágrafas, a palavra falada era uma das formas que homens e mulheres tinham de se conectar com o mundo divino e sobrenatural, era o elo entre o passado, o presente e o futuro.
(Ynaê Lopes dos Santos. História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)
Ao abordar aspectos das sociedades africanas antigas, o excerto destaca
Questão 57 8485801
UNICAMP 1° Fase 2023As gravuras eram um importante e significativo meio de comunicação nas sociedades europeias. Os ecos do Novo Mundo chegavam à Europa rapidamente pelas mãos daqueles que nunca tinham pisado no continente recém-descoberto.
(Adaptado de TATSCH, Flavia Galli. A construção visual da América em gravuras: códigos de Percepção e suas transformações. In: III Encontro Nacional de Estudos da Imagem, 03 a 06 de maio de 2011, Londrina – PR.)
A partir da leitura da imagem e do texto acima – que versam, ambos, sobre a construção visual, em gravuras, da América do início da Era Moderna –, é correto afirmar que
Questão 22 8493637
UNESP 2023/2Observe a gravura “A amazona americana”, incluída no Grande Atlas de Johannes Blaeu, de 1662.
Essa gravura, produzida no século XVII, permite identificar
Questão 28 8493743
UNESP 2023/2Em 2017, a campanha de [Marine] Le Pen havia focado principalmente no combate à imigração e na defesa de um “Frexif”.
Agora, [...] as agendas anti-imigração, anti-União Europeia e anti-islã, bandeiras tradicionais de Le Pen, passaram a ser abordadas com um vocabulário menos explícito, em alguns casos adotando a linguagem dos defensores do Estado laico e até do feminismo. Com o choque causado pela guerra na Ucrânia, ela ainda tratou de minimizar sua admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin, embora seu partido, o Reagrupamento Nacional, tenha por anos cultivado laços próximos com o Kremlin. [...]
Críticos de Le Pen apontam que a forma pode ter mudado, mas o conteúdo permanece o mesmo. “Seus fundamentos não mudaram: é um programa racista que visa dividir a sociedade e é muito brutal. É um programa de saída da Europa, embora ela não o diga claramente”, afirmou [Emmanuel] Macron recentemente.
(Jean-Philip Struck. “França terá segundo turno entre Macron e Le Pen”. www.dw.com, 11.04.2022.)
Ao apresentar as discordâncias entre as duas candidaturas à presidência francesa nas eleições de 2022, o excerto associa a candidatura de
Questão 9 8533088
Unioeste Tarde 2023No livro Calibã e a Bruxa, Silvia Federici, ao tratar do período de transição entre o feudalismo e o capitalismo, foca sua análise na história, no lugar e nas experiências vivenciadas pelas mulheres nesse processo. Entre outras questões, Federici demonstra os impactos do conjunto de transformações que marcaram essa época na vida e na sociabilidade cotidiana das mulheres, especialmente no que diz respeito ao controle de seus corpos e de demonstrar as perseguições a que foram submetidas no período. Nesse sentido, ao analisar a relação entre o que acontecia na Europa e nas regiões coloniais, a autora escreve:
Na Europa da Era da Razão, eram colocadas focinheiras nas mulheres acusadas de serem desbocadas, como se fossem cães, e elas eram exibidas pelas ruas; as prostitutas eram açoitadas ou enjauladas e submetidas a simulações de afogamentos, ao passo que se instaurava a pena de morte para mulheres condenadas por adultério. Não é exagero dizer que as mulheres eram tratadas com a mesma hostilidade e com o mesmo senso de distanciamento que se concedia aos “índios selvagens” na literatura produzida depois da Conquista. O paralelismo não é casual. Em ambos os casos, a depreciação literária e cultural estava a serviço de um projeto de expropriação. (...), a demonização dos povos indígenas americanos serviu para justificar sua escravização e o saque de seus recursos. Na Europa, o ataque contra as mulheres justificou a apropriação de seu trabalho pelos homens e a criminalização de seu controle sobre a reprodução. O preço da resistência era, sempre, o extermínio. Nenhuma das táticas empregadas contra as mulheres europeias e contra os sujeitos coloniais poderia ter obtido êxito se não tivesse sido sustentada por uma campanha de terror. No caso das mulheres europeias, foi a caça às bruxas que exerceu o papel principal na construção de sua nova função social e na degradação de sua identidade social”.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a Bruxa. Mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017, p. 203.
A partir deste trecho, assinale a alternativa CORRETA.