Questões de Filosofia
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Questão 12 13240691
UERJ 2º EXAME 2025Capítulo XI
“Faleceu ontem o Sr. Joaquim Borba dos Santos, tendo suportado a moléstia com singular filosofia. Era homem de muito saber, e cansava-se em batalhar contra esse pessimismo amarelo e enfezado que ainda nos há de chegar aqui um dia; é a moléstia do século. A última palavra dele foi que a dor era uma ilusão (...).”
A expressão suportar com filosofia denota o seguinte sentimento:
Questão 7 13495216
UPF Inverno 2024A questão referem-se ao texto “A sociedade do cansaço”
Texto
A sociedade do cansaço
Exigências excessivas foram naturalizadas na sociedade atual
(Por Mauro Sérgio Santos da Silva, 04 de abril de 2023)
O filósofo sul-coreano Byung Chul Han define o tempo presente como a sociedade do cansaço ou do desempenho. Tal
sociedade caracteriza-se, na esteira do pensador, por um ininterrupto imperativo pela produtividade, pelo resultado, pelo
excesso de positividade e pela velocidade da comunicação e da transmissão de informações, bem como por suas
respectivas consequências.
[5] Não é preciso muito esforço para perceber que tem se tornado cada vez mais comum o sentimento generalizado de cansaço,
fadiga, indisposição e exaustão associado à sensação de dívida, de que é preciso fazer sempre mais, de que nunca é o
suficiente e a percepção de impotência diante da vida. Mas por que isso tem ocorrido? Byung Chul Han, no livro “A Sociedade
do Cansaço”, apresenta uma hipótese muito sugestiva.
Conforme o pensador, vivemos em uma sociedade na qual as exigências excessivas foram “naturalizadas”: no trabalho, na
[10] vida familiar, nos relacionamentos, nas redes sociais, entre outros espaços; e o próprio indivíduo é forçado a se cobrar por
performances de excelência em todas as esferas de sua vida. Há metas a serem batidas e objetivos a serem alcançados
que não permitem aos sujeitos a pausa, o tempo livre, o descanso, o ócio, muito menos a falha ou fracasso.
Tudo o que ocorre em qualquer parte do globo é transmitido de forma síncrona “em tempo real” ou quase imediatamente e
os indivíduos se percebem também obrigados a estarem informados acerca de tudo, o que, obviamente, é impossível; por
[15] isso o sentimento de frustração em cadeia.
Na sociedade do desempenho, os sujeitos são compelidos a realizar várias tarefas concomitantemente. A imperiosa ideia
de que é inaceitável a perda de tempo nos leva a fazer tudo enquanto fazemos qualquer outra coisa: ouvimos músicas,
assistimos a palestras, fazemos cursos à distância e peregrinamos pelas redes sociais enquanto dirigimos, realizamos
atividades físicas ou o que o valha. A atenção do indivíduo se fragmenta, e a superficialidade do pensamento se espraia.
[20] Não há tempo para profundidades e reflexões consistentes. Atendemos a demandas do trabalho em nosso tempo livre,
assistimos à TV enquanto nos exercitamos, falamos ao celular enquanto dirigimos, trocamos mensagens enquanto
estudamos, visitamos perfis virtuais durante as refeições, fazemos compras e divagamos pela internet ao mesmo tempo em
que estudamos e trabalhamos; damos aquela olhadela no celular a cada semáforo ou cruzamento (...).
O fundamento teórico desta sociedade aporta-se à disseminação de uma excessiva positividade que é tóxica e deletéria. É
[25] preciso estar sempre bem em todos os aspectos. Ainda que no caos, os indivíduos necessitam estar sorrindo, dispostos,
disponíveis, bonitos, fisicamente fortes e mentalmente vigorosos; o que naturalmente leva ao esgotamento. Em nosso tempo,
está vastamente disseminada a cruel e igualmente equivocada concepção de que todos os projetos e desejos dos indivíduos
dependem unicamente de seus próprios esforços e que, portanto, seus insucessos seriam responsabilidade exclusivamente
deles. Esta ideologia é difundida pelas teorias de autoajuda, do empreendedorismo, da meritocracia e da teologia da
[35] prosperidade. “Você pode. Você consegue”; “Se você se esforçar, você vencerá”. “Basta acreditar (em Deus)”. Portanto, “se
você não venceu é porque não acreditou ou se esforçou o suficiente”.
