Questões de História - Temática - História da Ciência
18 Questões
Para Ribeiro (2006), a história da formação e o sentido da sociedade brasileira explicam a razão por que o Brasil “não deu certo”. Ele quis dizer, em resumo, que o Brasil não conseguiu atingir, de modo satisfatório, justiça social ao longo de sua história. As razões históricas para isto é que duas de suas matrizes formadoras, a Tupi e a Afro, foram quase que, respectivamente, “desindianizada” e “desafricanizada” no processo da empresa colonial. De outra forma, os índios e os negros africanos, além de quase serem extintos fisicamente, foram “desculturalizados” de suas diversas culturas originais devido à escravidão e excluídos da justa distribuição econômica dos bens socialmente produzidos. Ao lado da escravidão sofrida por essas matrizes originais esteve a base econômica colonial de monocultura latifundiária geradora de concentração de terras na posse de poucos, o que ajudou a gestar uma sociedade desigual, cheia de disparidades, contradições e antagonismos que subsiste sob o rótulo de “povo brasileiro”.
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
No que diz respeito ao enunciado acima, é correto afirmar que
O que começou como uma curiosidade por parte dos observadores transformou-se em uma pseudociência macabra em meados do século XIX, quando pesquisadores buscavam evidências físicas para teorias raciais. Milhões de pessoas visitaram os “zoológicos humanos” criados como parte de grandes feiras internacionais. Nelas, era possível ver aldeias inteiras com habitantes levados de lugares distantes e pagos para representar danças de guerra ou rituais religiosos diante de seus senhores coloniais.
(“Os vergonhosos ‘zoológicos humanos’ que existiram na Europa até 1958”. www.bbc.com, 26.10.2022. Adaptado.)
Nesse contexto, a pseudociência a que o excerto se refere é
A epidemia de sífilis golpeou Nápoles, pela primeira vez, em 1494. Os ingleses a chamaram de “enfermidade francesa”, os franceses disseram que era um “mal napolitano” e os napolitanos achavam que vinha da América. O vírus, por definição, é o outro. Sexualmente transmissível, a sífilis materializou nos corpos, dos séculos XVI ao XIX, as formas de repressão e exclusão social da modernidade.
(Adaptado de Paul B. Preciado, Aprendendo do vírus, em Sopa de Wuhan. APOS, 2020, p. 184-187.)
Considerando as referências acima sobre a epidemia de sífilis na época moderna, é possível afirmar:
As descobertas arqueológicas colaboram no entendimento do processo de ocupação do Brasil e de toda a América por meio dos vestígios da cultura material, encontrados no vasto continente americano, como, por exemplo, o que mostram as imagens a seguir.
IMAGEM
O fóssil de Luzia: o mais antigo ser humano encontrado no Brasil (Lagoa Santa – Minas Gerais)
IMAGEM
Registro rupestre. Representação dos chamados “veadinhos azuis”, tesouro de um dos sítios arqueológicos da Serra da Capivara, no Piauí.
Sobre o processo de ocupação do Brasil, assinale a alternativa correta.
O lugar, o papel e a importância da História e do historiador são questões que ainda necessitam ser mais bem conhecidas pela nação brasileira. É ponto passivo que a identidade coletiva de um povo é de grande rele-vância para determinar a imagem que ele faz de si mesmo, imagem essa que colaborará nas decisões e caminhos a serem tomados por esse povo. Ora, o pas-sado é a fonte mais rica em elementos construtores da identidade coletiva. Logo, a História e o historiador, mais que guardiões da memória, são guardiões da identidade das nações.
Baseando-se no texto e nas reflexões a respeito do papel do historiador e da História na sociedade, assinale a alternativa correta.
Mas e se a história estiver errada? E se o Iluminismo puder ser associado a lugares e pensadores que costumamos ignorar? Tais perguntas me assombram desde que topei com o trabalho de um filósofo etíope do século XVII: Zera Yacob (1599-1692), também grafado Zära Yaqob. (...)
Ele acreditava na primazia da razão e afirmava que todos os seres humanos, homens e mulheres, são criados iguais. Yacob argumentou contra a escravidão, criticou todas as religiões e doutrinas reconhecidas (...).
Em suma: muitos dos ideais mais elevados do Iluminismo foram concebidos e resumidos por um homem que trabalhou sozinho em uma caverna etíope de 1630 a 1632. (...)
Ele aponta, por exemplo, que o criador, em sua sabedoria, fez o sangue fluir mensalmente do útero das mulheres, para que elas possam gestar filhos. (...).
Desse modo, inclui em seu argumento filosófico a perspectiva da solidariedade, da mulher e do afeto. E ele próprio viveu segundo esses ideais.
(...) Depois de sair da caverna, pediu em casamento uma moça pobre chamada Hirut, que tinha a função de criada de uma família rica. (...) Consumada a união, ele declarou que ela não deveria mais ser serva, mas seu par, porque “marido e mulher estão em pé de igualdade no casamento”. (...)
Yacob enxergava a mulher sob ótica completamente diferente: como par intelectual do filósofo.
Disponível em: https://www.geledes.org.br. Acesso em: set. 2022. Adaptado.
O desenvolvimento das pesquisas historiográficas contribui para que o conhecimento sobre a história, seja ele dinâmico e inacabado.
Dessa forma, pode-se afirmar que
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