Questões de História - Temática -
229 Questões
Questão 49 13228334
UERJ 1º EXAME 2025A verdadeira história de “Peter Chicoteado”
O filme Emancipation − uma história de liberdade conta a história real de “Peter Chicoteado” e sua jornada da escravidão ao Exército. Esse escravizado fugitivo posou de forma desafiadora para um retrato em 1863.
No auge da Guerra Civil dos Estados Unidos, a fotografia revelou a verdade inegável. Mostrava que “estas eram pessoas reais com experiências reais (...) – a história desse homem que entende que a Guerra Civil é uma oportunidade de literalmente tomar posse de seu corpo e de sua vida”, diz Barbara Krauthamer, historiadora da escravidão e emancipação dos E.U.A.
O ator Will Smith, que protagonizou Gordon/“Peter Chicoteado”, disse a jornalistas no lançamento do filme: “Este não é outro filme de escravizados. Este é um filme de liberdade. Acho que é uma história que todos nós precisamos ver, ouvir e sentir.”
CHELSEA BAILEY Adaptado de bbc.com, 13/12/2022.
Nos E.U.A., o fim da escravidão ocorreu no contexto da Guerra Civil (1861-1865). O filme apresenta uma abordagem diferenciada dessa guerra por trazer como protagonista o homem retratado na fotografia.
A história de “Peter Chicoteado” revela que a crise da escravidão nos E.U.A. esteve associada, dentre outros fatores, à denúncia da:
Questão 81 13479265
ENEM 1º Dia (Azul) 2024No Brasil, os remanescentes de antigos quilombos, "mocambos", "comunidades negras rurais", "quilombos contemporâneos", "comunidades quilombolas" ou "terras de preto" referem-se a um mesmo patrimônio territorial e cultural institucional, que só recentemente passaram a ter atenção do Estado e do interesse de algumas autoridades e organismos oficiais.
ANJOS, R. S. A. Cartografia de quilombos: territórios étnicos africanos no Brasil. Africana Studia, n. 9, 2007.
Na esfera de ação do Estado, com a Constituição de 1988, os espaços mencionados tornaram-se objeto de
Questão 64 13479142
ENEM 1º Dia (Azul) 2024TEXTO I
Neta de Tomásia, uma escravizada alforriada, Chiquinha Gonzaga foi uma das primeiras mulheres a se destacar na música popular brasileira. Entre suas obras mais famosas está a marcha Ô abre alas, sucesso nos blocos de Carnaval até hoje, e o tango Gaúcho, além de inúmeras peças musicais para teatro e óperas. Chiquinha também teve uma atuação em defesa dos direitos das mulheres e pelo fim da escravatura.
Disponível em: www.uol.com.br. Acesso em: 7 out. 2023 (adaptado).
TEXTO II
Depois da estreia de sua peça Gonzaga, em 1867, que tem como um de seus núcleos dramáticos dois escravizados, pai e filha, separados há muitos anos, Castro Alves escreve talvez o maior conjunto de poemas antiescravistas do Romantismo brasileiro, publicados em 1883 no livro Os escravos, doze anos após a sua morte. Os textos Vozes d’África e Navio negreiro, por exemplo, publicados em folhetos, já em 1878, tiveram enorme repercussão desde a sua circulação, a ponto de Afrânio Coutinho (um importante crítico brasileiro) afirmar ser tido Castro Alves, no que diz respeito à poesia antiescravista, um dos primeiros que o Brasil ouviu.
Disponível em: www.uol.com.br. Acesso em: 8 out. 2023 (adaptado).
Os textos indicam a participação de artistas e intelectuais brasileiros em defesa do(a)
Questão 1 13242920
UNICENTRO 2024Leia o texto a seguir e responda à questão.
Aquela narrativa-padrão segundo a qual não houve tensões e conflitos em nossa formação linguística, que dizia que o português se instalou no Brasil e foi apenas “influenciado” pelas línguas dos povos originários e escravizados (ou, como ouvi na escola, de índios e escravos), já se provou inadequada para descrever o tamanho do impacto que tiveram na trajetória do nosso país as línguas que existiam aqui quando se deu o desembarque dos marinheiros da esquadra de Cabral.
A mesma coisa, você já deve estar imaginando, se aplica ao estudo das alterações geradas em nosso idioma pela presença dos africanos escravizados desde os primeiros momentos da colonização real do território, e de modo bem mais acentuado a partir do estabelecimento de ciclos econômicos como o do açúcar e o do café, que dependiam da exploração cada vez mais intensiva de números crescentes de escravizados. Não é à toa que, descontada a fortuna singular do nheengatu, cujo destino ia se desenrolando numa área que estava (e, em certa medida, ainda está) “isolada” do Brasil litorâneo e mais densamente povoado, o fim do período de ouro da língua geral paulista coincida com o início desse novo modelo econômico.
