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Acesse GrátisQuestões de História - América
Questão 40 8345571
FUVEST 2023“A Exposição Internacional do Centenário de 1922 no Rio de Janeiro constituiu uma versão brasileira grandiosa, embora anacrônica, das exposições do século XIX, destinadas a celebrar o ideal nacional. Para essa mostra o México enviou uma importante delegação, com farto material de exposição, tendo inclusive construído um pavilhão especial para abrigar seus produtos. José Vasconcelos (1881-1952), o filósofo e intelectual mexicano de maior destaque (...), chefiou a delegação mexicana. No final da exposição, o México deixou no Rio um Cuauhtémoc carioca olhando para a baía da Guanabara, e Vasconcelos partiu levando uma bagagem de mitos nacionais brasileiros (...)”.
TENORIO TRILLO, Mauricio. “Um Cuahtémoc Carioca: comemorando o Centenário da independência do Brasil e a raça cósmica”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 7, n. 14, 1994.
No ano seguinte à celebração do centenário da independência do México, o governo mexicano enviou ao Brasil uma delegação para participar dos festejos do centenário da independência brasileira e escolheu, para simbolizar seu país, a figura de Cuahtémoc, imperador asteca que morreu na luta de resistência contra os conquistadores espanhóis.
A partir do excerto, é correto atestar a seguinte semelhança entre os dois países:
Questão 54 9514130
ESPM 2023/1Eu sou Cortez...
Dei à Espanha as palmas do triunfo
com as minhas ofuscantes vitórias,
dei ao rei terras sem limites
e a Deus almas sem conta.
(Delumeau, Jean. A Civilização do Renascimento.Lisboa, editorial Estampa, 1994)
O enunciado reproduz palavras que o dramaturgo espanhol, Lope de Vega, atribuiu a Hérnan Cortez, espanhol que:
Questão 68 6012403
UNICAMP 1° Fase 2022A sociedade é uma benção, mas o governo, mesmo em seu melhor estado, é apenas um mal necessário. No seu pior estado, é um mal intolerável, pois quando sofremos ou ficamos expostos, por causa de um governo, às mesmas desgraças que poderíamos esperar em um país sem governo, nossa calamidade pesa ainda mais ao considerarmos que somos nós que fornecemos os meios pelos quais sofremos. Há algo de muito ridículo na composição da monarquia; primeiro ela exclui um homem dos meios de informação, mas lhe permite agir em casos que requerem capacidade superior de julgamento. A posição de um rei o aparta do mundo; no entanto, a atividade de um rei exige que ele conheça perfeitamente o mundo. Com isso, as diferentes partes, opondo-se de forma antinatural e destruindo uma à outra, provam que essa figura é absurda e inútil.
(Adaptado de Thomas Paine, Senso comum e os direitos do homem. L&PM Pocket. Edição do Kindle – posição 32 a 138.)
O trecho acima foi retirado do panfleto O Senso comum e Os direitos do homem, publicado de forma anônima, em 1776. Com autoria assumida por Thomas Paine, a obra causou grande reação pública.
A partir do texto e das informações fornecidas, é correto dizer que o autor
Questão 49 6780429
UnirG 2022“Os americanos, no sistema espanhol agora estabelecido, não têm outro lugar na sociedade sendo o de meros consumidores; mesmo nessa condição, são oprimidos por restrições espantosas, tais como o cultivo de frutas europeias [..] uma proibição de fábricas [...] e restrições aduaneiras entre províncias americanas para que não comercializem, dialoguem ou sequer realizem acordos umas com as ouras. No fim, sabem qual é nosso destino? Campos em que cultivamos milho, cereais, café, cana, cacau e algodão [...] e as profundezas da terra para escavar ouro que nunca satisfaz essa nação gananciosa.”
(Símon Bolívar. 1820. In: OSBORNE, Roger. Do povo para o povo; uma nova história da democracia. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013. p. 212).
A partir da análise do documento, assinale a opção que apresenta a ideia central do pensamento de Simon Bolívar.
Questão 15 7373753
UVA 2022Segundo a historiadora Maria Ligia Prado (América Latina no século XIX: tramas, telas e textos, 2004, p. 53), “Os defensores da independência das colônias espanholas da América demonstraram em seus escritos — panfletos, livros, memórias, discursos, jornais — sólido conhecimento das ideias liberais. Fundamentado-se nelas, ou seja, na crença da razão como guia das ações humanas, na centralidade do indivíduo no percurso da história, na igualdade jurídica e na legitimidade da propriedade privada, armaram suas plataformas de ação e suas justificativas para à emancipação. Às denominadas ideias francesas haviam se disseminado e penetrado num vasto grupo de ilustrados.
Sobre OS processos de independências na América espanhola é incorreto afirmar que:
Questão 9 7435988
FAMERP 2022Leia o texto de Eduardo Bueno para responder a questão.
No Brasil, como no restante do Novo Mundo, o que separa a história da pré-história é mais do que um mero prefixo. Existe, entre os dois períodos, um abismo de desconhecimento e incompreensão. Embora o trabalho dos arqueólogos literalmente se aprofunde cada vez mais, restam ainda imensas lacunas a respeito dos habitantes que, em tempos remotos, ocuparam o território que viria a ser o Brasil. O que já se sabe, porém, permite afirmar que a herança “pré-histórica” — ou seja, o legado dos povos que por no mínimo dez milênios aqui viveram — é bem mais sólida e está muito mais presente do que o senso comum em geral supõe.
É preciso não esquecer, afinal, que, por pelo menos cem séculos, esses povos ancestrais — cuja própria origem ainda não pôde ser inteiramente esclarecida — testaram um repertório de alternativas e um leque de possibilidades alimentares, ecológicas e logísticas que os conquistadores europeus, sob risco de colocarem em perigo a própria sobrevivência, não puderam descartar desde o instante em que desembarcaram no então “novo” e desconhecido território, oficialmente em abril de 1500.
Pode-se afirmar que as trilhas e os caminhos pelos quais o país se expandiu, os sítios onde se erguem suas grandes cidades, inúmeros produtos agrícolas que hoje saciam a fome da nação, bem como vários hábitos e costumes nacionais, são fruto direto de um conhecimento milenar — que, embora esteja dessa forma preservado, na essência se perdeu. É preciso ter em mente, portanto, que uma compreensão mais plena do Brasil impõe um mergulho no passado — e que esse passado é muito mais profundo do que apenas os últimos cinco séculos.
(Brasil: uma história: cinco séculos de um país em construção, 2012.)
No contexto em que se encontra o trecho “em que desembarcaram no então “novo” e desconhecido território, oficialmente em abril de 1500” (2º parágrafo), as aspas em torno da palavra “novo”