Questões de História - Temática
Como a maior parte das comunidades tradicionais africanas eram sociedades ágrafas, a palavra falada era uma das formas que homens e mulheres tinham de se conectar com o mundo divino e sobrenatural, era o elo entre o passado, o presente e o futuro.
(Ynaê Lopes dos Santos. História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)
Ao abordar aspectos das sociedades africanas antigas, o excerto destaca
As gravuras eram um importante e significativo meio de comunicação nas sociedades europeias. Os ecos do Novo Mundo chegavam à Europa rapidamente pelas mãos daqueles que nunca tinham pisado no continente recém-descoberto.
(Adaptado de TATSCH, Flavia Galli. A construção visual da América em gravuras: códigos de Percepção e suas transformações. In: III Encontro Nacional de Estudos da Imagem, 03 a 06 de maio de 2011, Londrina – PR.)
A partir da leitura da imagem e do texto acima – que versam, ambos, sobre a construção visual, em gravuras, da América do início da Era Moderna –, é correto afirmar que
Seda, madeiras aromáticas e têxteis, obras de arte, lã, cristais e muitas, muitas peças de porcelana chegaram ao Brasil ao longo dos séculos XVIl e XVIII. A opulência proporcionada pelo ouro fez com que esses itens fossem ainda mais presentes em cidades mineiras como Ouro Preto, Mariana e Sabará. Esses objetos inspiraram a criação das chinesices, termo que designa um tipo de arte que evoca motivos chineses, presentes em várias igrejas barrocas de Minas Gerais. No Brasil, é bem provável que a inspiração para as pinturas nas igrejas barrocas com pássaros, elefantes, tigres, mandarins e pagodes tenha sido tirada de gravuras, tecidos, móveis e, principalmente, das porcelanas chinesas que circulavam livremente em uma sociedade enriquecida pelo comércio do ouro e pedras preciosas.
MARIUZZO, P. Estudos interdisciplinares ampliam conhecimento sobre chinesice no barroco mineiro. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br. Acesso em: 23 nov. 2021 (adaptado).
O desenvolvimento do processo artístico descrito no texto foi possível pelo(a)
TEXTO I
Como é horrivel ver um filho comer e perguntar: “Tem mais?” Esta palavra “tem mais” fica oscilando dentro do cerebro de uma mãe que olha as panela e não tem mais.
JESUS, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014.
TEXTO II
A experiência de ver os filhos com fome na década de 1950, descrita por Carolina, é vivida no Brasil de 2021 por uma moradora de Petrolândia, em Pernambuco. “Eu trabalhava de ajudante de cabeleireira, mas a moça que tinha o salão fechou. Eu vinha me sustentando com o auxílio que tinha, mas agora eu não fui contemplada. As vezes as pessoas me ajudam com alimentos para os meus filhos. De vez em quando, eu acho algum bico para fazer, mas é muito raro. Tem dias que não tenho nem o leite da minha bebê.”
CARRANÇA, T. “Até o feijão nos esqueceu”: o livro de 1960 que poderia ter sido escrito nas favelas de 2021. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 6 out. 2021 (adaptado).
Considerando a realidade brasileira, os textos se aproximam ao apresentarem uma reflexão sobre o(a)
ouperar a história da escravidão como principal marca da trajetória do negro no país tem sido uma tônica daqueles que se dedicam a pesquisar as heranças de origem afro a cultura brasileira. A esse esforço de reconstrução da própria história do país, alia-se agora a criação da plataforma digital Ancestralidades. “A história do negro no Brasil vai continuar sendo contada, e cada passo que a gente dá para trás é um passo que a gente avança”, diz Márcio Black, idealizador da plataforma, sobre o estudo de figuras ainda encobertas pela perspectiva histórica imposta pelos colonizadores da América.
FIORATI, G. Projeto joga luz sobre negros e revê perspectiva histórica. Disponível em: www! .folha.uol.com.br. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).
Em relação ao conhecimento sobre a formação cultural brasileira, iniciativas como a descrita no texto favorecem o(a)
Felizes tempos eram esses! As moças iam à missa de madrugada. De dia ninguém as via e se alguma, em dia de festa, queria passear com a avó ou a tia, havia de ir de cadeirinhas. Bem razão têm os nossos velhos de chorar por esses tempos, em que as filhas não sabiam escrever, e por isso não mandavam nem recebiam bilhetinhos.
Novo Correio de Modas, 1853, apud DONEGÁ, A. L. Publicar ficção em meados do século XIX: um estudo das revistas femininas editadas pelos irmãos Laemmert. Campinas: Unicamp, 2013 (adaptado).
Na perspectiva do autor, as tradições e os costumes sociofamiliares sofreram alterações, no século XIX, decorrentes de quais fatores?