Questões de História - História do Brasil -
320 Questões
Questão 29 13506973
UPF Inverno 2024“No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, provera a Deus que tão abundantes fossem o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de muito rigor, ainda quando os crimes são certos, de que se não usa com os brutos animais, fazendo algum senhor mais caso de um cavalo que de meia dúzia de escravos, pois o cavalo é servido, e tem quem lhe busque capim, tem pano para o suor, e sela e freio dourado.”
(ANTONIL, André João. Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2011, p. 108-109)
Tomando por base o que escreveu André João Antonil, o mais importante cronista colonial, é incorreto afirmar:
Questão 1 13242920
UNICENTRO 2024Leia o texto a seguir e responda à questão.
Aquela narrativa-padrão segundo a qual não houve tensões e conflitos em nossa formação linguística, que dizia que o português se instalou no Brasil e foi apenas “influenciado” pelas línguas dos povos originários e escravizados (ou, como ouvi na escola, de índios e escravos), já se provou inadequada para descrever o tamanho do impacto que tiveram na trajetória do nosso país as línguas que existiam aqui quando se deu o desembarque dos marinheiros da esquadra de Cabral.
A mesma coisa, você já deve estar imaginando, se aplica ao estudo das alterações geradas em nosso idioma pela presença dos africanos escravizados desde os primeiros momentos da colonização real do território, e de modo bem mais acentuado a partir do estabelecimento de ciclos econômicos como o do açúcar e o do café, que dependiam da exploração cada vez mais intensiva de números crescentes de escravizados. Não é à toa que, descontada a fortuna singular do nheengatu, cujo destino ia se desenrolando numa área que estava (e, em certa medida, ainda está) “isolada” do Brasil litorâneo e mais densamente povoado, o fim do período de ouro da língua geral paulista coincida com o início desse novo modelo econômico.
Num movimento que partia fundamentalmente do Nordeste açucareiro (onde as línguas gerais nunca tiveram a mesma prevalência), o Brasil de brancos e indígenas seria substituído por um Brasil cada vez mais negro. E de maneira curiosa, e até irônica, como veremos, quando se pensa nas tentativas conscientes de embranquecer a população brasileira a partir de meados do século XIX, a fim de garantir a manutenção de um modelo europeu, talvez o fator determinante para a vitória do português em terras brasileiras tenha sido a dispersão dessa mão de obra negra por seu território. [...]
Uma alteração importante nesse nosso ponto de vista é a noção de que alguns escravizados podem já ter chegado ao Brasil com graus variados de conhecimento da língua portuguesa. Primeiro, porque a presença do idioma em Angola ia se estabelecendo como uma realidade. Segundo, pelo fato de que as pessoas capturadas em regiões no interior com frequência acabavam passando longos períodos presas nos entrepostos do litoral. Nessas feitorias, onde havia africanos lusitanizados e portugueses, é possível que a língua estivesse se instalando como instrumento de contato entre falantes de idiomas diferentes. Antes de aportarem no Rio de Janeiro ou em Salvador, essas pessoas faziam viagens transatlânticas que, a depender dos pontos de partida e de chegada, podiam se estender por cerca de três meses, de novo num ambiente multilíngue cuja única constante era o português.
(GALINDO, C. W. Latim em pó: um passeio pela formação do nosso português. São Paulo: Companhia das Letras, 2022. p.164- 165;172.)
Sobre as ideias veiculadas no texto, assinale a alternativa correta.
Questão 118 12598371
UECE 2ª Fase 2º Dia 2024/2Joseph Arthur de Gobineau (1816-1882), o Conde Gobineau, afirmava em sua obra Essai sur L’inégalite des races humaines (“Ensaio sobre a Desigualdade das Raças Humanas”), publicada em 1855, que a mistura das raças foi responsável pelo fim das grandes civilizações na história humana. Nesta obra de quatro volumes, Gobineau apontou a “questão étnica” como a causa do declínio das sociedades. Precisamente, para este Conde, a mistura de “raças superiores” (os brancos) com “raças inferiores” (os negros e indígenas, no Brasil) resultava numa “mestiçagem degenerada”. A tese central de Gobineau era a de que a mistura dessas raças sempre incorria em degeneração para as próximas gerações. Este diplomata francês, que veio ao Brasil no século XIX, vaticinou, no texto “L’émigration au Brésil” de 1874, que o povo brasileiro estaria extinto em 200 anos pela mestiçagem que aqui era muito grande entre a população. Seria preciso, assim, trazer para o país imigrantes europeus para barrar esta degeneração.
Considerando o exposto, é correto afirmar que
Questão 67 11393936
UNICAMP 1ª Fase C. Gerais 2024“Dos pretos é tão própria e natural a união que a todos os que têm a mesma cor, chamam parentes; a todos os que servem na mesma casa, chamam parceiros; e a todos os que se embarcam no mesmo navio, chamam malungos.”
(VIEIRA, Padre Antônio. Sermão XX. Parte II. Lisboa: Impressão Craesbeeckiana, p. 165, 1688.)
Sobre as comunidades de malungos no período da escravidão, é correto afirmar, de acordo com o texto, que são formadas
Questão 58 10836293
UERR 2024/1Assinale a opção correta a respeito do tráfico transatlântico de africanos escravizados, que se estendeu por toda a Idade Moderna até o século XIX.
Questão 102 12377720
UECE 2ª Fase 2º Dia 2023/1São características do sistema colonial implantado no Brasil por Portugal
Pastas
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