Questões de História - Temática - Conhecimentos gerais
Se o 12 de outubro conferia grande importância ao reconhecimento do soberano pelo povo para o nascimento do novo país, o 7 de setembro o apresentava, pelo menos em seu ato fundador, como fruto da vontade do príncipe, ação esta que antecedera o pacto estabelecido com o povo. Naquele mesmo ano, já em contexto de disputa com a assembleia, as duas datas foram lembradas com pompa. A comemoração dupla, com certa primazia do dia da Aclamação, durou até o início do Período Regencial, na década de 1830, quando o 12 de outubro foi substituído pelo 2 de novembro, dia do aniversário do imperador menino, D. Pedro II. Percebemos neste momento mais uma reinterpretação dos acontecimentos. A retirada do 12 de outubro do calendário cívico do Império buscava diminuir a presença do primeiro imperador da memória nacional e o 7 de setembro passou a ser compreendido como resultado de pressões do povo, entendido como a parcela da população com direitos de cidadão. A figura de D. Pedro I seria valorizada a partir da década de 1860 e alcançou seu apogeu já na República, quando foi apontado como grande garantidor da unidade nacional.
Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br. Acesso em: set. 2022.
A leitura do texto admite que a escolha em relação à data da comemoração da Independência do Brasil variou em decorrência
Os séculos XV e XVI, quando se vão desmoronando as estruturas socioeconômicas da Idade Média perante os novos imperativos da Epoca moderna, constituem um momento-chave na história florestal de toda a Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um longo período de “crise florestal”, que se manifesta com acuidade nos países onde mais se desenvolvem as atividades industriais e comerciais. As necessidades em produtos lenhosos aumentam drasticamente com o crescimento do consumo nos mercados urbanos e nas regiões onde progridem a metalurgia e a construção naval, além da sua utilização na vida quotidiana de toda a população.
DEVY-VARETA, N. Para uma geografia histórica da floresta portuguesa. Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n. 1, 1986 (adaptado).
Qual acontecimento do período contribuiu diretamente para o agravamento da situação descrita?
Leia o excerto para responder à questão.
Antes de sua publicação em 1572, o poema Os Lusíadas de Luís de Camões foi submetido à leitura e à censura de Frei Bartolomeu Ferreira, membro da Santa Inquisição em Portugal.
Vi por mandado da Santa e Geral Inquisição esses dez Cantos dos Lusíadas de Luís de Camões, dos valorosos feitos em armas que os Portugueses fizeram em Ásia, e Europa, e não achei neles coisa alguma escandalosa, nem contrária à fé e aos bons costumes [...]. O autor para encarecer a dificuldade da navegação e entrada dos portugueses na Índia usa de uma ficção dos Deuses dos Gentios. [...] Todavia, como isso é Poesia e fingimento, o autor como poeta não pretende mais que ornar o efeito Poético, não tivemos por inconveniente ver esta fábula dos Deuses na obra, conhecendo-a por tal, e ficando sempre salva a verdade de nossa Santa fé, que todos os deuses dos Gentios são Demônios.
(Luís de Camões. Os Lusíadas, 1572. Adaptado.)
As observações do censor e o conteúdo do poema expõem
Muitas são as mulheres negras que a historiografia oficial não cita comumente como, por exemplo, Beata Maria de Araújo, Guerreira Zeferina, Teresa de Benguela, Luiza Mahin, entre outras. No Ceará, a importante atuação de Preta Tia Simoa foi fundamental para a abolição da escravização de negros. Longe de ser mencionada como heroína do seu povo, a luta de Tia Simoa não passa despercebida no trabalho da historiadora cearense KarlaAlves. Sua pesquisa foi feita através da análise de material histórico que mostrava fortes evidências de que Preta Tia Simoa foi uma liderança na mobilização de trabalhadores jangadeiros contra o transporte de negros escravizados para a capital da província do Ceará, no século XIX. “Durante a paralisação dos jangadeiros, Preta Tia Simoa mobilizou um grande número de pessoas para ajudar a defender os trabalhadores. Uma mulher negra, liberta que tinha essa capacidade de mobilização, nos remete a ideia de que ela era de fato uma liderança” explica Karla.
Disponível em: https://www.brasildefatoce.com.br/2020/11/21/conhecapreta-tia-simoa-e-sua-luta-por-liberdade-no-ceara-do-seculo-19. Acesso em: 23 maio 2023.
Sobre a participação das mulheres negras na história, assinale a alternativa correta.
É essencial a clara diferenciação entre autoridade – que é frequentemente necessária – e autoritarismo – que é sempre pernicioso. O autoritário exige obediência irrestrita e está sempre preparado para enfrentar o medo e o castigo severo para obtê-lo. O autoritarismo está associado à degeneração da personalidade.
(NASH, 1968, p.119).
Para Nash (1968), o autoritarismo está ligado a um processo de imposição de vontade sobre o outro, através de práticas antidemocráticas que estão calcadas no temor por medidas punitivas. Já a autoridade, refere-se a uma prática que tem como objetivo levar o ser humano a perceber as normas colocadas pela sociedade e a julgar sua legitimidade através da ascendência moral, da referência visualizada na figura do “mestre”, “professor”, ou seja, da figura que detém o poder.
Disponível em: http://www.revistauemg.br/article. Acesso em: set. 2022.
No decorrer do tempo e do espaço, diversas formações sociais vivenciaram experiências políticas múltiplas, como se pode perceber
Felizes tempos eram esses! As moças iam à missa de madrugada. De dia ninguém as via e se alguma, em dia de festa, queria passear com a avó ou a tia, havia de ir de cadeirinhas. Bem razão têm os nossos velhos de chorar por esses tempos, em que as filhas não sabiam escrever, e por isso não mandavam nem recebiam bilhetinhos.
Novo Correio de Modas, 1853, apud DONEGÁ, A. L. Publicar ficção em meados do século XIX: um estudo das revistas femininas editadas pelos irmãos Laemmert. Campinas: Unicamp, 2013 (adaptado).
Na perspectiva do autor, as tradições e os costumes sociofamiliares sofreram alterações, no século XIX, decorrentes de quais fatores?
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