Questões de História - Fundamentos da História e historiografia - Fontes Históricas -
Leia o texto a seguir:
“Sobre contar a verdade sobre a história, defendo vigorosamente a opinião de que aquilo que os historiadores investigam é real. O ponto do qual os historiadores devem partir, por mais longe dele que possam chegar, é a distinção fundamental e, para eles, absolutamente central, entre fato comprovável e ficção, entre declarações históricas baseadas em evidências e sujeitas a evidenciação e aquelas que não o são."
HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 8 (adaptado).
No texto, evidencia-se a necessidade de comprovação da veracidade na construção da História.
Essa comprovação será possível por meio da contextualização e da utilização de:
Cabe ao historiador distinguir os contextos, as funções, os estilos, os argumentos, os pontos de vista e as intenções do autor das fontes. Ou, colocando de outra forma, compete ao estudioso da História realizar a leitura crítica [...] do documento.
Samara, Eni de Mesquita et. alli. História & Documento: metodologia de pesquisa. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 123-4. (Adaptado)
De acordo com o texto acima, é INCORRETO afirmar que
A conquista da América Latina no século XVI consistiu não apenas na tomada do território e na expropriação de suas riquezas, mas também no extermínio de determinados grupos, na destruição de culturas e na forçosa obrigação do esquecimento de seu passado imposto pelos europeus aos povos originários. Por isso, três grandes crimes podem ser tipificados, sendo eles o de genocídio, o de etnocídio e o de memoricídio.
Disponível em: http://www.iela.ufsc.br/noticia/. Acesso em: 10 jun. 2020.
Tendo como referência o texto, pode-se afirmar que
Eu herdei da minha mãe esse trabalho de artesanato com barro. E, desde a minha bisavó, já se fazia desse jeito. Ela era índia. Então, a minha mãe fazia pote, bilha, qualquer tipo de louça. A gente faz assim: pega o barro mole, mistura com caraipé*, amassa até ele ficar mesmo bem ligado e, depois que ele já está bem ligado, a gente já vai começar a formar a louça. Agora, tem que ter uma coisa, tem que saber a temperatura e a quantia que o barro pega do caraipé. Se estiver bem areadinho, ele já tá bom. E eu tenho esperança que meu filho também vai continuar a trabalhar e alguém além dele vai também. Vai aprender um filho dele, um sobrinho, porque toda criança sempre mostra logo uma coisa que ela quer ser, que ela quer fazer. Eu acho que vai ter alguém assim, não vai ficar parado, não. Vão continuar a fazer essas panelas aqui.
https://tinyurl.com/y6lw6rbu%20Acesso%20em:%2009.10.2019.
* Árvore cujas cinzas são utilizadas pelos oleiros da região Amazônica para misturar com o barro, também denominada caripé-verdadeiro (Licania floribunda).
O depoimento de Maria da Saúde de Souza, artesã do Pará, foi gravado em vídeo e transcrito pelo Museu da Pessoa, website dedicado a coletar e a publicar as histórias de vida de milhares de brasileiros.
Os depoimentos orais são considerados fontes
“A Unesco reconheceu a capoeira como patrimônio cultural imaterial da humanidade. A indicação da capoeira foi reconhecida durante a Nona Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda, que se reuniu em Paris, no último dia 26 de novembro. Atualmente, as rodas de capoeira estão difundidas em 160 países, e, no Brasil, tiveram origem na Bahia, a partir dos escravos africanos que preservaram essa arte de defesa pessoal como uma ‘dança’. A capoeira foi proibida no Brasil de 1890 a 1937, depois foi reconhecida pelo governo de Getúlio Vargas como esporte nacional. O professor de capoeira na Universidade de Brasília, mestre Luiz Renato, lembrou que a dança já tinha sido considerada patrimônio imaterial do Brasil em 2008. Para ele, esse reconhecimento por parte da Unesco vai possibilitar que a capoeira tenha mais visibilidade e possa inclusive ser incluída nos currículos escolares.”
(KARLA Alessandra. Capoeira é reconhecida pela Unesco como patrimônio cultural imaterial. Rádio Câmara. Disponível em http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/RADIOAGENCIA/478569- CAPOEIRA-E-RECONHECIDA-PELA-UNESCO-COMO-PATRIMONIO-CULTURAL-IMATERIAL.html. Acesso em: 07 ago. 2018.)
O reconhecimento da capoeira no governo de Getúlio Vargas dos anos 1930 deve-se:
Leia atentamente o texto a seguir.
O Tupi que você fala (Cláudio Fragata)
Aposto que você saber falar Tupi e eu
provo aqui.
Você entende quando dizem guri,
jabuticaba ou jabuti?
Sabe que bicho é quando falam sagui,
tamanduá ou siri?
E sucuri, jacaré, capivara, arara, urubu,
tucano, paca ou tatu?
Sabe que fruta é quando se falam caju,
guaraná, pitanga ou maracujá?
Sabe o significado da palavra abacaxi?
Então, tudo isso é tupi?
Também é tupi: samambaia, sabiá e
paçoca.
E piranha, taquara, perereca, taturana e
peteca.
Você entende quando fala pororoca ou
faz cara de boboca?
Se falam saci, você sente um arrepio e
escuta um assobio?
Viu como entende tudo sim senhor sem
precisar de tradutor?
Você já falava tupi e não percebia,
mesmo falando todo dia.
Comendo pipoca ou amendoim, você é
um pouco curumim.
(Fonte: FRAGATA, Caludio. O tupi que você fala. Projeto Leia para uma criança São Paulo: Globo Livros, 2018)
A proposta do texto, associada aos saberes referentes à história brasileira e indígena, é:
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Unidades de medida não padronizadas
Unidades de medida não padronizadas
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