Mas na vida real as coisas não funcionam bem assim. Nossa trajetória existencial é muito complexa e diversa. As tristezas,
as enfermidades, o erro, as adversidades e os imprevistos são componentes dessa aventura a que denominamos “existência
humana”. Negar esses componentes é, isso, sim, desumano.
(Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/artigos/a-sociedade-do-cansaco-1.2842981 / Adaptado. Acesso em 10 abr. 2024)
Considerando os aspectos sintático-semânticos do texto, analise as assertivas a seguir e assinale a correta:
Questão 5 13495178
UPF Inverno 2024A questão referem-se ao texto “A sociedade do cansaço”
Texto
A sociedade do cansaço
Exigências excessivas foram naturalizadas na sociedade atual
(Por Mauro Sérgio Santos da Silva, 04 de abril de 2023)
O filósofo sul-coreano Byung Chul Han define o tempo presente como a sociedade do cansaço ou do desempenho. Tal
sociedade caracteriza-se, na esteira do pensador, por um ininterrupto imperativo pela produtividade, pelo resultado, pelo
excesso de positividade e pela velocidade da comunicação e da transmissão de informações, bem como por suas
respectivas consequências.
[5] Não é preciso muito esforço para perceber que tem se tornado cada vez mais comum o sentimento generalizado de cansaço,
fadiga, indisposição e exaustão associado à sensação de dívida, de que é preciso fazer sempre mais, de que nunca é o
suficiente e a percepção de impotência diante da vida. Mas por que isso tem ocorrido? Byung Chul Han, no livro “A Sociedade
do Cansaço”, apresenta uma hipótese muito sugestiva.
Conforme o pensador, vivemos em uma sociedade na qual as exigências excessivas foram “naturalizadas”: no trabalho, na
[10] vida familiar, nos relacionamentos, nas redes sociais, entre outros espaços; e o próprio indivíduo é forçado a se cobrar por
performances de excelência em todas as esferas de sua vida. Há metas a serem batidas e objetivos a serem alcançados
que não permitem aos sujeitos a pausa, o tempo livre, o descanso, o ócio, muito menos a falha ou fracasso.
Tudo o que ocorre em qualquer parte do globo é transmitido de forma síncrona “em tempo real” ou quase imediatamente e
os indivíduos se percebem também obrigados a estarem informados acerca de tudo, o que, obviamente, é impossível; por
[15] isso o sentimento de frustração em cadeia.
Na sociedade do desempenho, os sujeitos são compelidos a realizar várias tarefas concomitantemente. A imperiosa ideia
de que é inaceitável a perda de tempo nos leva a fazer tudo enquanto fazemos qualquer outra coisa: ouvimos músicas,
assistimos a palestras, fazemos cursos à distância e peregrinamos pelas redes sociais enquanto dirigimos, realizamos
atividades físicas ou o que o valha. A atenção do indivíduo se fragmenta, e a superficialidade do pensamento se espraia.
[20] Não há tempo para profundidades e reflexões consistentes. Atendemos a demandas do trabalho em nosso tempo livre,
assistimos à TV enquanto nos exercitamos, falamos ao celular enquanto dirigimos, trocamos mensagens enquanto
estudamos, visitamos perfis virtuais durante as refeições, fazemos compras e divagamos pela internet ao mesmo tempo em
que estudamos e trabalhamos; damos aquela olhadela no celular a cada semáforo ou cruzamento (...).
O fundamento teórico desta sociedade aporta-se à disseminação de uma excessiva positividade que é tóxica e deletéria. É
[25] preciso estar sempre bem em todos os aspectos. Ainda que no caos, os indivíduos necessitam estar sorrindo, dispostos,
disponíveis, bonitos, fisicamente fortes e mentalmente vigorosos; o que naturalmente leva ao esgotamento. Em nosso tempo,
está vastamente disseminada a cruel e igualmente equivocada concepção de que todos os projetos e desejos dos indivíduos
dependem unicamente de seus próprios esforços e que, portanto, seus insucessos seriam responsabilidade exclusivamente
deles. Esta ideologia é difundida pelas teorias de autoajuda, do empreendedorismo, da meritocracia e da teologia da
[35] prosperidade. “Você pode. Você consegue”; “Se você se esforçar, você vencerá”. “Basta acreditar (em Deus)”. Portanto, “se
você não venceu é porque não acreditou ou se esforçou o suficiente”.
