Questões de História - História do Brasil - Período Colonial (1530-1822)
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Questão 28 14165790
UnB - PAS 2024/1Acho que essa história única da África veio, no final das contas, da literatura ocidental. Aqui está uma citação de um mercador de Londres chamado John Lok, que velejou para a África ocidental em 1561 e fez um relato fascinante de sua viagem. Após se referir aos africanos negros como “animais que não têm casa”, ele escreveu: “Também é um povo sem cabeça, com a boca e os olhos no peito”.
Chimamanda Adichie. O perigo de uma história única, 2009.
Os moradores do povoado de São José não são certificados como povos remanescentes de quilombos, embora habitem uma área reconhecida em Cavalcante como território Kalunga. Eles conhecem suas origens culturais e, internamente, em sua maioria, assumem que são remanescentes de quilombos vizinhos, como as quatro comunidades reconhecidas.
O cerrado está morrendo. In: Revista Darcy. Brasília, n.º 21, 2019, p. 46 (com adaptações)
A partir dos textos apresentados, e considerando a história da África e a história do Brasil, julgue o item
É relativamente recente a inclusão da história da África nos currículos das universidades brasileiras e das escolas de ensino médio e fundamental.
A respeito do ensino de história da África nas escolas, assinale a opção correta
Questão 13 14029507
UEA - SIS 3º Serie 2025/2027 2024No século XVI, a produção açucareira prosperou nas capitanias de Pernambuco e Bahia, tornando-se a principal atividade econômica da América portuguesa, controlada pela metrópole por meio do pacto colonial.
Esse sistema de produção teve como pilares
Questão 29 13506973
UPF Inverno 2024“No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, provera a Deus que tão abundantes fossem o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de muito rigor, ainda quando os crimes são certos, de que se não usa com os brutos animais, fazendo algum senhor mais caso de um cavalo que de meia dúzia de escravos, pois o cavalo é servido, e tem quem lhe busque capim, tem pano para o suor, e sela e freio dourado.”
(ANTONIL, André João. Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2011, p. 108-109)
Tomando por base o que escreveu André João Antonil, o mais importante cronista colonial, é incorreto afirmar:
Questão 50 13479090
ENEM 1º Dia (Azul) 2024O bispo Bartolomeu de Las Casas é o homem mais odiado da América, o anti-Cristo dos senhores, o açoite destas terras. Por sua culpa, o imperador promulgou novas leis que despojam de escravos índios os filhos dos conquistadores. O que será deles sem os braços que os sustentam nas minas e nas lavouras? As novas leis estão arrancando a comida de suas bocas. Las Casas é o homem mais amado da América. Voz dos mudos, teimoso defensor dos que recebem pior tratamento que o estercor das praças, denunciador de quem por cobiça converte Jesus Cristo no mais cruel dos deuses e o rei em lobo faminto de carne humana.
GALEANO, E. Os nascimentos. Porto Alegre: L&PM, 2011 (adaptado).
Os diferentes pontos de vista presentes no texto expressam que o bispo era, ao mesmo tempo,
Questão 1 13242920
UNICENTRO 2024Leia o texto a seguir e responda à questão.
Aquela narrativa-padrão segundo a qual não houve tensões e conflitos em nossa formação linguística, que dizia que o português se instalou no Brasil e foi apenas “influenciado” pelas línguas dos povos originários e escravizados (ou, como ouvi na escola, de índios e escravos), já se provou inadequada para descrever o tamanho do impacto que tiveram na trajetória do nosso país as línguas que existiam aqui quando se deu o desembarque dos marinheiros da esquadra de Cabral.
A mesma coisa, você já deve estar imaginando, se aplica ao estudo das alterações geradas em nosso idioma pela presença dos africanos escravizados desde os primeiros momentos da colonização real do território, e de modo bem mais acentuado a partir do estabelecimento de ciclos econômicos como o do açúcar e o do café, que dependiam da exploração cada vez mais intensiva de números crescentes de escravizados. Não é à toa que, descontada a fortuna singular do nheengatu, cujo destino ia se desenrolando numa área que estava (e, em certa medida, ainda está) “isolada” do Brasil litorâneo e mais densamente povoado, o fim do período de ouro da língua geral paulista coincida com o início desse novo modelo econômico.
Num movimento que partia fundamentalmente do Nordeste açucareiro (onde as línguas gerais nunca tiveram a mesma prevalência), o Brasil de brancos e indígenas seria substituído por um Brasil cada vez mais negro. E de maneira curiosa, e até irônica, como veremos, quando se pensa nas tentativas conscientes de embranquecer a população brasileira a partir de meados do século XIX, a fim de garantir a manutenção de um modelo europeu, talvez o fator determinante para a vitória do português em terras brasileiras tenha sido a dispersão dessa mão de obra negra por seu território. [...]
Uma alteração importante nesse nosso ponto de vista é a noção de que alguns escravizados podem já ter chegado ao Brasil com graus variados de conhecimento da língua portuguesa. Primeiro, porque a presença do idioma em Angola ia se estabelecendo como uma realidade. Segundo, pelo fato de que as pessoas capturadas em regiões no interior com frequência acabavam passando longos períodos presas nos entrepostos do litoral. Nessas feitorias, onde havia africanos lusitanizados e portugueses, é possível que a língua estivesse se instalando como instrumento de contato entre falantes de idiomas diferentes. Antes de aportarem no Rio de Janeiro ou em Salvador, essas pessoas faziam viagens transatlânticas que, a depender dos pontos de partida e de chegada, podiam se estender por cerca de três meses, de novo num ambiente multilíngue cuja única constante era o português.
(GALINDO, C. W. Latim em pó: um passeio pela formação do nosso português. São Paulo: Companhia das Letras, 2022. p.164- 165;172.)
Sobre as ideias veiculadas no texto, assinale a alternativa correta.
Questão 50 13223919
UFPR 2024Leia a seguir o excerto da historiadora Ângela Domingues:
“O advento da segunda metade do século XVIII coincidiu com a realização de um enorme esforço de renovação do conhecimento que envolveu indivíduos e instituições e que foi, em grande medida, promovido, financiado e suportado pelo Estado (...). A Coroa [portuguesa] participou, de forma quase onipresente, neste processo de renovação cultural e científica.”
DOMINGUES, Ângela. Para um melhor conhecimento dos domínios coloniais: a constituição de redes de informação no Império português em finais do Setecentos. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. VIII (suplemento), 823-38, 2001. p. 824.
A partir dos conhecimentos sobre o período da América Portuguesa e do império colonial português no século XVIII, assinale a alternativa que relaciona corretamente essas iniciativas descritas acima com o governo em vigência em Portugal na época e seus impactos sobre a América Portuguesa.
Pastas
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