“Suores misturados / no silêncio noturno. / O companheiro ronca. / O ruído igual / dos tiros e o silêncio / na sala onde os corpos / são coisas escuras. / O soldado deitado / pensando na morte. / (...) / A esta hora no Recife, / em Guaxupé, Turvo, Jaguara, / Itararé, / Baixo Guandu, / Igarapava, / Chiador, / homens estão se matando / com as necessárias cautelas. / Pelo Brasil inteiro há tiros, granadas, / literatura explosiva de boletins, / mulheres carinhosas cosendo fardas / com bolsos onde estudantes guardarão retratos / das respectivas, longínquas namoradas, / homens preparando discursos, / outros, solertes, captando rádios, / minando pontes, / outros (são governadores) dando o fora, / pedidos de comissionamento / por atos de bravura, / ordens do dia, / "o inimigo (?) retirou-se em fuga precipitada, / deixando abundante material bélico, / cinco mortos e vinte feridos..." / Um novo, claro Brasil / surge, indeciso, da pólvora. / Meu Deus, tomai conta de nós. / Deus vela o sono dos brasileiros. / Anjos alvíssimos espreitam / a hora de apagar a luz de teu quarto / para abrirem sobre ti as asas / que afugentam os maus espíritos / e purificam os sonhos. / Deus vela o sono e o sonho dos brasileiros. / Mas eles acordam e brigam de novo.”

Fonte: Carlos Drummond de Andrade. “Outubro de 1930” In: Alguma Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, pp. 71-73.

Considerando o excerto é correto afirmar sobre a história do Brasil republicano no início do século XX que:

Ocorrido entre 31 de março e 1º de abril de 1964, o Golpe de Estado pôs fim ao período democrático que se estendia desde 1945 e iniciou um período de 21 anos de ditadura militar no Brasil.

Sobre esse evento, ocorrido há 60 anos, pode-se afirmar corretamente que

Atente para o seguinte excerto sobre a doutrina do integralismo: “Em 1932, surgia a Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada pelo ex-integrante do PRP Plínio Salgado e cujo lema era ‘Deus, Pátria e Família’ [...] Suas manifestações externas seguiam o padrão nazifascista: os integralistas usavam camisas verdes, tinham como símbolo o sigma, saudavam-se com a expressão ‘Anauê’, faziam desfiles e perseguiam os acusados de comunismo”.

BARBEIRO, Heródoto; CANTELE, Bruna; SCHNEEBERGER, Carlos. História. São Paulo: Scipione, 2004, p.416.

Sobre a doutrina do integralismo, é correto afirmar que foi um movimento

Em 1967, o governo militar criou a Fundação Nacional do Índio (Funai), como resposta ao escândalo de corrupção, esbulho de terra e renda, além de denúncias de violações de direitos humanos, envolvendo políticos, empresas e a participação de funcionários do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) fundado em 1910. Embora o discurso e os objetivos continuassem voltados para o protecionismo e a assistência aos índios, na prática, a política indigenista foi militarizada e tratada como questão de segurança nacional nos inúmeros conflitos que se acirraram pelo país.

Disponível em: https://memoriasdaditadura. org.br/indigenas/#:~:text= Massacre%20dos%20 povos%20ind%C3% ADgenas%20desde%20a%20 coloniza%C3%A7%C3%A3o&text=Na%20d%C3% A9cada%20 de%201960%2C%20o,os%20ind% C3%ADgenas%20 desaparecerem%20do%20mapa. Acesso em: 15 out 2023.

Qual das opções abaixo identifica a consequência da questão indígena ser tratada diretamente pela Presidência da República, durante a ditadura civil militar brasileira?

Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/ies/article/download/44310/29360?inline=1. Acesso em: 10 ago. 2023.

Essa nuvem de palavras articula personagens históricos, eventos e instituições que, em conjunto, estão ligados ao período do Brasil republicano, conhecido como

Leia um trecho extraído da música ‘Meu caro amigo’ de Chico Buarque.

Meu caro amigo

Meu caro amigo me perdoe, por favor,
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nesta fita
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock’n’roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando, que também, sem a
Cachaça
Ninguém segura esse rojão

BUARQUE, C.; HIME, F. Meu caro amigo. In: Chico Buarque. Meus caros amigos. LP. Phnogram / Philips, 1976.

De Portugal, o teatrólogo Augusto Boal reclamava notícias e Chico, em parceria com Francis Hime, atendeu ao apelo do amigo utilizando uma carta cassete. A mãe de Boal foi portadora da "carta", entregue durante um almoço com amigos também em exílio. Atualmente a música representa uma das mais importantes obras que critica a política do Estado Brasileiro.

Na canção anterior, de Chico Buarque, os versos traduzem a realidade do país, apresentando características da política nacional que se sustentam