Mas na vida real as coisas não funcionam bem assim. Nossa trajetória existencial é muito complexa e diversa. As tristezas,
as enfermidades, o erro, as adversidades e os imprevistos são componentes dessa aventura a que denominamos “existência
humana”. Negar esses componentes é, isso, sim, desumano.
(Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/artigos/a-sociedade-do-cansaco-1.2842981 / Adaptado. Acesso em 10 abr. 2024)
Considere as afirmações abaixo e identifique a alternativa que melhor apresenta os sentidos expressos/construídos pelo texto.
Questão 3 13494989
UPF Inverno 2024A questão referem-se ao texto “A sociedade do cansaço”
Texto
A sociedade do cansaço
Exigências excessivas foram naturalizadas na sociedade atual
(Por Mauro Sérgio Santos da Silva, 04 de abril de 2023)
O filósofo sul-coreano Byung Chul Han define o tempo presente como a sociedade do cansaço ou do desempenho. Tal
sociedade caracteriza-se, na esteira do pensador, por um ininterrupto imperativo pela produtividade, pelo resultado, pelo
excesso de positividade e pela velocidade da comunicação e da transmissão de informações, bem como por suas
respectivas consequências.
[5] Não é preciso muito esforço para perceber que tem se tornado cada vez mais comum o sentimento generalizado de cansaço,
fadiga, indisposição e exaustão associado à sensação de dívida, de que é preciso fazer sempre mais, de que nunca é o
suficiente e a percepção de impotência diante da vida. Mas por que isso tem ocorrido? Byung Chul Han, no livro “A Sociedade
do Cansaço”, apresenta uma hipótese muito sugestiva.
Conforme o pensador, vivemos em uma sociedade na qual as exigências excessivas foram “naturalizadas”: no trabalho, na
[10] vida familiar, nos relacionamentos, nas redes sociais, entre outros espaços; e o próprio indivíduo é forçado a se cobrar por
performances de excelência em todas as esferas de sua vida. Há metas a serem batidas e objetivos a serem alcançados
que não permitem aos sujeitos a pausa, o tempo livre, o descanso, o ócio, muito menos a falha ou fracasso.
Tudo o que ocorre em qualquer parte do globo é transmitido de forma síncrona “em tempo real” ou quase imediatamente e
os indivíduos se percebem também obrigados a estarem informados acerca de tudo, o que, obviamente, é impossível; por
[15] isso o sentimento de frustração em cadeia.
Na sociedade do desempenho, os sujeitos são compelidos a realizar várias tarefas concomitantemente. A imperiosa ideia
de que é inaceitável a perda de tempo nos leva a fazer tudo enquanto fazemos qualquer outra coisa: ouvimos músicas,
assistimos a palestras, fazemos cursos à distância e peregrinamos pelas redes sociais enquanto dirigimos, realizamos
atividades físicas ou o que o valha. A atenção do indivíduo se fragmenta, e a superficialidade do pensamento se espraia.
[20] Não há tempo para profundidades e reflexões consistentes. Atendemos a demandas do trabalho em nosso tempo livre,
assistimos à TV enquanto nos exercitamos, falamos ao celular enquanto dirigimos, trocamos mensagens enquanto
estudamos, visitamos perfis virtuais durante as refeições, fazemos compras e divagamos pela internet ao mesmo tempo em
que estudamos e trabalhamos; damos aquela olhadela no celular a cada semáforo ou cruzamento (...).
O fundamento teórico desta sociedade aporta-se à disseminação de uma excessiva positividade que é tóxica e deletéria. É
[25] preciso estar sempre bem em todos os aspectos. Ainda que no caos, os indivíduos necessitam estar sorrindo, dispostos,
disponíveis, bonitos, fisicamente fortes e mentalmente vigorosos; o que naturalmente leva ao esgotamento. Em nosso tempo,
está vastamente disseminada a cruel e igualmente equivocada concepção de que todos os projetos e desejos dos indivíduos
dependem unicamente de seus próprios esforços e que, portanto, seus insucessos seriam responsabilidade exclusivamente
deles. Esta ideologia é difundida pelas teorias de autoajuda, do empreendedorismo, da meritocracia e da teologia da
[35] prosperidade. “Você pode. Você consegue”; “Se você se esforçar, você vencerá”. “Basta acreditar (em Deus)”. Portanto, “se
você não venceu é porque não acreditou ou se esforçou o suficiente”.
