Questões de História - Temática - Problemas Sociais
453 Questões
Questão 11 14583222
Unioeste 2° Etapa Tarde 2025Analise a canção “Canto das Três Raças” (1976), de Mauro Duarte (música) e Paulo César Pinheiro (letra), e o contexto histórico ao qual ela faz referência:
“Canto das Três Raças”
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
“Canto das Três Raças” (1976), disponível em: . Acesso em 29 de agosto de 2024.
Analise novamente a canção “Canto das Três Raças” e assinale a alternativa CORRETA.
Questão 9 14562123
UEA-Específico Humanas 2025Em 7 de janeiro de 1835, começou a Cabanagem. Liderados por Antônio Vinagre, os rebeldes (tapuios, cabanos, negros e indígenas) tomaram o quartel e o palácio do governo de Belém, assassinando o presidente Lobo e Souza e apoderando-se de grande material bélico. Ao mesmo tempo, nomearam um novo presidente do Grão-Pará: Félix Antônio Clemente Malcher, que se encontrava até então preso por conta de sua atuação considerada contrária ao regime imperial. O governo, pressionado pela crescente radicalização do movimento, não duraria muito. Malcher, latifundiário e dono de engenhos de açúcar, acabou por trair seu grupo aliado — conclamou que depusessem armas, voltassem ao trabalho, além de jurar obediência à Regência —, sendo deposto em 19 de fevereiro do mesmo ano.
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2015. Adaptado.)
Com base no excerto, a Cabanagem
Questão 23 14365993
UNICAMP Conhecimento Gerais 2025Mary Wollstonecraft abre sua obra, Reivindicações dos direitos da mulher (1792), com uma carta ao Sr. Talleyrand-Périgord, antigo bispo de Autun e político ativo durante a Revolução Francesa. O bispo propõe nova Constituição, o que foi apresentado e discutido na Assembleia revolucionária. Nessa carta, Wollstonecraft afirma:
"Mas, se as mulheres devem ser excluídas, sem voz, da participação dos direitos naturais da humanidade, prove antes, para afastar a acusação de injustiça e inconsistência, que elas são desprovidas de razão; de outro modo, essa falha em sua NOVA CONSTITUIÇÃO sempre mostrará que o homem deve de alguma forma agir como tirano, e a tirania, quando mostra sua face despudorada em qualquer parte da sociedade, sempre solapa a moralidade."
(WOLLSTONECRAFT M. Reivindicações dos direitos da mulher. São Paulo: Boitempo Editorial, p. 20, 2016.)
Assinale a opção que melhor sintetiza a crítica de Wollstonecraft apresentada no excerto.
Questão 39 14290199
FUVEST (USP) Conhecimento Gerais 2025/1PALACIO, Ángela. Privilegiados. Libro de lectura inicial. Buenos Aires: Kapelusz, 1954. Apud CAPELATO, Maria Helena. Multidões em cena. Propaganda política no varguismo e no peronismo. Campinas: Papirus, 1998. p.88-91.
As imagens mostram páginas de uma cartilha de alfabetização produzida durante o governo de Juan Domingo Perón na Argentina (1946-1955). As ilustrações
Questão 39 14287996
UFRGS 1º dia 2025Considere o texto abaixo.
Dizem que, se você olhar para o mar por muito tempo, cenas do passado renascerão. Dizem que o mar é história. E o mar não tem nada para mostrar além de uma bem escavada sepultura. Encarando o Atlântico, pensei na garota. Havia inúmeras outras enterradas no fundo do oceano, mas ela era aquela em que eu pusera meus olhos. Se me concentrasse o bastante, poderia ver tudo acontecendo novamente. (...) O capitão, o médico e os abolicionistas, todos discordavam sobre o que ocorrera no convés do Recovery, ainda que todos insistissem em dizer que estavam tentando salvar a vida da garota. A esse respeito, eu sou tão responsável quanto todos os outros. Eu também estou tentando salvar a vida da garota, não da morte, da doença ou de um tirano, mas do esquecimento. Entretanto, não tenho certeza se é possível salvar uma existência a partir de um punhado de palavras: o suposto assassinato de uma garota negra. Sua vida era impossível de ser reconstruída, nem mesmo seu nome sobreviveu. (...) Umas poucas linhas de uma transcrição judicial mofada formam a história inteira da vida de uma garota.