Num movimento que partia fundamentalmente do Nordeste açucareiro (onde as línguas gerais nunca tiveram a mesma prevalência), o Brasil de brancos e indígenas seria substituído por um Brasil cada vez mais negro. E de maneira curiosa, e até irônica, como veremos, quando se pensa nas tentativas conscientes de embranquecer a população brasileira a partir de meados do século XIX, a fim de garantir a manutenção de um modelo europeu, talvez o fator determinante para a vitória do português em terras brasileiras tenha sido a dispersão dessa mão de obra negra por seu território. [...]
Uma alteração importante nesse nosso ponto de vista é a noção de que alguns escravizados podem já ter chegado ao Brasil com graus variados de conhecimento da língua portuguesa. Primeiro, porque a presença do idioma em Angola ia se estabelecendo como uma realidade. Segundo, pelo fato de que as pessoas capturadas em regiões no interior com frequência acabavam passando longos períodos presas nos entrepostos do litoral. Nessas feitorias, onde havia africanos lusitanizados e portugueses, é possível que a língua estivesse se instalando como instrumento de contato entre falantes de idiomas diferentes. Antes de aportarem no Rio de Janeiro ou em Salvador, essas pessoas faziam viagens transatlânticas que, a depender dos pontos de partida e de chegada, podiam se estender por cerca de três meses, de novo num ambiente multilíngue cuja única constante era o português.
(GALINDO, C. W. Latim em pó: um passeio pela formação do nosso português. São Paulo: Companhia das Letras, 2022. p.164- 165;172.)
Sobre as ideias veiculadas no texto, assinale a alternativa correta.
Questão 57 13224168
UFPR 2024O texto a seguir é referência para a questão.
[...] O Brasil linguístico que vigorou até meados do século XVIII, no qual as línguas gerais ocupavam um espaço definitivo e se difundiam rumo ao sertão a partir de dois grandes núcleos, Amazônia e entorno de São Paulo, acabou sendo substituído por um espraiamento do português vinculado diretamente ao Nordeste, à lavoura que se servia da mão de obra escrava, aos negros africanos. Nessa situação, fica nítido que eles teriam sido a linha de frente da real lusitanização do território, ao mesmo tempo que iam transformando a língua aprendida numa coisa efetivamente nova, depois levada para outros pontos do país à medida que os ciclos econômicos se sucediam, cada um com seu centro num ponto diferente do território.
Se é para pensarmos no português brasileiro como algo que se encontra num caldeirão, é preciso reconhecer quanto o conteúdo desse caldeirão teve que ser mexido e remexido para produzir nossa atual paisagem linguística. E é preciso reconhecer também que os primeiros e mais importantes desses movimentos foram determinados pela grande massa de falantes africanos que iam carregando e modificando essa língua durante todo o processo. Refundado e recaracterizado por eles. Apesar das adversidades, foi a língua falada por negros e mestiços que dominou o Brasil. Somos um país que fala português como fruto direto dessa presença negra.
Talvez caiba deixar de lado por um momento a bela ideia da “última flor do Lácio”. O português brasileiro foi um broto africano, flor de Luanda.
GALINDO, Caetano. Latim em pó. Companhia das Letras, 2023. p. 181-182.
lusitanização: diz-se das coisas referentes à colonização portuguesa. In: https://www.dicionarioinformal.com.br/
última flor do Lácio: a expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela” é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu no período de 1865 a 1918, e refere-se à filiação da língua portuguesa ao latim. In: https://www.jussiup.com.br/2019/04/ultima-flor-do-lacioinculta-e-bela.html
Luanda: capital de Angola, costa oeste da África do Sul
Considerando as informações apresentadas no texto, assinale a alternativa correta.
Questão 19 12620485
UEA - SIS 1ª Etapa 2024/2026O Brasil tem quase 5 mil comunidades quilombolas, e grande número delas localiza-se na região norte do país. As comunidades quilombolas na Amazônia, em grande parte, surgiram do período das plantações de cacau e criações de gado. Normalmente, elas ficam afastadas, em lugares de difícil acesso
(“Comunidades Quilombolas na Amazônia — Onde Vivem, História e +”. https://redda.com.br. Adaptado.)
Originalmente, os membros que formaram as comunidades citadas no excerto são
Pastas
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