Mas na vida real as coisas não funcionam bem assim. Nossa trajetória existencial é muito complexa e diversa. As tristezas,
as enfermidades, o erro, as adversidades e os imprevistos são componentes dessa aventura a que denominamos “existência
humana”. Negar esses componentes é, isso, sim, desumano.
(Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/artigos/a-sociedade-do-cansaco-1.2842981 / Adaptado. Acesso em 10 abr. 2024)
No que concerne aos sentidos do texto, analise as afirmativas a seguir.
I. Ao avaliar que “Na sociedade do desempenho, os sujeitos são compelidos a realizar várias tarefas concomitantemente.” (linha 16), o autor denuncia o fato de que as pessoas acabam sendo forçadas a fazer muitas tarefas as mesmo tempo.
II. Ao classificar como “imperiosa” (linha 16) a ideia de que é inaceitável a perda de tempo, o autor reconhece o caráter positivo de tal conceito.
III. Ao refletir que “O fundamento teórico desta sociedade aporta-se à disseminação de uma excessiva positividade que é tóxica e deletéria.” (linha 24), o texto chama atenção para os aspectos negativos do perfil dessa sociedade, os quais podem levar os indivíduos ao adoecimento.
IV. Ao denunciar que “É preciso estar sempre bem em todos os aspectos. Ainda que no caos, os indivíduos necessitam estar sorrindo, dispostos, disponíveis, bonitos, fisicamente fortes e mentalmente vigorosos (...)” (linhas 24 a 26), o texto reflete sobre a importância de manter aspectos saudáveis e de cuidar da saúde.
V. Ao julgar como “cruel e igualmente equivocada” (linha 27) a “concepção de que todos os projetos e desejos dos indivíduos dependem unicamente de seus próprios esforços” (linhas 27 e 28), o texto denuncia que transferir exclusivamente aos indivíduos a responsabilidade pelo resultado de suas ações pode ser considerado um ato de maldade.
VI. Ao finalizar o texto afirmando que “As tristezas, as enfermidades, o erro, as adversidades e os imprevistos são componentes dessa aventura a que denominamos ‘existência humana’. Negar esses componentes é, isso, sim, desumano.” (linhas 32 a 34), o autor mostra reprovação às características da sociedade atual, asseverando que a essência do ser humano não condiz com o cenário que marca essa sociedade, e renova a denúncia de que as demandas que vêm sendo apresentadas aos indivíduos têm caráter cruel e exagerado.
Está correto o que se afirma apenas em:
Questão 76 13479209
ENEM 1º Dia (Azul) 2024Resumamos os principais caracteres de um rizoma: diferentemente das árvores ou de suas raízes, o rizoma conecta um ponto qualquer com outro ponto qualquer e cada um de seus traços não remete necessariamente a traços da mesma natureza. Contra os sistemas centrados (e mesmo policentrados), de comunicação hierárquica e ligações preestabelecidas, o rizoma é um sistema a-centrado na hierarquia e não significante, sem general, sem memória organizado ou autônomo de sujeito, unicamente definido por uma circulação de estados.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs. São Paulo: Editora 34, 1995 (adaptado).
Qual elemento da cultura contemporânea se relaciona às características do conceito de rizoma, conforme descrito no texto?
Questão 63 13479141
ENEM 1º Dia (Azul) 2024Uma das principais atividades provocadas pela arte, a reflexão, é abandonada pela indústria cultural. A indústria cultural seria como uma isca que ilude os indivíduos, com o sonho de que eles são livres, originais, únicos e especiais quando, na verdade, os trata como servos e partes de uma massa homogênea.
FONTES, B.; MAGALHÃES, R. O que é indústria cultural? In: BODART, C. N. (Org.). Conceitos e categorias do ensino de sociologia. Maceió: Café com Sociologia, 2021 (adaptado).
Ao analisar as consequências da dinâmica apresentada no texto, as autoras destacam a importância do conceito como:
Pastas
06