HARTMAN, S. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
O enfoque principal do trecho do livro "Perder a mãe...", da pesquisadora Saidiya Hartman, aborda um problema enfrentado para a investigação e a pesquisa da história da escravidão e da diáspora Africana, que diz respeito
Questão 57 14243923
UFPR 1º fase 2025O texto a seguir é referência para a questão abaixo.
Tragédia no RS apaga pessoas negras e escancara racismo ambiental
No início dos anos 2000, viajei a Mato Grosso do Sul para participar de um evento universitário. Lembro que na época eu causei espanto em alguns participantes ao dizer que eu era de Porto Alegre. A surpresa vinha acompanhada de um questionamento: “Não sabia que tinha negros no Rio Grande Sul”. Ao longo dos anos experimentei essa reação diversas vezes, em contextos e lugares diferentes.
Essa percepção faz parte de um senso comum bastante arraigado no Brasil, e é fruto de um projeto de embranquecimento e apagamento das comunidades negras no estado. Um projeto bem-sucedido que há séculos invisibiliza não só a presença de pessoas negras, como também sua contribuição crucial na construção do estado.
O imaginário popular é este: o Rio Grande do Sul é branco, constituído por uma grande colônia alemã, de ares europeus, lugar em que os moradores nem falam português. Um estereótipo que é reforçado pelas imagens dos municípios como Gramado e Canela, com seus chalés, fábricas de chocolates, vinhos e cafés coloniais.
Obviamente que existe uma inegável contribuição da colonização europeia na formação do estado, no entanto, o que se coloca aqui é a supervalorização dessa cultura e o apagamento de outras.
Segundo dados do próprio governo do estado, o Rio Grande do Sul tem uma população negra de 21%. Os levantamentos também mostram que os negros são os mais pobres, ganham salários mais baixos e têm menos acesso à educação e à saúde quando comparados aos brancos. Além disso, a representatividade na política é pequena: apenas na última eleição foi eleita a primeira bancada negra de Porto Alegre.
As enchentes no Rio Grande do Sul revelam a existência de uma segregação racial no estado. A tragédia atingiu de maneira significativa a região metropolitana de Porto Alegre, por exemplo, um lugar onde reside grande parte da população negra e periférica.
Portanto, são comunidades inteiras pertencentes a uma classe operária, que ocupam áreas de risco e que estão propensas a serem as primeiras vítimas das catástrofes climáticas.
Não se pode falar em reconstrução de um estado sem levar em consideração os efeitos do racismo ambiental. A reconstrução deve se dar num contexto compreendendo que, historicamente, as comunidades periféricas, negras, quilombolas e indígenas não tiveram acesso a serviços básicos como saneamento, água potável, luz, acesso à internet, saúde e educação de qualidade.
As enchentes escancararam o racismo ambiental, portanto, será preciso dar atenção ainda maior às desigualdades raciais para uma reconstrução justa e humana.
Disponível em: https://www.geledes.org.br/tragedia-no-rs-apaga-pessoas-negras-e-escancara-racismo-ambiental. Adaptado.
Considere as seguintes afirmativas:
1. As condições sociais da periferia de Porto Alegre foram a principal causa das enchentes.
2. A população negra do Rio Grande do Sul forma a maior parte da população do estado.
3. A reconstrução humana e justa do Rio Grande do Sul poderá combater o racismo ambiental.
4. O autor do texto não sabia que havia negros no Rio Grande do Sul.
Assinale a alternativa correta.
Pastas
06